A Itália se juntou ao grupo de países que estão investindo contra a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo. A agência reguladora italiana Consob afirmou que a exchange não tem autorização para oferecer serviços financeiros no país.
A Consob estendeu o alerta para os ativos criptográficos em geral, alegando que a negociação "pode implicar na perda total das somas de dinheiro investidas", e destacou a alta volatilidade e complexidade, além de "mau funcionamento e ciberataques”.
De acordo com especialistas, o investimento em criptomoedas é altamente arriscado, o que fez a China levantar uma série de leis que limitam o uso de criptomoedas.
Outros países
Além da Itália, o Reino Unido também proibiu a Binance de atuar no país. Em comunicado, a Autoridade de Condução Financeira (FCA, na sigla em inglês) alega que a empresa não tem as autorizações necessárias para atuar no país.
Por volta das 9h, o bitcoin (BTC) recuava 1,70%, aos US$ 31.944,77, acumulando queda de 1,94% nos últimos sete dias. A principal criptomoeda do mercado está sofrendo para ultrapassar a barreira dos US$ 35 mil, tocada pela última vez na primeira semana de julho.
Motivos
Os especialistas atribuem esse cerco fechado contra a Binance a dois principais fatores. Em primeiro lugar, a exchange é investigada por não encerrar contas suspeitas de envolvimento com crimes digitais. O CEO da corretora, Changpeng Zhao, conhecido como CZ, já afirmou que está tomando as medidas cabíveis em caso de irregularidades.
Outro fator que tem pesado na decisão das agências regulatórias é a estratégia global da Binance. Em março deste ano, a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) acionou o Ministério Público Federal (MPF) para o ajuizamento de ação pública de responsabilidade contra a Binance.
"Há um preocupante desprezo pelo cumprimento das normas brasileiras que regem o bom funcionamento do mercado financeiro e de capitais", apontou a ABCripto, que considera que as supostas irregularidades da Binance fazem parte de uma estratégia deliberada da marca global.
*Com informações do Market Watch