O grupo educacional Cogna registrou prejuízo líquido de R$ 90,975 milhões no primeiro trimestre de 2021, uma marca 132,5% pior que no mesmo período de 2020.
No critério ajustado, houve lucro líquido de R$ 6,495 milhões, queda de 86,1% sobre os primeiros três meses do ano passado.
Mesmo assim, as ações da empresa estão subindo na manhã desta sexta-feira. Por volta das 11h, os papéis COGN3 avançavam 4,39%, cotados a R$ 4,04.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 351,874 milhões entre janeiro e março deste ano, um recuo de 30,3% na comparação anual.
A margem Ebitda ficou em 27,9%, baixa de 3,1 pontos porcentuais. Na categoria recorrente, o Ebitda foi de R$ 365,814 milhões, queda de 16,9% sobre o primeiro trimestre do ano anterior.
A Cogna alcançou o montante de R$ 1,262 bilhão em receita líquida nos primeiros três meses do ano, uma queda de 22,4% sobre o mesmo período de 2020. As provisões para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) foram de R$ 164,362 milhões, uma queda de 23,2% na comparação anual.
As despesas operacionais somaram R$ 230,546 milhões, queda de 1,6% sobre o primeiro trimestre do ano passado. O capex da Cogna no primeiro trimestre foi de R$ 51,6 milhões, uma queda de 43,9% na comparação anual, sendo que o investimento em expansão cresceu 69,1%, a R$ 46 milhões, sustentado pelo processo de reestruturação da Kroton.
Somando os dois números, a queda nos investimentos foi de 18,1% sobre os primeiros três meses de 2020, alcançando 5,9% da receita líquida.
A geração de caixa operacional antes de capex da empresa foi de R$ 267,157 milhões no primeiro trimestre, favorecida pela maior arrecadação na Kroton, a um melhor comportamento de algumas linhas de capital de giro e a antecipação de recebíveis de cartão de crédito.
O fluxo de caixa livre foi negativo em R$ 701,552 milhões, refletindo amortização parcial das debêntures. A dívida líquida da Cogna ficou em R$ 2,909 bilhões ao fim de março, praticamente estável ante os R$ 2,919 bilhões de dezembro.
A alavancagem, medida pela razão entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado, ficou em 1,97 vezes no primeiro trimestre, ante 1,89 vezes no período imediatamente anterior.