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Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.
o que será a semana

Os segredos da bolsa: eleição municipal, última bateria de balanços e 2ª onda da covid estão no radar dos investidores

Após bolsas surfarem onda da vacina, olhos de investidores locais continuam monitorando o avanço da covid-19, cenário fiscal, balanços e agenda econômica

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
16 de novembro de 2020
5:55 - atualizado às 12:18
Coronavírus
Imagem: Shutterstock

Na semana passada, eu te avisei aqui, neste mesmo espaço, leitor: passada a ressaca com as eleições americanas, quando as bolsas tiveram grandes ganhos, os investidores poderiam se concentrar em assuntos mais espinhosos. Qualquer novidade sobre o coronavírus e as decisões sobre medidas de isolamento social para diminuir a sua circulação certamente seriam fatores que pesariam nos preços.

Para o bem e para o mal, dito e feito. 

Os índices acionários pelo mundo repercutiram positivamente — e muito — a notícia da farmacêutica americana Pfizer que a sua vacina contra o coronavírus, desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech, havia se mostrado 90% eficaz na prevenção contra o vírus. 

Por outro lado, a explosão de casos de covid-19 nos Estados Unidos e as decisões pelo isolamento social em estados americanos como Nova York, Ohio e Maryland, entre outros, trouxe volatilidade e fez as bolsas recuarem em algumas sessões. Aposto que você que investe em ações sentiu o vaivém com um misto composto de alívio e apreensão.

Pois nesta semana, eu continuo a te dizer: as bolsas vão reagir às novidades do departamento “novidades da vacina” e do departamento “aumento de casos e novas restrições sociais”.

Os mercados também digerem o resultado das eleições municipais. Sete capitais elegeram seus prefeitos em primeiro turno, sendo três deles do DEM. Chama atenção também o avanço do PSOL, que com Guilherme Boulos vai ao segundo turno na disputa pela prefeitura de São Paulo, contra Bruno Covas (PSDB).

Os índices acionários estão numa espécie de compasso de espera sobre a pandemia, a ver como ela se desenrola em diversos lados do mundo. As últimas semanas não foram animadoras. 

De qualquer forma, ao menos na última semana do índice local de ações, os investidores adotaram uma postura otimista, compradora: o Ibovespa fechou em alta de 4%, movido pela recuperação de preços de setores da "velha economia" (bancos e Petrobras, por exemplo, pesos-pesados do índice).

Enquanto isso, papéis do setor de e-commerce tiveram um desempenho pior do que o do índice — contrastando com o que foi 2020. (Afinal, Magazine Luiza ON (MGLU3) já acumula 100% de alta no ano.)

Nesta manhã, as bolsas internacionais focam em aspectos positivos para seguir acumulando ganhos. Durante a madrugada, o mercado na Ásia foi impulsionado por dados melhores que o esperado das economias da China e do Japão. Outra notícia que acelera as altas é a de que um acordo comercial envolvendo 15 economias da Ásia e do Pacífico foi firmado. O tratado impulsiona os índices futuros em Nova York e os negócios na Europa.

A tal da rotação setorial (migração de recursos de um setor para outro na bolsa) levou a uma correção positiva de papéis que acumularam muitas perdas ao longo dos últimos meses. Ou seja, em face de notícias positivas e negativas, os investidores ainda assim preferiram comprar ações, impulsionando o índice para 104 mil pontos no fim da semana.

O que vem pela frente agora é predominantemente do cenário local, em que os investidores observam, com cautela, o risco das contas públicas se tornarem insustentáveis.

Se na semana que passou as bolsas reagiram às falas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, que se referiram à recriação do auxílio emergencial, o que gerou pessimismo de agentes financeiros sobre a retomada dos cortes de gastos, o Congresso Nacional toma os holofotes nos próximos dias.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já falou que queria retomar a pauta econômica no Legislativo após o primeiro turno das eleições municipais — isto é, a partir da próxima segunda-feira (16). 

O líder do governo na casa, Ricardo Barros, afirmou que há acordo tanto com o presidente Bolsonaro quanto com a base do governo de votar a partir desta semana projetos emperrados, entre os quais, o novo marco regulatório da cabotagem — o chamado BR do Mar, que promete revolucionar os transportes marítimos.

Aliás, não se esqueça dos resultados das eleições municipais — nós explicamos nesta matéria como elas podem mexer com os seus investimentos. Aqui em São Paulo, teremos um 2º turno entre o atual prefeito, Bruno Covas, e Guilherme Boulos, que garantiu a vaga para a disputa final com uma margem folgada em relação a Marcio França e Celso Russomanno.

No Rio de Janeiro, Eduardo Paes enfrentará Marcelo Crivella no tira-teima. Em Belo Horizonte, Alexandre Kalil foi reeleito.

Além disso, os balanços de empresas do Ibovespa também vão mexer com o seu dinheiro. Os principais destaques são uma empresa aérea e uma de viagens, ambas bem afetadas pela covid-19.

Punida, Azul será escrutinada

A esta altura, você está cansado de ouvir: Azul apanhou demais, é do setor aéreo e, claro, não houve muitos que voltassem a tomar avião ou viajar por lazer no meio da pandemia.

As expectativas, no entanto, é que o terceiro trimestre seja menos desolador do que o segundo, quando houve golpe em cheio da covid-19. No acumulado de 2020, Azul PN (AZUL4) despencou 56%.

Além disso, empresas do setor de saúde também divulgam o estado da arte dos seus números — foco em Hapvida, que tem mostrado apetite em expandir os negócios à base de aquisições, e Qualicorp, que espera deixar atrás de si antigos problemas de gestão.

No âmbito macroeconômico, o destaque fica por conta de indicadores de inflação, além do lançamento do Pix, sistema de pagamentos eletrônicos desenvolvido pelo Banco Central — o presidente da autoridade, Roberto Campos Neto, discursa na segunda pela manhã na cerimônia de lançamento. Confira a agenda econômica local:

  • Segunda-feira (16)
    • Azul (pré-mercado)
    • IGP-10 (novembro)
    • IPC-S (2ª quadrissemana de novembro)
    • Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala em evento de lançamento do Pix (9h30)
    • Intermédica (pós-mercado)
    • Qualicorp (pós-mercado)
  • Terça-feira (17)
    • IPC-Fipe (2ª quadrissemana de novembro)
  • Quarta-feira (18)
    • IGP-M (2ª prévia de novembro)

Dados econômicos nos EUA no radar

Se no ambiente doméstico os olhos se voltam para o mundo corporativo com os balanços finais do terceiro trimestre, lá fora, prestaremos atenção nos dados da economia real.

Na maior economia do mundo, preste atenção, como sempre, no número dos pedidos de seguro-desemprego, indicador que reflete o ritmo de recuperação que a atividade do país experiencia agora.

A semana passada marcou uma queda de 731 mil para 709 mil pedidos, indicando leve melhora na solicitação dos benefícios — embora o indicador esteja em patamares ainda elevados em razão da crise causada pela pandemia de covid-19.

O varejo americano também recebe um raio-x, detalhando ainda mais a extensão da retomada econômica. O dado é relativo ao mês de outubro.

Além disso, fiquem atentos à política monetária: a presidente do Banco Central Europeu (BCE) tem presença assídua na agenda semana. Confira o calendário econômico para o exterior:

  • Segunda-feira (16)
    • Presidente do BCE, Christine Lagarde, discursa na plenária de abertura do Fórum Econômico Mundial (10h)
  • Terça-feira (17)
    • Vendas do varejo dos Estados Unidos de outubro (10h30)
    • Lagarde fala em sessão de perguntas e respostas durante evento da Bloomberg (13h)
  • Quarta-feira (18)
    • Inflação da zona do euro de outubro (7h)
  • Quinta-feira (19)
    • Lagarde fala em audiência em comissão do Parlamento Europeu (5h)
    • Pedidos de seguro-desemprego (10h30)

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