Os melhores fundos imobiliários para investir em março, segundo 7 corretoras
Fundos altamente diversificados se destacaram para março. Confira as carteiras recomendadas de FII das corretoras para este mês, que continua desafiador.

Em momentos de caos nos mercados, muitas vezes a melhor estratégia é não fazer nada. Depois de um mês de fevereiro difícil para os ativos de risco, a maioria das corretoras que fazem indicações de fundos imobiliários para os seus clientes resolveram manter inalteradas as suas carteiras recomendadas.
No mês passado, o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), caiu 3,69%, numa continuação do movimento de realização de lucros iniciado em janeiro, após um forte rali em dezembro.
A forte aversão a risco nos mercados internacionais por conta da disseminação do coronavírus pelo mundo tem levado os investidores a crerem, cada vez mais, numa desaceleração mais forte da economia mundial. E mesmo com a redução de juros que isso pode vir a ensejar, perspectiva de crescimento mais baixo é algo que tende a pesar contra o mercado imobiliário em geral.
A divulgação de dados econômicos fracos no Brasil, em fevereiro, também contribuíram para piorar o clima dos mercados por aqui.
Todas as carteiras recomendadas das corretoras que o Seu Dinheiro acompanha tiveram desempenho negativo em fevereiro, e também acumulam perdas no ano. Elas mantêm tom de cautela, dado que o mês de março deve continuar desafiador (como já vem se mostrando). Mesmo assim, a perspectiva de juros baixos por um período prolongado - e até de novos cortes - pode ser um fator de atratividade para os FII.
Além disso, frente à forte volatilidade do mercado de ações, os analistas lembram que os FII constituem ativos mais defensivos, no sentido de que as oscilações nos seus preços são bem menores que as das ações, fora a previsibilidade da geração de renda. Logo, eles podem servir de porto seguro para os investidores, notadamente aqueles que investem em recebíveis, papéis de renda fixa ligados ao mercado imobiliário.
Leia Também
Não teve queridinho neste mês
O FII queridinho do mês passado, o CSHG Real Estate (HGRE11) continua entre os preferidos, mas não reina mais absoluto. Apenas duas corretoras o mantiveram no top 3 fornecido com exclusividade para o Seu Dinheiro: a Ativa e a Terra Investimentos, que não alteraram as suas listas de preferidos.
A Mirae, que havia colocado este fundo no top 3 de fevereiro, trocou-o pelo CSHG Logística (HGLG11), apesar de tê-lo mantido na carteira geral. Os outros FII que também levaram duas indicações cada foram o Hedge Top FOFII 3 (HFOF11) e o BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11), que já figuravam entre os mais indicados do mês passado, além do estreante Vinci Offices (VINO11).
As corretoras Ativa, Guide e Terra, além do Banco Inter, mantiveram seus top 3 inalterados. A Mirae manteve apenas o fundo BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11), trocando as outras duas indicações. A Necton também fez duas mudanças no seu top 3, mantendo apenas o Hedge Top FOFII 3 (HFOF11).
Neste mês, a corretora do Santander passa a integrar nosso time de instituições financeiras com indicações mensais de FII. Já o Banco Inter ainda não divulgou a carteira completa para o mês de março, tendo divulgado apenas os três fundos preferidos.

Diversificação foi a tônica do mês
Os fundos mais indicados do mês (cada um com duas recomendações) foram fundos bastante diversificados de lajes corporativos e fundos de fundos - naturalmente diversificados.
Entre as demais indicações, figuram também fundos de shopping centers com grande diversificação de imóveis e inquilinos e fundos de recebíveis imobiliários, os chamados fundos de papel.
A intensa diversificação, com foco maior em geração de renda do que em valorização das cotas, se mostra como uma estratégia defensiva neste momento negativo de mercado. Veja a seguir os campeões de indicações do mês:
Vinci Offices (VINO11)
Novidade entre os mais indicados do mês, o Vinci Offices (VINO11) aparece no top 3 da Guide e da corretora do Santander. No mês passado, o fundo teve alta de 0,56%.
O fundo da Vinci investe em lajes corporativas, com foco em geração de renda com aluguel e ganho de capital com a compra e venda dos imóveis. O objetivo é adquirir imóveis prontos, majoritariamente alugados e de padrão classe A.
Atualmente, a carteira do VINO11 é composta por participação em seis imóveis localizados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, alugados para empresas como a própria Vinci Partners, a empresa escritórios compartilhados WeWork, Lojas Renner, entre outras.
Para o analista de fundos imobiliários da Guide, Daniel Chinzarian, o fundo está bem posicionado nos ativos sob gestão. “A estratégia do fundo é ter o controle dos ativos, em grandes centros, com projetos diferenciados, locatários de primeira, com projetos sustentáveis e com foco em renda e valorização”, escreveu o analista.
Já o Santander lembra que, em fevereiro, o fundo anunciou a aquisição de 70% do edifício-sede da C&A em Alphaville (Barueri-SP), locado para a varejista via contrato típico vigente até junho de 2027. A geração de renda esperada pelo imóvel (cap rate) é de 9,7% no primeiro ano. Ainda há cerca de R$ 20 milhões provenientes da última emissão de cotas para realizar uma nova aquisição.
CSHG Real Estate (HGRE11)
O fundo mais indicado do mês passado, o CSHG Real Estate (HGRE11), viu recuo de 7,50% no período, mas continuou no top 3 das corretoras Ativa e Terra Investimentos. Porém, ele continua na carteira geral da Mirae, embora não figure mais no top 3.
O CSHG Real Estate é um fundo de lajes corporativas focado na compra de imóveis para venda ou geração de renda com aluguéis. Tem mais de 20 imóveis na carteira, alugados para mais de 60 locatários, a maioria localizada na cidade de São Paulo. Há também imóveis nas cidades do Rio de Janeiro, Barueri (SP), Atibaia (SP) e Porto Alegre.
Hedge Top FOFII 3 (HFOF11)
O Hedge Top FOFII 3 (HFOF11) apareceu nos top 3 de Necton e Ativa. Em fevereiro, o fundo teve queda de 1,80%.
Trata-se de um fundo de fundos imobiliários, que investe tanto em FII listados em bolsa quanto fundos de oferta restrita, que não estão disponíveis para o investidor pessoa física. O HFOF11 investe 35% do patrimônio em fundos de lajes corporativas; 19% em fundos de recebíveis (títulos de renda fixa ligados ao mercado imobiliário, como CRI e LCI) e 17% em fundos de shopping centers.
As principais posições individuais do Hedge Top FOFII 3 são Hedge Logística (HLOG11), com 10,0% da carteira; TB Office (TBOF11), com 10,0% da carteira; Green Towers (GTWR11), com 9,6% da carteira; e BB Progressivo II (BBPO11), com 6,8% da carteira.
Segundo o relatório da Necton, assinado pelo analista-chefe Glauco Legat, o HFOF11 está bem posicionado para capturar a melhora dos fundos de lajes corporativas e shoppings e deve manter boa distribuição de dividendos por conta de ganhos de capital das posições do fundo.
BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11)
Outro fundo de fundos, o BCFF11 aparece nos top 3 de Mirae e Terra Investimentos. Apesar de não estar entre os destaques, também figura na carteira da Guide. No mês passado, o FII teve queda de 1,90%.
Os FII com maior participação na carteira são o BTG Pactual Shoppings (BPML11), com 9,3% de participação na carteira; BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCR11), com 8,3% da carteira; e BTG Pactual Fundo de CRI (FEXC11), com 7,7% de participação na carteira.
Carteiras recomendadas completas das corretoras

JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Após vazamento, XP admite acesso indevido a base de dados, mas nega ataque hacker: o que sabemos até agora
A falha só foi comunicada aos clientes um mês depois do ocorrido. À reportagem do Seu Dinheiro, a XP nega que seus sistemas ou recursos tenham sido comprometidos
Gestora controlada por Verde Asset, de Luis Stuhlberger, tenta captar R$ 400 milhões com primeiro fundo imobiliário
FII Verde A&I Cedro Portfolio Renda é o nome do novo fundo imobiliário a ser lançado por Stuhlberger.
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Como declarar fundos de investimento no imposto de renda 2025
O saldo e os rendimentos de fundos devem ser informados na declaração de IR. Saiba como declará-los
Natura (NTCO3) renova contrato de locação de imóvel do FII BRCO11 e cotas sobem mais de 2% na bolsa hoje
Com a renovação do acordo pela Natura, o fundo imobiliário parece ter deixado para trás a fase de pedidos de rescisão antecipada dos contratos de locação de seus imóveis
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Como declarar fiagros e fundos imobiliários (FIIs) no imposto de renda 2025
Fundos imobiliários e fiagros têm cotas negociadas em bolsa, sendo tributados e declarados de formas bem parecidas
De olho na classe média, faixa 4 do Minha Casa Minha Vida começa a valer em maio; saiba quem pode participar e como aderir
Em meio à perda de popularidade de Lula, governo anunciou a inclusão de famílias com renda de até R$ 12 mil no programa habitacional que prevê financiamentos de imóveis com juros mais baixos
Ainda há espaço no rali das incorporadoras? Esta ação de construtora tem sido subestimada e deve pagar bons dividendos em 2025
Esta empresa beneficiada pelo Minha Casa Minha Vida deve ter um dividend yield de 13% em 2025, podendo chegar a 20%
Lucro de 17% isento de Imposto de Renda e com ‘pinga-pinga’ mensal na conta: veja como investir em estratégia ‘ganha-ganha’ com imóveis
EQI Investimentos localiza oportunidade em um ativo com retorno-alvo de 17% ao final de 2025, acima da inflação e da taxa básica de juros atual
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Minha Casa, Minha Vida: conselho do FGTS aprova nova faixa para quem tem renda de até R$ 12 mil com juros de 10%
A projeção apresentada ao Conselho é de que até 120 mil famílias sejam alcançadas pela nova faixa do programa Minha Casa, Minha Vida
Riza Arctium (RZAT11) anuncia inadimplência de inquilino, mas cotas sobem na bolsa nesta terça
Os investidores do FII não parecem estar assustados com a inadimplência — mas existe um motivo para a animação dos cotistas
Iguatemi (IGTI11) sobe na bolsa após venda de shoppings por R$ 500 milhões — e bancão diz que é hora de colocar as ações na carteira
Com o anúncio da venda, o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra dos papéis da Iguatemi, mas não é o único a ver a transação como positiva
Imóvel na planta: construtora pode levar 6 meses para baixar hipoteca após quitação? Se ela não pagar dívida ao banco, posso perder meu imóvel?
É comum que contratos de compra de imóvel na planta prevejam um prazo para a liberação da hipoteca após a quitação do bem, mas ele pode ser bem dilatado; qual o risco para o comprador?
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Para ficar perto de Trump, Zuckerberg paga US$ 23 milhões por mansão em Washington — a terceira maior transação imobiliária história da capital americana
Localizada a menos de 4 km da Casa Branca, a residência permitirá ao dono da Meta uma maior proximidade com presidente norte-americano