Na semana em que anunciou a aquisição do portfólio de remédios que inclui Neosaldina e Dramin, por US$ 825 milhões (R$ 3,8 bilhões), a Hypera divulgou o resultados do quarto trimestre e de 2019.
No acumulado do ano passado, o lucro líquido da companhia farmacêutica teve alta de 3%, para R$ 1,164 bilhão. Mas nos últimos três meses de 2019, o resultado da Hypera foi de R$ 238,8 milhões, queda de 22,9%.
Com a aquisição anunciada na segunda-feira, a Hypera se tornou a maior empresa farmacêutica do Brasil.
Junto com o balanço, a companhia divulgou as projeções para 2020, com uma estimativa de lucro líquido de R$ 1,275 bilhão, o que representaria um crescimento de 9,5%.
Levando-se em conta somente as operações continuadas, a Hypera teve lucro de R$ 310 milhões no trimestre, queda de 20,4% na comparação anual. Em 2019, o lucro neste critério cresceu 4,7%, a R$ 1,189 bilhão.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das operações continuadas atingiu R$ 224,2 milhões no último trimestre de 2019, o que representa recuo de 31,7% em comparação aos R$ 328,3 milhões de 2018. Já em todo o ano, o indicador teve queda de 8,5%%, a R$ 1,206 bilhão.
A receita líquida da Hypera ficou praticamente estável entre outubro e dezembro, na comparação anual, ficando em R$ 928,6 milhões. No ano, as receitas acumuladas foram de R$ 3,294 bilhões, queda de 11,5% em relação a 2018.
O resultado financeiro da companhia foi positivo em R$ 3,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, revertendo o resultado negativo de R$ 1,9 milhão de um ano antes. No ano, o resultado foi positivo em R$ 14,4 milhões, ante número positivo em R$ 100 mil em 2018.
A Hypera fechou o ano passado com caixa líquido de R$ 216,3 milhões. A dívida bruta estava em R$ 1,41 bilhão em dezembro, e as disponibilidades de caixa somam R$ 2,246 bilhões. O caixa líquido já desconta o pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP), de R$ 612,2 milhões, mais um resultado não realizado de hedge de R$ 7,6 milhões.
*Com Estadão Conteúdo