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Ivan Ryngelblum

Ivan Ryngelblum

Jornalista formado pela PUC-SP, com pós-graduação em Economia Brasileira e Globalização pela Fipe. Trabalhou como repórter no Valor Econômico, IstoÉ Dinheiro e Agência CMA.

BAD TRIP

CVC praticamente não tem receita no 2º trimestre por conta da covid-19

Pandemia paralisa turismo no País e faz empresa registrar prejuízo de R$ 252,1 milhões

CVC
Imagem: Divulgação

A pandemia pegou duro na CVC (CVCB3). A companhia, que está passando por um processo de reconstrução após a descoberta de fraudes contábeis, viu a covid-19 paralisar as atividades de turismo no País, fazendo com que ela praticamente não registrasse receitas no segundo trimestre.

Divulgado com atraso por conta da necessidade de revisão das demonstrações financeiras anteriores, em função do coronavírus e da necessidade de sanar os problemas contábeis identificados, o balanço do segundo trimestre, apresentado na madrugada desta terça-feira (20), mostra um tombo de 99,3% da receita líquida, em relação ao mesmo período de 2019, para R$ 3 milhões.

Combinado com efeitos extraordinários de R$ 31 milhões provocados pela covid-19, decorrentes de comissões de lojas não recuperadas por reembolso, multa de fornecedores, baixa de receitas não realizadas e outros itens não relacionados a reservas, a CVC fechou o segundo trimestre com prejuízo líquido de R$ 252,1 milhões, revertendo o lucro de R$ 30,5 milhões apurado no ano passado.

“Vivenciamos o pior momento da pandemia de covid-19 durante o segundo trimestre. Com fechamento de fronteira entre países, medidas restritivas de distanciamento social e redução da malha aérea no Brasil em 91,6% a partir de 28 de março, o turismo praticamente parou durante os meses de abril, maio e junho”, diz trecho do balanço da companhia.

A situação fez com que a CVC registrasse queda de 95,5% das reservas confirmadas no período e de 89,4% na quantidade de passageiros embarcados.

Para tentar amenizar a situação, a operadora de turismo buscou reduzir suas despesas operacionais. Ela manteve a redução da jornada de trabalho dos funcionários em 50%, medida iniciada em 1º de abril, postergou investimentos e projetos prioritários e suspendeu investimentos em marketing. A linha de despesas operacionais do balanço, que considera os efeitos de itens não recorrentes, acabou encerrando o trimestre em R$ 259 milhões, recuo de 29%.

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Ainda assim, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 174,1 milhões, revertendo o lucro do ano passado.

Situação financeira

A CVC afirmou que está conseguindo preservar sua posição financeira, destacando que a geração de caixa operacional alcançou R$ 916 milhões no primeiro semestre, acima dos R$ 119 milhões em igual período de 2019. “Destacamos também nossa sólida posição de caixa, que ficou R$1,1 bilhão em 30 de junho e R$1,6 bilhão em 15 de outubro de 2020 (não auditado)”, diz trecho do relatório.

A CVC informou ainda que a dívida líquida, incluindo as dívidas de aquisições, somou R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre, abaixo dos R$ 1,4 bilhão do segundo trimestre de 2019. O endividamento total, que considera outros itens, somou R$ 2 bilhões, sendo que apenas R$ 600 milhões vencem no curto prazo, em novembro. A companhia divulgou que está avaliando alternativas de captação ou rolagem dessa dívida, sem especificar as medidas.

O que vem por aí

Passado o pior momento da pandemia de covid-19, a CVC vê sinais “significativos e consistentes” de retomada das atividades do segmento de turismo.

A empresa informou que as viagens domésticas, especialmente para o Nordeste, estão crescendo. Após as vendas novas ficarem próximas a zero entre abril e junho, elas vêm aumentando desde o início de julho, atingindo ao final de setembro 37% do volume apurado no mesmo período de 2019. O segmento de lazer representou 41% das vendas.

“Orçamentos solicitados pelos clientes do segmento lazer atingiram nas últimas semanas 83% do volume comparado ao mesmo período do ano anterior”, diz a companhia.

Já as operações na Argentina têm tido uma recuperação mais lenta, com volume e vendas novas por volta de 10% no mês de setembro, comparado com o mesmo período do ano anterior.

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