O grupo siderúrgico CSN registrou lucro líquido de R$ 2,245 bilhões em 2019, um número 57% menor que o apurado no ano anterior. Analistas ouvidos pela Bloomberg esperavam que a cifra ajustada chegasse a R$ 1,866 bilhão.
No quarto trimestre, houve uma queda de 36% no lucro, para R$ 1,134 bilhão, ao passo que a receita foi de R$ 3,349 milhões — 11% inferior ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi em parte consequência do menor volume de vendas no mercado externo e dos preços estáveis nos mercados interno e externo.
Segundo a CSN, em 2019 a receita líquida da área Siderúrgica chegou a R$ 13,949 milhões, 11% inferior ao ano anterior. A companhia foi impactada pela queda nas vendas externas e pela venda da subsidiária em Terra Haute, Indiana.
A receita líquida de vendas da companhia subiu 8% no último trimestre do ano, para R$ 6,524 bilhões, puxada pelo mercado externo, que cresceu 22%. Já as vendas domésticas caíram 7% (para R$ 2,76 bilhões). No ano, as receitas somaram R$ 25,436 bilhões, numa alta de 11%.
Ainda no ano passado, o custo dos produtos vendidos subiu 3% em relação a 2018, devido principalmente à queda momentânea de produtividade com a reforma do Alto Forno 3.
A CSN também foi impactada pela demanda por aço na China e a perspectiva de déficit da balança do minério de ferro — ambos produziram efeito positivo nos preços do produto.
Quanto ao endividamento, a siderúrgica informou que o indicador foi afetado pela variação cambial e pela distribuição de R$ 1,9 bilhão em dividendos.
Veja os principais números da CSN em 2019
- Lucro líquido ajustado: R$ 2,245 bilhões (↓57%)
- Receita líquida: R$ 25,436 bilhões (↑11%)
- Ebitda ajustado: R$ 7,251 bilhões (↑24%)