🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

Estadão Conteúdo

pode não acontecer

Auditoria em contrato com a Odebrecht pode ser abortada

Após a auditoria do BNDES nas operações da JBS apontar inexistência de indícios de irregularidade e gastar R$ 48 milhões, avaliação é que “não faz mais sentido” gastar recursos

Estadão Conteúdo
29 de janeiro de 2020
7:49 - atualizado às 10:12
BNDES
Imagem: Agência Brasil

A conclusão da auditoria nas operações do BNDES com a JBS levaria a instituição a um segundo passo nas investigações: a apuração de eventuais indícios de irregularidades nos contratos com a Odebrecht. Esse era o cronograma original acertado pelo banco de fomento no ápice dos escândalos de corrupção e acusações de "caixa-preta", em 2017. O plano, porém, pode ser abortado, segundo apurou o jornal O Estado de São Paulo/Broadcast.

Após a auditoria nas operações da JBS apontar inexistência de indícios de irregularidade e, ao mesmo tempo, gerar polêmica pelo custo de R$ 48 milhões revelado pelo jornal O Estado de São Paulo, a avaliação interna no banco é que "não faz mais sentido" gastar recursos com esse tipo de auditoria externa.

O acerto foi feito em 2017 entre o BNDES e a KPMG, seu auditor independente. Na esteira das delações de executivos da Odebrecht e da JBS, a KPMG sinalizou que não estava confortável com os resultados das apurações internas do banco (com comissões instauradas pela ex-presidente Maria Silvia Bastos Marques) e que poderia não assinar as demonstrações contábeis da instituição.

A assinatura do auditor funciona como uma espécie de "selo" de que os registros são fidedignos e confiáveis. No auge das investigações da Operação Lava Jato, no fim de 2014, a Petrobrás deixou de publicar o seu balanço após o auditor independente se recusar a assinar o documento. O episódio teve repercussão extremamente negativa sobre a companhia, que acabou divulgando, no início de 2015, um balanço não auditado ainda sem registrar as perdas com a corrupção na empresa.

Diante do ocorrido com a Petrobrás, o BNDES avaliou que teria muito a perder caso a KPMG não assinasse seu balanço. Como o auditor sinalizou que o compromisso com uma auditoria externa sobre as operações mais problemáticas resolveria o impasse, o banco acertou o cronograma.

A JBS foi o foco inicial porque a delação dos irmãos Joesley e Wesley Batista era a mais recente e explosiva. Para isso, foi aproveitado um contrato já existente com a Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLC, que assumiu a auditoria forense após o primeiro escritório internacional que tinha contrato com o BNDES alegar impossibilidade por "conflito de interesse". O banco optou por uma consultoria do exterior para garantir que os resultados seriam reconhecidos pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que também voltou suas atenções para as operações suspeitas.

Leia Também

Auditoria. Ao fim do trabalho com as operações da JBS, viria a auditoria sobre as operações com a Odebrecht. Em uma reunião do conselho de administração do BNDES, em 12 de novembro de 2018, a diretoria do banco destacou que a auditoria forense em relação às exportações relacionadas à Odebrecht "não foi incluída no escopo do contrato em epígrafe, pois o volume já conhecido de dados a analisar extrapola a margem (de custo) existente no contrato OCS n.° 270/2015". De acordo com a ata da reunião, a diretoria citou a necessidade de contratar uma nova auditoria, em separado, para a avaliação das operações com a Odebrecht.

Segundo apurou a reportagem, o BNDES chegou a fazer uma pesquisa de preços para a nova auditoria, mas não houve avanço. Agora, a avaliação é de que esse segundo passo não deve vingar "por não ser necessário".

De acordo com uma fonte ouvida pelo jornal O Estado de São Paulo/Broadcast, a contratação do Cleary para analisar as operações com a JBS foi feita porque após a KPMG demandar uma avaliação externa, nenhuma outra empresa quis assumir o trabalho de auditar o BNDES em meio ao furacão das delações por temer "riscos na reputação".

Procurada, a KPMG no Brasil informou que "por motivos de cláusulas de confidencialidade está impedida de se manifestar". O BNDES não se pronunciou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BLOCK TRADE CONCLUÍDO

A crônica de uma saída anunciada: BNDES vende 12% de sua participação na JBS (JBSS3) e inicia desinvestimento

16 de dezembro de 2021 - 8:54

Operação de block trade ocorreu na manhã de hoje e movimentou R$ 2,66 bilhões

Entrevista exclusiva

‘Não é função de um banco público ficar carregando R$ 120 bilhões em ações’, diz presidente do BNDES

11 de novembro de 2021 - 14:36

Gustavo Montezano afirmou que banco seguirá vendendo participações em empresas, hoje estimadas em R$ 70 bilhões, e redirecionará recursos para financiar projetos de infraestrutura e de apoio a micro e pequenas empresas

CRÉDITO NO AR

BNDES abre linha de mais de US$ 500 milhões para financiar exportação de 24 jatos da Embraer

7 de outubro de 2021 - 9:10

A entrega dos jatos à SkyWest Airlines começou em agosto do ano passado e deve se estender até abril do ano que vem

SEM LOTE SECUNDÁRIO

AES Brasil (AESB3) levanta R$ 1,1 bilhão em oferta restrita de ações

29 de setembro de 2021 - 6:14

Oferta poderia ter ultrapassado a marca de R$ 1,5 bi, mas lote secundário acabou retirado a pedido do BNDESPar

PARADA OBRIGATÓRIA

BNDES vira ‘sócio’ da Mesbla e de outras empresas que não existem mais

28 de agosto de 2021 - 8:25

O BNDES ressaltou que as ações de firmas “em processos de recuperação ou falência ou outras situações inoperantes” foram “incorporadas” ao balanço da BNDESPar, a empresa de participações do banco, “sem nenhum custo para sua aquisição”

Estatais na mira

Corrupção na Caixa? Após balanço, Bolsonaro diz que presidente do banco está ‘abismado’ com corrupção nas gestões passadas

19 de agosto de 2021 - 17:47

Mais cedo, Pedro Guimarães contou que “problemas de gestões passadas”, provocaram um prejuízo de R$ 46 bilhões ao banco

Privatização dos correios

Câmara dá início à sessão que discute privatização dos Correios; acompanhe

5 de agosto de 2021 - 12:43

A venda da estatal está prevista no Projeto de Lei 591/21, do Poder Executivo; a proposta permite a transformação dos Correios em empresa de economia mista

Mercado aguarda operações

Privatizações: BNDES quer Correios e Eletrobras prontas para venda no 1º semestre de 2022

4 de agosto de 2021 - 15:25

O presidente do banco de fomento voltou a defender a estratégia de venda da carteira de participações acionárias da instituição

No caminho

BNDES dá mais um passo para efetivar privatização da Eletrobras em fevereiro

9 de julho de 2021 - 14:23

Banco de fomento publicou o contrato do consórcio que vai conduzir a modelagem e a estruturação financeira do processo

Avaliação de ativos

Justiça do Rio suspende pregão eletrônico da Eletrobras

5 de junho de 2021 - 17:39

Com a decisão as avaliações da usina hidrelétrica de Itaipu e da Eletronuclear também devem ser feitas pelo BNDES

Carta de intenções

Expectativa do BNDES é mandar proposta de edital dos Correios ainda no 2º semestre

28 de maio de 2021 - 6:52

Plano do banco de fomento é levar empresa a leilão em janeiro ou fevereiro de 2022, mas novo marco regulatório ainda precisa ser aprovado

Caça às pendências

BNDES quer viabilizar privatização da Eletrobras e refazer leilão de bloco da CEDAE ainda este ano

13 de maio de 2021 - 18:00

Além disso, o banco de fomento trabalha em outros 120 projetos de desestatização que podem chegar a um investimento total de R$ 243 bilhões em obras

Com ajuda da venda de ações

Lucro do BNDES cresce 78% e atinge R$ 9,8 bilhões no 1º trimestre

13 de maio de 2021 - 15:20

O Banco aproveitou o período próspero para antecipar um pagamento de R$ 38 bilhões e reduzir em 21% sua dívida com a União

Rodovias em leilão

Governador do RS diz que rodovias do Estado devem ir a leilão no 2º semestre

13 de maio de 2021 - 13:07

O governador gaúcho ainda ressaltou outros projetos de concessão que estão no radar

Mercado secundário

Conselho do BNDESPar aprova regras para venda de Units da Copel

13 de maio de 2021 - 7:23

O BNDESPar possui participação de 24% na Copel, e no final do ano passado, já havia anunciado sua intenção de se desfazer dos ativos

Explorando o mercado

Cielo se junta ao BNDES para avançar no crédito para pequenas e médias empresas

3 de maio de 2021 - 13:28

A companhia e o banco de fomento constituíram um FIDC com R$ 529,4 milhões destinados a 56 mil empresas em busca de capital de giro

Mais investimentos

BNDES tem na fila mais cinco leilões de saneamento

1 de maio de 2021 - 16:15

Disputas devem ser realizadas até o primeiro semestre do ano que vem, e envolvem investimentos no valor de R$ 17 bilhões

em ano de pandemia

BNDES tem lucro recorde de R$ 20,7 bi em 2020, após venda de ações de Vale e Suzano

12 de março de 2021 - 15:02

Instituição pagará R$ 4,9 bilhões em dividendos referentes ao resultado do ano passado para o Tesouro Nacional

Dinheiro no bolso

BNDES embolsa R$ 11 bi com venda das últimas ações que detinha na Vale

24 de fevereiro de 2021 - 14:35

Desde agosto do ano passado, a instituição financeira vendeu um total de R$ 24 bilhões em ações da mineradora.

no horizonte

BNDES aguarda aprovação do PL da Eletrobras para iniciar estudos de privatização

28 de janeiro de 2021 - 15:50

Montezano reafirmou ainda que o BNDES continuará vendendo suas participações acionárias em grandes companhias

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar