As grandes vencedoras na crise e o “vício” das perdedoras no lucro
O problema dessas empresas “reloginho” – com lucros estáveis e recorrentes – é que elas atraem acionistas que só conseguem pensar nos dividendos
Quando você procura uma empresa para investir, nada melhor do que colocar o seu dinheiro naquela que apresenta lucros estáveis, recorrentes e que distribui dividendos polpudos para os seus acionistas no final do ano, não é mesmo?
Errado!
Pelo menos, não é isso que os investidores das mais vitoriosas companhias de tecnologia veneram.
O caso da Amazon talvez seja o mais emblemático. Mesmo sendo incapaz de gerar lucros consistentes nos últimos dez anos, suas ações não pararam de subir durante todo esse tempo e ela atingiu o status de companhia mais valiosa do mundo, negociada a nada menos do que US$ 1,2 trilhão atualmente.

Você quase não consegue enxergar os lucros no gráfico? Isso é proposital. Eu deixei o Valor de Mercado e os Lucros na mesma escala para você notar a enorme diferença entre o quanto os acionistas topam pagar pelas ações da Amazon e o quanto eles efetivamente recebem de volta na forma de lucros anuais.
Lucro vicia?
Como diz o professor de marketing da New York University, Scott Galloway, os lucros funcionam como heroína no organismo dos acionistas da maior parte das companhias do velho mundo analógico: deixam eles viciados e querendo cada vez mais.
O problema dessas empresas "reloginho" – com lucros estáveis e recorrentes – é que elas atraem acionistas que só conseguem pensar nos dividendos.
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Se elas decidem investir em projetos transformacionais muito dispendiosos visando melhorar as perspectivas para o futuro, a primeira coisa que vem à cabeça dos seus acionistas é que investimentos pesados significam mais gastos. Mais gastos significam menos lucros. E menos lucros significam corte dos sagrados dividendos, o que os levam a vender as suas ações.
Muitas vezes, os CEOs dessas empresas preferem deixar passar grandes oportunidades de longo prazo para não correrem o risco de desagradar seus acionistas viciados em lucros de curto prazo. Se a remuneração do executivo for baseada no preço das ações, então, esquece…
Carta branca
Não me entenda mal: Jeff Bezos, CEO da Amazon, é uma das pessoas mais brilhantes na face da Terra e isso explica a maior parte do sucesso e o valor de mercado da Amazon.
Mas os acionistas da Amazon também têm a sua contribuição para esse enorme sucesso. Como os lucros nunca foram parte fundamental do processo de decisão de investimentos na Amazon – até porque eles nunca foram consistentes ou relevantes perto do tamanho da própria companhia – os acionistas da Amazon se "libertaram" do vício e aprenderam a não cobrar lucros a todo e qualquer custo e, mais importante, não punir as ações quando as perspectivas de dividendos no curto prazo fossem abaladas por projetos dispendiosos e com chances reais de não vingarem.
É uma espécie de carta branca que Bezos e sua equipe ganharam de seus acionistas para experimentar, tentar, arriscar, investir, explorar, errar muitas vezes e, de vez em quando, acertar em cheio uma grande tacada que vai mudar o mundo – ou, pelo menos, catapultar os resultados da própria companhia, encher os bolsos de seus pacientes acionistas e aumentar ainda mais a sua vantagem frente às concorrentes.
Paciência tem limites
Mas antes que você saia por aí acreditando nos sonhos do primeiro CEO de empresa "tech" que aparecer na sua frente, saiba que existem muito mais riscos do que oportunidades em se acreditar nas estratégias de crescimento dessas companhias que se intitulam tecnológicas.
A aprovação de Bezos e do modelo de negócios da Amazon pelo mercado não veio antes de muito esforço, crescimento e resultados concretos da capacidade acima da média da companhia de Seattle, que ruma a passos largos para dominar o varejo norte-americano.
Por outro lado, Uber, WeWork e Snapchat são apenas alguns dos inúmeros casos de "tech companies" vítimas de má alocação de capital, falta de capacidade de inovação ou modelo de negócios ruim que até pareciam grandes tacadas dentro do universo de empresas tecnológicas, mas que no fim provaram não merecer a nossa carta branca como acionistas.
As grandes vencedoras
Enquanto ainda temos centenas de companhias e CEOs da era da tecnologia na fila da provação, algumas delas não só já se provaram capazes como ainda devem se aproveitar dos estragos trazidos pela pandemia para ficar ainda mais fortes.
Na edição do Palavra do Estrategista desta semana, o Felipe Miranda destrincha aquelas empresas com forte apelo tecnológico que considera "as grandes vencedoras" desta crise.
A Amazon está neste seleto grupo, mas é apenas uma delas. A lista ainda inclui a líder disparada de tráfego no e-commerce brasileiro, entre outras gigantes para você investir agora mesmo.
Deixo aqui o convite caso queira conhecer melhor a série Palavra do Estrategista, que traz ideias exclusivas de investimento a cada quinze dias. Por esse convite, você consegue acessar as ideias do analista chefe da Empiricus por apenas R$ 5 mensais, uma condição bem especial, e ainda, pode testar a série por um período de 7 dias sem compromisso.
Um grande abraço e até a próxima!
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