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Bruna Furlani

Bruna Furlani

Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.

OLHO NOS INVESTIMENTOS

Fundos imobiliários e de ações voltam a aumentar presença no varejo em 2019; já os de renda fixa seguem caminho inverso

Na avaliação do presidente da Anbima, José Rocha Neto, a tendência é que o movimento de migração para a renda variável continue, por conta dos indicadores internos macroeconômicos

Bruna Furlani
Bruna Furlani
6 de fevereiro de 2020
13:43
Onde investir em 2019: cenário para cada classe de ativos
Onde investir em 2019: cenário para cada classe de ativos - Imagem: Ilustração: Pomb

Diante da Selic nas mínimas históricas, os investidores do varejo tradicional tiveram que "se mexer" para manter ou ir atrás de retornos mais atrativos. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), os fundos de ações e imobiliários foram os destaques em termos de aumento do volume financeiro no segmento de varejo em 2019, com altas de 158% e 135%, respectivamente.

Em termos absolutos, o volume financeiro do segmento de varejo dos fundos de ações passou de R$ 17,2 bilhões para R$ 44,4 bilhões. Os fundos imobiliários, por sua vez, viram o volume financeiro absoluto passar de R$ 12,7 bilhões para R$ 30,0 bilhões dentro do mesmo segmento.

Na avaliação do presidente da Anbima, José Rocha Neto, a tendência é que o movimento de migração para a renda variável continue, por conta dos indicadores internos macroeconômicos. Ele destacou que, mesmo com o radar ligado em eventos como o surto de Coronavírus e as eleições americanas, a expectativa está positiva.

"Com a economia doméstica mais robusta, endividamento público e Selic caindo, o destaque deverá continuar na renda variável", apontou Neto.

Seguindo a linha de pensamento dessa migração para aplicações de maior risco de olho no maior retorno, as aplicações em fundo de renda fixa, como o fundo DI, continuaram a cair em 2019.

Em termos absolutos, esse tipo de aplicação foi a que viu as maiores perdas entre as categorias de ativos. Se em 2018, o volume financeiro era de R$ 488 bilhões, o valor caiu para R$ 451,8 bilhões em 2019.

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Ainda assim, o volume financeiro total do varejo fechou o ano passado em R$ 3.263 trilhões e cresceu 6,8% em 2019, ou seja, terminou o período acima da Selic e superou o "custo" do dinheiro.

Também houve expansão de 7,1% na abertura de contas de pessoas físicas, segundo os dados divulgados pela Anbima. Ao longo do ano, foram abertas 82,6 milhões de contas para esse tipo de público.

Alta da poupança no varejo tradicional e saída dos fundos de renda fixa

Ao olhar de forma específica para o segmento de varejo tradicional, é possível ver outros detalhes importantes. Segundo os dados divulgados hoje pela Anbima, a poupança, por exemplo, aumentou a sua participação dentro do volume financeiro no último ano.

Se em 2018, a poupança representava cerca de 64,6% do volume, um ano depois, o percentual passou a ser de 68,2%. De acordo com o presidente do Fórum de Distribuição da Anbima, José Rocha Neto, a justificativa para a alta - mesmo em tempos de rendimento mais baixo - está ligada aos saques do FGTS que ocorreram no ano passado e que levaram ao fluxo mais intenso de capital para a aplicação.

E não é só isso. Outro dado que chama a atenção no segmento é que houve perda de espaço dos fundos de renda fixa de maneira mais acentuada nas carteiras dos investidores de varejo tradicional do que na alta renda.

Em termos de volume, as aplicações nos fundos de renda fixa representavam cerca de 16,1% do varejo tradicional em 2018. Um ano depois, esse percentual recuou para 12,6%.

Já ao olhar para o varejo de alta renda, a queda foi bem menos expressiva. Os fundos de renda fixa representavam cerca de 35,9% do volume financeiro em 2018 e passaram a representar o percentual de 33,4% em 2019.

Por outro lado, o segmento mais voltado para a alta renda teve um crescimento significativo em fundos multimercados. De acordo com dados divulgados, esse tipo de aplicação passou de 9,6% em 2018 para 10,9% em 2019. As aplicações em ações vieram na sequência e passaram de 5,5% em 2018 para 7,2% em 2019.

De olho no private

O private, por sua vez, foi destaque em termos de crescimento na comparação com o varejo, tanto tradicional quanto de alta renda. De acordo com dados da Anbima, o segmento de private banking teve incremento de 20,9% em 2019 e fechou o ano em R$ 1,3 trilhão.

Em termos de produtos financeiros, as ações foram as aplicações com maior participação na carteira dos investidores. Em 2019, elas representaram 17,1% de alocação dentro do portfólio, sendo que um antes elas representavam apenas 13,6%.

Além delas, o investimento em fundos multimercados, fundos de ações e imobiliários apresentaram alta significativa em termos de volume financeiro.

No caso dos multimercados, o volume financeiro passou de R$ 338,1 bilhões em 2018 para R$ 415,1 bilhões em 2019, o que representa um incremento de 77 bilhões.

Já o volume financeiro dos fundos de ações saltou de R$ 65,8 bilhões em 2018 para R$ 103,9 bilhões em 2019, uma alta em termos absolutos de R$ 38,2 bilhões.

Outro ponto de destaque dentro do segmento de private banking ficou para o aumentou no volume de crédito, que cresceu 14,5% em 2019. Segundo o presidente da Anbima, a expansão do crédito para esse tipo de cliente foi maior do que o dobro da média do mercado. E ele deve aumentar ainda mais.

"O financiamento para linhas de agro e grandes negócios deve subir bastante por conta das boas perspectivas econômicas para o Brasil. O crescimento para este ano promete e pode até mesmo superar o do ano passado", destacou Neto.

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