🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Agência Brasil
Disparou

Dívida bruta do governo deverá encerrar o ano em 96% do PIB

Endividamento cresceu 20,2 pontos por causa de pandemia.

vac_economia_140120117a76395565
O ex-ministro da Economia, Paulo Guedes - Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil

Os gastos extras para o enfrentamento da pandemia da covid-19 levarão a um desafio fiscal para o governo brasileiro nos próximos anos. A dívida bruta do governo geral (DBGG), principal indicador usado nas comparações internacionais, encerrará 2020 em 96% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), divulgou hoje (30) a Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia.

Leia também:

Isso representa crescimento de 20,2 pontos percentuais em relação a 2019, quando a DBGG encerrou o ano em 75,8% do PIB. O endividamento também aumentou em relação à projeção anterior, divulgada no fim de setembro, quando a equipe econômica previa que a dívida bruta terminaria 2020 em 93,9% do PIB.

Mais cedo, o Banco Central divulgou que a DBGG tinha chegado a 90,6% do PIB em setembro.

A DBGG é o principal indicador usado nas comparações internacionais de endividamento. De acordo com a Secretaria Especial de Fazenda, o Brasil encerraria o ano com dívida bruta próxima da Argentina (98,1% do PIB), que tem nota CCC+ atribuída pelas agências de classificação de risco.

Entre países de economia média, o Brasil está mais endividado que a África do Sul, que deverá encerrar 2020 com dívida bruta de 82,8% do PIB. Os dois países têm nota BB- das agências de classificação de risco e estão enquadrados numa categoria melhor que a Argentina.

As projeções para a dívida pública levaram em conta as estimativas das instituições financeiras divulgadas no boletim Focus, do Banco Central, em 19 de outubro: encolhimento de 5% do PIB neste ano, inflação de 2,6% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e déficit primário de 12,7% do PIB em 2020. A taxa Selic (juros básicos da economia) começaria 2021 em 2% ao ano e subiria gradualmente para 6% ao ano até 2024.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver, no vencimento dos títulos, o dinheiro com alguma correção, que pode seguir os juros básicos, a inflação, o câmbio ou ser prefixada (definida com antecedência). Por causa da pandemia da covid-19, o governo aumentou as emissões de títulos públicos para fazer frente a gastos como o auxílio emergencial e o pacote de ajuda aos estados e municípios.

Evolução

Antes da pandemia da covid-19, a Secretaria Especial de Fazenda projetava que a DBGG encerraria 2020 em 77,9% do PIB. Caso o país conseguisse levar adiante as reformas estruturais, como a reforma do pacto federativo, administrativa e tributária, o indicador se estabilizaria em 79,4% do PIB em 2024 e cairia lentamente até chegar a 72,5% do PIB em 2029.

Os déficits recordes provocados pela pandemia pioraram a trajetória da dívida bruta, que subirá para 96% em 2020, chegará a 100,8% em 2026 e cairá levemente para 98% do PIB em 2029. Os cálculos levam em conta que o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) terá déficit primário médio de 0,79% ao ano de 2020 a 2029, voltando a registrar superávit primário somente em 2027.

Para que a DBGG retorne aos níveis de 2019, informou a Secretaria Especial de Fazenda, o governo precisaria aprovar reformas que controlassem ainda mais o gasto público, fazendo que o país registrasse superávit primário médio de 1,59% ao ano de 2020 a 2029, voltando a registrar superávit a partir de 2022.

O resultado primário representa a diferença entre receitas e despesas das contas públicas desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Desde 2014, o Brasil registra déficit primário nas contas.

Compartilhe

O SONHO CHEGOU AO FIM

El Salvador nunca acreditou no bitcoin (BTC)? País comprará de volta títulos da dívida soberana para ‘provar’ que não dará calote

28 de julho de 2022 - 11:56

O presidente Nayib Bukele quer recomprar US$ 1,6 bilhão em dívida soberana e enviou dois projetos de lei ao congresso local para garantir os fundos necessários para a operação

Recuperação à vista?

Números mostram continuidade no ciclo de melhora das contas públicas em julho – Veja os detalhes

31 de agosto de 2021 - 12:38

Os números foram publicados pelo Banco Central e incluem despesas do governo federal, governo central, estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras

Tendência da bolsa

AGORA: Ibovespa futuro abre em queda, com contas públicas no radar; dólar avança hoje

25 de agosto de 2021 - 9:10

Arrecadação federal e contas do governo devem movimentar os negócios e pressionar ainda mais o presidente Jair Bolsonaro e a equipe econômica

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: IPCA-15, arrecadação federal e Paulo Guedes devem movimentar a bolsa hoje; exterior espera Simpósio do Fed

25 de agosto de 2021 - 7:51

A expectativa com a reunião de Jackson Hole na próxima sexta-feira (27) começa a pressionar os índices pelo mundo e o Ibovespa deve digerir muitos indicadores hoje

Capital agitada

Ruídos de Brasília: o que acontece no Planalto Central e respinga na Bolsa (e no seu bolso)

12 de agosto de 2021 - 16:04

Saiba quais os principais temas discutidos nos corredores da capital federal que mexem e ainda vão mexer com o humor dos investidores

Estica mais?

Teto de gastos pode sofrer golpe com parcelamento de dívidas públicas

6 de agosto de 2021 - 10:29

Em comunicado, o IFI afirma que o benefício de adiar o pagamento de parte das dívidas judiciais previstas para 2022 pode abalar a credibilidade do país

Segurando os gastos

Bolsonaro, sobre auxílio: nossa capacidade de endividamento está no limite

28 de maio de 2021 - 7:29

Além de justificar as decisões sobre os valores do programa social, presidente criticou Lula e descartou intervenção sobre os preços da carne

trajetória preocupante

Selic maior pode elevar dívida do Brasil em R$ 100 bilhões

3 de abril de 2021 - 10:52

Tesouro pode optar por mudanças na estratégia de emissões de papéis para suavizar o impacto nos próximos meses, diz economista

Aperto nas contas

Déficit do setor público chega a R$ 11,7 bi e dívida chega a 90% do PIB, diz BC

31 de março de 2021 - 12:10

Dados como dívida pública, dívida líquida, déficit e juros também foram divulgados pelo Banco Central

Fala, Guedes!

“Se o presidente não confiar em meu trabalho, sou demissível em 30 segundos”, diz Guedes

2 de março de 2021 - 9:36

O ministro iniciou a gravação dizendo que, “aparentemente”, é um “desastre em comunicação”: “Vim para a política sem querer, nunca pensei em política”

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies