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Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances O Roteirista, Abandonado e Os Jogadores
Politica monetária

BC só considera “imprimir dinheiro” se esgotar ferramentas contra a crise

Roberto Campos Neto disse só pretende abrir “caixa de ferramentas” do Banco Central quando não puder atuar mais via corte da taxa básica de juros (Selic)

André Esteves e Roberto Campos Neto - Imagem: Reprodução YouTube

O Banco Central pode tomar medidas menos ortodoxas para conter os efeitos da crise do coronavírus como “imprimir dinheiro”? A resposta é não, pelo menos enquanto não se esgotar a possibilidade de atuação via cortes na taxa básica de juros (Selic).

A afirmação é do presidente do BC, Roberto Campos Neto. “A política monetária não está esgotada. Essa é a ferramenta mais importante”, ele disse hoje à noite, ao participar de uma transmissão na internet ao lado do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.

O BC cortou a Selic em 0,75 ponto percentual na última reunião do Copom, para 3% ao ano. Além disso, sinalizou uma nova redução de até 0,75 ponto no próximo encontro.

Mas a Selic pode cair ainda mais depois disso? Campos Neto deu poucas pistas, mas repetiu que os diretores do BC veem a existência de um limite efetivo mínimo (lower bound) para os juros no país.

Ou seja, abaixo de um determinado patamar um corte na taxa pode ter um efeito contrário para a economia. Qual é esse patamar? Campos Neto disse que a resposta depende de uma série de variáveis, como a situação fiscal e política.

Campos Neto disse que o Banco Central só pretende abrir a “caixa de ferramentas” e adotar outros instrumentos contra a crise em uma situação limite em que não puder mais atuar via política monetária.

Nesse eventual cenário de uma piora muito acentuada da crise, Campos Neto afirmou que o BC avaliou a relação custo-benefício de uma série de medidas. Ele deu a entender, contudo, que dificilmente vai "monetizar" a economia.

Alcoólatra em degustação de vinho

Esteves perguntou então ao presidente do BC se adorar uma medida de emitir dinheiro para estimular a economia não seria o equivalente a levar um ex-alcoólatra a uma “degustação de vinho” – em uma referência ao histórico inflacionário do Brasil.

“Nós entendemos que essa é uma variável perigosa porque você vai voltar para o 'wine tasting' [degustação] e vai ficar bêbado de novo”, respondeu Campos Neto.

Para o presidente do BC, esse tipo de instrumento é confortável porque tem gasto a custo presente zero, mas impõe um ônus de credibilidade para as futuras gerações. “Nem é justo para nós decidirmos ou ter direito de usar sem ter certeza de que todo o resto foi exaurido.”

Novas medidas

Campos Neto afirmou ainda que o BC vai anunciar novas medidas de estímulo ao crédito, mas não antecipou quais. Do total de R$ 1,2 trilhão do "arsenal" liberado, até o momento foram usados R$ 260 bilhões

O presidente do BC disse que é um "mito" a percepção de que os bancos estão empoçando a liquidez e não estão liberando o crédito. De todo modo, a autoridade monetária pretende "aperfeiçoar" as ações adotadas de modo a direcionar melhor os recursos, segundo Campos Neto.

Assista à íntegra da transmissão abaixo:

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