‘Acordo EUA-China pode reduzir exportações’, diz diretor do Itamaraty
Em entrevista, Alexandre Peña Ghisleni afirma que acordo deve obrigar o agronegócio brasileiro a redirecionar suas exportações
O diretor do Departamento de Promoção do Agronegócio do Ministério das Relações Exteriores, Alexandre Peña Ghisleni, afirmou, em entrevista ao Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o acordo comercial entre Estados Unidos e China deve obrigar o agronegócio brasileiro a redirecionar suas exportações. Ele lembrou que a negociação entre os dois países prevê um comércio anual adicional de US$ 32 bilhões dos EUA para os chineses, o que pode prejudicar as vendas brasileiras aos orientais. A seguir, os principais trechos da entrevista.
A China é o maior cliente do agro brasileiro e sofre com um surto de coronavírus. Dá para ter uma ideia dos impactos para o comércio?
Para o comércio, ainda não. A gente vai ter de ver um pouco como evolui essa epidemia, porque já começou a afetar a circulação de pessoas. Na nossa relação com a China, a preocupação principal é saber como vai ser a administração do acordo entre os Estados Unidos e aquele país. Não está claro o que vai ser feito, como vai ser implantado o acordo. Só na área do agro, a China se comprometeu a importar US$ 32 bilhões a mais (por ano) dos Estados Unidos. Essa é uma questão que a gente está acompanhando com interesse, porque vai repercutir no comércio agrícola internacional de uma maneira geral. Se os Estados Unidos forem efetivamente vender US$ 32 bilhões a mais, eles têm capacidade de produzir tudo isso? Ou vão redirecionar as vendas? Se eles redirecionarem, quais são os mercados em que nós vamos poder entrar no lugar dos Estados Unidos? Você pode ter um rearranjo de relações comerciais muito grande.
Esse rearranjo pode ser bom para o Brasil, porque o País pode ampliar o destino dos produtos de agronegócio e ficar menos dependente da China.
É difícil, mas talvez até seja um efeito colateral positivo desse acordo. Veja, 86% da soja brasileira estava sendo exportada para a China. Uma área em que pode haver expansão das exportações americanas para a China para poder chegar a US$ 32 bilhões é a soja. Essa é tipicamente uma área em que teríamos interesse em recuperar o mercado que os americanos vão abrir. Diversificação, nesse caso, é uma questão muito importante. Isso também tem a ver com a abertura de mercados, que é uma preocupação nossa. Não só a diversidade da pauta, mas dos exportadores.
A preocupação do ministro Ernesto Araújo é o fato de que a nossa relação comercial esteja concentrada em alguns poucos parceiros. A China, apesar da redução de crescimento, ainda está crescendo mais de 5% ao ano. Digamos que houvesse uma recessão, o que na história econômica dos países é algo normal. Então, o que aconteceria com o quadro brasileiro?
O Sudeste Asiático, com uma população gigantesca, seria um caminho?
Quando se fala em novos parceiros, você vê o Oriente Médio, que se tornou muito importante na parte de proteína animal. O Sudeste Asiático é uma área em que temos potencial de expansão muito grande para a Indonésia, as Filipinas. Até no Vietnã estamos abrindo mercado. Uma coisa que joga em nosso favor, uma das principais vantagens de se ter assinado o acordo entre Mercosul e União Europeia, é ter o selo de qualidade. Ou seja, quando você diz a determinado parceiro que o seu produto é aceito pela União Europeia, isso aumenta o grau de dificuldade para o outro lado dizer que não vai aceitar. Isso abre portas para a gente.
Não dá para criar barreira técnica, não tarifária, certo?
Vai precisar de mais imaginação para criar barreiras, vai precisar de um esforço maior para fazer isso. A China vai continuar sendo um grande parceiro e é provável que continue o nosso maior parceiro. Mas, se você olhar o crescimento quase exponencial nos últimos anos, nosso cenário provável para este ano, dependendo de como for a admnistração desse acordo entre os EUA e a China, vai ser, com sorte, a estagnação. Mas mais provavelmente haverá uma redução.
O presidente Bolsonaro anunciou o Conselho da Amazônia, com intuito de mostrar ao mundo que o Brasil está agindo pelo meio ambiente. Na visão do senhor, qual é a importância de passar essa mensagem para o agronegócio?
Essa é uma das questões mais sensíveis que existem. Lendo a imprensa internacional, o agro está destruindo a Amazônia. A gente tem tentando levar para a Europa, por meio das embaixadas e consulados, esclarecimentos de que não são os exportadores brasileiros que estão destruindo a Amazônia.
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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