🔴 SELECIONAMOS AS MELHORES RECOMENDAÇÕES DO BTG PACTUAL PARA VOCÊ – ACESSE GRATUITAMENTE

O que esperar e como navegar no oceano dos mercados no último trimestre de 2020

Mesmo diante de tantos riscos, o ano ainda rendeu bons frutos para algumas posições. Por outro lado, outras ficaram bem para trás, de modo que ficou bastante claro quais seriam os ativos descontados no mundo hoje

6 de outubro de 2020
5:59 - atualizado às 17:07
Oceano pôr do sol
Imagem: Shutterstock

Até aqui, 2020 será um ano para ficar na história pela quantidade não ignorável de adversidades que aconteceram no mundo. Vivemos um período sem precedentes, com inúmeras idiossincrasias originadas pelos tempos modernos.

Além da pandemia, carregamos conosco ainda, no âmbito internacional, os resquícios da guerra comercial entre EUA e China, a dinâmica de estagnação europeia paralela ao Brexit, as eleições americanas…

No Brasil, a dinâmica fiscal em franca discussão, a problemática política e as eleições municipais, gerando ainda mais atrito em Brasília, são alguns pontos de atenção, os quais tornam nosso posicionamento global ainda mais desfavorável (frágil).

Tudo isso sob um véu nebuloso e único na história. A globalização, a demografia e a tecnologia fizeram com que o mundo fosse jogado em um movimento de deflação, possibilitando uma sustentabilidade estrutural para taxas de juros próximas a zero ou até mesmo negativas. Ao mesmo tempo, existe uma força inflacionária proporcionada por uma expansão fiscal e monetária também sem igual no passado.

Vivemos em tempos estranhos, diria Paul Krugman.

Assim, 2020 configura um blend minimamente preocupante com suas taxas de juros baixas ou negativas, níveis historicamente altos para a dívida pública (comparáveis a momentos de guerra), uma recessão profunda e um aumento da desigualdade de renda (descompasso entre Wall Street e a Main Street, mesmo que tenha havido uma pressão inflacionária recente que deve se dissipar logo).

Leia Também

Abaixo, um comparativo dos juros de 10 anos nos países do G7, além de suas respectivas taxas de inflação núcleo (menos voláteis). Veja como os juros reais de 10 anos estão predominantemente no vermelho. As principais economias do mundo, hoje, contemplam um horizonte para juros bastante complicado.

Note que a Itália é a única economia do G7 que possui juros reais de 10 anos no positivo. Claro que isso deriva de questões específicas, uma vez que o país enfrenta problemas fiscais desde a crise do euro entre 2012 e 2014.

Se voltamos a discutir renovados lockdowns na Europa nesse último trimestre, podemos argumentar que haja pouco espaço para os Bancos Centrais atuarem, tendo em vista que a principal munição pode estar se esgotando.

Se trata do que a literatura econômica usualmente chama de Armadilha da Liquidez, em que há a perda de eficácia da política monetária.

Por isso, a discussão fiscalista deverá ganhar maiores contornos em 2021, quando o problema da pandemia estiver estabilizado. A conta terá que fechar de algum jeito; afinal, o problema de sustentação do estado de bem-estar social se mantém.

Mesmo diante de tantos riscos, o ano ainda rendeu bons frutos para algumas posições. Por outro lado, outras ficaram bem para trás, de modo que ficou bastante claro quais seriam os ativos descontados no mundo hoje.

Na dinâmica de muita liquidez, as pessoas fugiram dos fundamentos da economia real, que estão em frangalhos, e foram para crescimento (growth).

Esse movimento é verificável pela razão de prêmio ou desconto entre ativos de valor e ativos de crescimento, hoje bastante assimetricamente convidativa para valor (value).

Esse fato foi evidenciado durante o mês de setembro, quando se especulou a possibilidade de uma rotação setorial em Bolsa no mundo, de ações de tecnologia e de saúde, as quais lideraram o movimento de recuperação dos índices globais até aqui, para companhias de valor, hoje muito descontadas relativamente.

Ainda assim, abandonar tecnologia não parece ser o mais primoroso a se fazer, uma vez que o setor realmente tende a ser o grande ganhador do processo atual e continuaria se beneficiando mesmo em um contexto de reabertura.

Mas em um último trimestre, talvez faça sentido desconcentrar um pouco de tecnologia e liberar um pouco da carteira de ações para ativos descontados (algo como 80/20).

Destaque para companhias consideradas value no exterior e, em uma ótica internacional, países emergentes. Claro que nós brasileiros nos beneficiaríamos de um movimento como esse, de fluxo para emergentes e valor.

Tudo isso, claro, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco, e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas.

As eleições americanas ajudam nesse sentido, uma vez que o favorito é o candidato democrata. Um alívio na dinâmica internacional será salutar para a recomposição da lógica de globalização na qual estávamos inserindo antes de Trump, beneficiando emergentes no processo também.

São estratégias como essa que apresentamos quinzenalmente na série Palavra do Estrategista, best-seller da Empiricus. Nela, Felipe Miranda, nosso estrategista-chefe, compartilha com nossos assinantes suas mais variadas ideias de como ganhar dinheiro no Brasil e no mundo.

Vale a pena conferir!

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOVIDADE

Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável

12 de junho de 2025 - 19:09

Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo

DECOLANDO

Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)

12 de junho de 2025 - 18:23

Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco

MEXENDO NA BOLSA

Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças

12 de junho de 2025 - 17:40

Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras

MOVIMENTO INÉDITO

Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria

12 de junho de 2025 - 16:49

Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3

NA MIRA DO LEÃO

Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras

12 de junho de 2025 - 15:48

O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso

MENOS RENDIMENTOS

Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto

12 de junho de 2025 - 13:52

Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores

DE CARA NOVA

Gol troca dívida por ação e muda até os tickers na B3 — entenda o plano da companhia aérea depois do Chapter 11

12 de junho de 2025 - 13:02

Mudança da companhia aérea vem na esteira da campanha de aumento de capital, aprovado no plano de saída da recuperação judicial

AJUSTES NO PORTFÓLIO

Petrobras (PETR4) não é a única na berlinda: BofA também corta recomendação para a bolsa brasileira — mas revela oportunidade em uma ação da B3

12 de junho de 2025 - 9:16

O BofA reduziu a recomendação para a bolsa brasileira, de “overweight” para “market weight” (neutra). E agora, o que fazer com a carteira de investimentos?

ANOTE NA AGENDA

Cemig (CMIG4), Rumo (RAIL3), Allos (ALOS3) e Rede D’Or (RDOR3) pagam quase R$ 4 bilhões em dividendos e JCP; veja quem tem direito a receber

11 de junho de 2025 - 19:40

A maior fatia é da Cemig, cujos proventos são referentes ao exercício de 2024; confira o calendário de todos os pagamentos

CARTA MENSAL

Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”

11 de junho de 2025 - 16:04

Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação

A MAIOR ALTA DO IFIX

Santander Renda de Aluguéis (SARE11) está de saída da B3: cotistas aprovam a venda do portfólio, e cotas sobem na bolsa hoje

11 de junho de 2025 - 12:19

Os investidores aceitaram a proposta do BTG Pactual Logística (BTLG11) e, com a venda dos ativos, também aprovaram a liquidação do FII

DE OLHO NA CONTA

Fundo imobiliário do segmento de shoppings vai pagar mais de R$ 23 milhões aos cotistas — e quem não tem o FII na carteira ainda tem chance de receber

11 de junho de 2025 - 11:39

A distribuição de dividendos é referente a venda de um shopping localizado no Tocantins. A operação foi feita em 2023

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

Meu medo de aviões: quando o problema está na bolsa, não no céu

11 de junho de 2025 - 10:39

Tenho brevê desde os 18 e já fiz pouso forçado em plena avenida — mas estou fora de investir em ações de companhias aéreas

QUE SE FAÇA LUZ

Bank of America tem uma ação favorita no setor elétrico, com potencial de alta de 23%

10 de junho de 2025 - 19:29

A companhia elétrica ganhou um novo preço-alvo, que reflete as previsões macroeconômicas do Brasil e desempenho acima do esperado

COMPRAR OU VENDER

Sem dividendos para o Banco do Brasil? Itaú BBA mantém recomendação, mas corta  preço-alvo das ações BBSA3

10 de junho de 2025 - 18:00

Banco estatal tem passado por revisões de analistas depois de apresentar resultados ruins no primeiro trimestre do ano e agora paga o preço

É A HORA

Santander aumenta preço-alvo de ação que já subiu mais de 120% no ano, mas que ainda pode se valorizar e pagar dividendos

10 de junho de 2025 - 13:25

De acordo com analistas do banco, essa empresa do ramo da construção civil tem uma posição forte, sendo negociada com um preço barato mesmo com lucros crescendo em 24%

OPORTUNIDADE À VISTA

Dividendos e recompras: por que esta empresa do ramo dos seguros é uma potencial “vaca leiteira” atraente, na opinião do BTG

10 de junho de 2025 - 12:39

Com um fluxo de caixa forte e perspectiva de se manter assim no médio prazo, esta corretora de seguros é bem avaliada pelo BTG

LEÃO COM MAIS APETITE

“Caixa de Pandora tributária”: governo quer elevar Imposto de Renda sobre JCP para 20% e aumentar CSLL. Como isso vai pesar no bolso do investidor?

9 de junho de 2025 - 17:23

Governo propõe aumento no Imposto de Renda sobre JCP e mudanças na CSLL; saiba como essas alterações podem afetar seus investimentos

LÁ VAMOS NÓS DE NOVO…

FIIs e fiagros voltam a entrar na mira do Leão: governo quer tirar a isenção de IR e tributar rendimentos em 5%; entenda

9 de junho de 2025 - 17:14

De acordo com fontes ouvidas pelo Valor Econômico, a tributação de rendimentos de FIIs e fiagros, hoje isentos, entra no pacote de medidas alternativas ao aumento do IOF

É PARA COMPRAR

UBS BB considera que essa ação entrou nos anos dourados com tarifas de Trump como um “divisor de águas”

9 de junho de 2025 - 13:10

Importações desse segmento já estão sentindo o peso da guerra comercial — uma boa notícia para essa empresa que tem forte presença no mercado dos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar