Despiorou
Acabou a crise? Nesta quarta-feira, os mercados mantiveram o otimismo dos últimos dias. As bolsas subiram aqui e lá fora, ao mesmo tempo em que o dólar assistiu a mais um dia de alívio, chegando perto dos R$ 5 novamente.
Está até difícil entender de onde sai tanto apetite por risco, dado que a pandemia de coronavírus não deixou de ser uma ameaça (notadamente no Brasil), assim como a crise política e as agitações sociais nos Estados Unidos. Os indicadores econômicos também estão horríveis, como já era de se esperar.
Mas a explicação possível para este movimento talvez não esteja tanto na melhora do cenário, mas sim no fato de que o mercado tenha precificado, como a sua brusca queda neste início de ano, um pessimismo excessivo.
Os investidores estão se apegando ao fato de que os dados não estão vindo tão ruins quanto o imaginado; que as reaberturas das economias europeias começaram mais cedo que o projetado (talvez isso tenha consequências deletérias, mas até agora, parece estar tudo bem); e, ao menos no campo da política - doméstica e internacional -, a falta de notícias se tornou boa notícia.
Em resumo, não é que tenha melhorado… só despiorou mesmo. Se o movimento tem fundamento ou se vai se reverter mais cedo ou mais tarde, ainda não dá para dizer, mas pelo menos por ora o investidor pode surfar essa onda.
Além da menor aversão ao risco, o câmbio ainda contou com uma ajuda adicional do Tesouro Nacional, que captou US$ 3,5 bilhões emitindo títulos de dívida no exterior. Dólar entrando gera algum alívio na cotação da moeda americana, fora que este ato ainda abre caminho para grandes empresas brasileiras também fazerem emissões lá fora.
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Vale a pena
O UBS passou a recomendar, pela primeira vez, a compra dos papéis da Vale. Em relatório, o banco indica os ADRs da companhia, recibos de ações negociados na bolsa de Nova York, que acompanham a cotação dos papéis negociados aqui no Brasil. Para os analistas, a mineradora deve se beneficiar da recuperação dos preços do petróleo. Entenda.
Socorro ao setor aéreo
Uma medida provisória de socorro ao setor aéreo que tramita na Câmara prevê a possibilidade de os aeronautas e aeroviários afetados pela pandemia sacarem seu fundo de garantia, além de liberar o uso dos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para empréstimos às empresas do setor até o fim do ano. Saiba mais.
Tem coisa errada aí
O Tribunal de Contas da União diz que encontrou irregularidades no pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 a 8,1 milhões de pessoas. Por outro lado, a quantia pode ter deixado de ser repassada para 2,3 milhões de brasileiros que teriam direito ao benefício, voltado para trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores e desempregados que ficaram sem renda durante a pandemia.
Feliz queda dos namorados
O Dia dos Namorados será menos feliz neste ano, e não apenas para os solteiros. O comércio espera uma queda de 33% nas vendas e um prejuízo de mais de R$ 19 bilhões no estado de São Paulo, mesmo com a reabertura de parte da economia em algumas regiões. A previsão de vendas no primeiro semestre também é de queda forte. Confira.
De volta ao Cretáceo
Os mercados assumem um tom positivo e há uma clara tendência de busca por ativos de risco nas últimas semanas. Mas há algumas questões importantes ainda sem resposta: como as empresas que já não conseguiam pagar suas dívidas antes ficarão agora? Em que pé fica o ajuste fiscal? E a política? O nosso colunista Felipe Miranda volta ao tempo dos dinossauros para mostrar que, possivelmente, só um desastre natural como o meteoro que os extinguiu produziria efeitos econômicos semelhantes ao do coronavírus — mesmo que o mercado não pareça estar muito aí para isso.
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