Depois da pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho. Acredito que o marcante poema de Carlos Drummond de Andrade ainda seja objeto de estudo nas escolas. Pelo menos era assim na minha época de colegial — o atual ensino médio.
Que raios o poeta queria dizer com tais versos? Eu me lembro que a pergunta me martelou como uma pedra durante dias. Até que cheguei a uma conclusão relativamente simples: a pedra não impediu o poeta de chegar ao fim do caminho.
O coronavírus é uma enorme pedra que interrompeu o nosso caminho — de forma definitiva em milhares de casos, infelizmente. Mas de um modo ou de outro o mundo vai conseguir contornar essa pedra e seguir em frente.
Do ponto de vista da economia, agora que o estrago já foi feito, o grande ponto de interrogação é sobre o tempo necessário para as feridas cicatrizarem.
Hoje tivemos dados que apontaram para uma possibilidade maior de uma recuperação mais rápida. Nos Estados Unidos, os números do mercado de trabalho vieram melhores que o esperado pelo segundo mês consecutivo, com uma criação de 4,77 milhões de empregos.
Aqui no Brasil, o resultado da produção industrial em maio também animou os investidores, com um avanço de 7% em maio — na comparação com o terrível mês de abril, é bom ponderar.
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Os dados econômicos divulgados pela manhã impulsionaram a bolsa e fizeram o dólar cair. Mas ao longo da tarde a tendência se inverteu: o Ibovespa fechou praticamente estável e a moeda norte-americana subiu.
Quer saber o que aconteceu no meio do caminho dos mercados? Então não perca a cobertura do Victor Aguiar.
Aumentando a velocidade
Em mais um sinal de que o pior da crise do coronavírus ficou para trás, a venda de veículos novos cresceu 113,6% em junho em relação a maio. Foram emplacados 132,8 mil veículos leves e pesados, segundo a Fenabrave. Embora a comparação mensal seja favorável, em relação a junho do ano passado houve uma retração de 40,5% nas vendas. Saiba também como foi o desempenho do setor automotivo no acumulado do semestre.
Quem dá mais?
Os leilões vêm aí, de novo. O ministério da Infraestrutura pretende realizar 14 rodadas ainda neste ano, sendo 3 concessões e 11 arrendamentos portuários. A lista envolve a ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), além de leilões da BR-153/080/414, entre Goiás e Tocantins, e da BR-163/230, entre Mato Grosso e Pará. Mas a crise do coronavírus acabou afetando os planos do governo, como você lê nesta matéria.
Mais estímulos à vista
O presidente Donald Trump está pedindo por mais estímulos à economia dos Estados Unidos. O republicano falou em corte de impostos “com urgência” para dar mais fôlego à atividade americana. O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, anunciou mais apoio fiscal a empresas atingidas pela crise do novo coronavírus. Mas ele aponta algumas restrições relacionadas ao coronavírus.
Uma canadense na B3
Uma empresa do Canadá terá ações na bolsa brasileira. Trata-se da mineradora Aura Minerals, que definiu o preço por BDR (recibo de ações de companhia estrangeira) na oferta pública inicial (IPO) na B3 a R$ 820,00. A negociação da empresa, que tem projetos de mineração no Brasil, começará na segunda-feira (06). Confira os detalhes o quanto a companhia levantou com a operação.
Enquanto isso na Nasdaq
Quem também captou recursos com uma oferta de ações foi a XP Investimentos. A nova emissão na bolsa norte-americana Nasdaq movimentou US$ 954,8 milhões – ou US$ 42,50 por ação. Os recursos não vão para o caixa da corretora, mas para os acionistas que venderam uma parte de seus papéis.
Se tem um limão, faça uma…
...Lemonade! Foi o que os investidores fizeram hoje. As ações da Lemonade, fintech do ramo de seguros, estrearam de forma monumental na bolsa de Nova York, fechando com alta acima de quase 140%. Com isso, a empresa passa a ser avaliada em mais de US$ 3,7 bilhões, bem acima da rodada de investimentos que recebeu em 2019, quando teve aporte do Sotfbank. Saiba mais sobre a nova queridinha dos investidores lá fora.
Uma ótima noite para você!
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