Aversão ao risco toma conta dos mercados após ata do Fed indicar recuperação mais lenta

A ata do Federal Reserve patrocinou uma nova rodada de aversão ao risco pelos mercados, após levantar dúvidas sobre a velocidade da recuperação econômica global. Hoje, a ata do Banco Central Europeu e os números de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na última semana devem ditar o ritmo dos negócios.
No Brasil, a questão fiscal fica mais uma vez em evidência - com reflexos no câmbio. Na Câmara, os deputados discutem a derrubadao veto ao reajuste de alguns setores do funcionalismo público. Os números da arrecadação federal e desempenho da indústria dão dicas sobre a retomada da economia brasileira.
Banho de água fria
A injeção de liquidez patrocinada pelos bancos centrais pelo mundo tem sustentado as altas recentes das bolsas de valores globais. Mas o cenário para mais estímulos parece perto do fim - o que arrasta os índices globais para o vermelho.
Ontem, a ata da última reunião monetária do Federal Reserve trouxe uma dose extra de cautela aos mercados. A instituição projetou uma retomada econômica instável e afirmou que não deve realizar novas medidas extraordinárias de estímulos. O documento arrastou para o vermelho os mercados do mundo todo.
Além do pessimismo do banco central americano, as bolsas asiáticas também refletiram a decisão do Banco do Povo da China de manter a taxa de juros inalterada pelo quarto mês seguido.
O crescimento nos números de casos de coronavírus - principalmente na Coreia do Sul - também contribuiu para a queda generalizada das bolsas do continente.
Leia Também
Por outro lado, surge a notícia de que autoridades comerciais da China e dos Estados Unidos irão discutir a relação comercial dos países por telefone em breve.
Ainda assim, o sinal que predomina nos mercados nesta manhã é negativo. As bolsas europeias operam em queda e os índices futuros em Nova York seguem a mesma tendência.
Nas mínimas
A cautela trazida pela ata do Federal Reserve também pesou no Ibovespa na tarde de ontem.
O principal índice da bolsa brasileira terminou o dia próximo das mínimas, em queda de 1,19%, aos 100.853,72 pontos. Os investidores brasileiros também refletem as preocupações com a situação fiscal do país e o possível rompimento do teto de gastos.
No câmbio, o dia foi de tensão. A moeda americana fechou a sessão com alta de 1,16%, a R$ 5,5302.
De olho em Brasília
A questão fiscal no Brasil segue sendo motivo de apreensão no mercado. Hoje, a sessão na Câmara que deve votar o veto do presidente Jair Bolsonaro à medida que autoriza o reajuste salarial para algumas categorias do funcionalismo público merece atenção.
O Senado aprovou ontem a derrubada do veto - Guedes categorizou a decisão como 'um crime contra o País'. Segundo o Ministério da Economia, a medida assegura uma economia fiscal de até R$ 132 bilhões.
No radar também está a discussão sobre a prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 e a criação de um programa permanente de renda até o fim do ano - a medida também tem grande impacto fiscal e preocupa os investidores. O novo programa deve ser anunciado até terça-feira da semana que vem.
Agenda
Os agentes financeiros ficam de olho na votação da Câmara que deve discutir os vetos que permitem os reajustes salariais para o funcionalismo público.
Na agenda de divulgações temos a arrecadação federal (14h30) e números da confiança do setor industrial (8h).
Lá fora, o destaque do dia é a ata da reunião do Banco Central Europeu (BCE) (8h30) e o número de pedidos de auxílio-desemprego da semana nos Estados Unidos (9h30).
Fique de olho
- CVM rejeito pedido da GOL e da Smiles de não realização da assembleia convocada pelos sócios minoritários das companhias
- Banco do Brasil e Itaú tentam barrar a realização da assembleia de credores da Oi.
- Localiza anunciou o fim da parceria com a Hertz.
Warren Buffett não foi às compras: Berkshire Hathaway tem caixa recorde de US$ 347,7 bilhões no primeiro trimestre; lucro cai 14%
Caixa recorde indica que Buffett não aproveitou a queda do mercado de ações no primeiro trimestre para aplicar o dinheiro em novas oportunidades
Petrobras (PETR3) excluída: Santander retira petroleira da sua principal carteira recomendada de ações em maio; entenda por quê
Papel foi substituído por uma empresa mais sensível a juros, do setor imobiliário; saiba qual
IRB (IRBR3) volta a integrar carteira de small caps do BTG em maio: ‘uma das nossas grandes apostas’ para 2025; veja as demais alterações
Além do retorno da resseguradora, foram acrescentadas também as ações da SLC Agrícola (SLCE3) e da Blau Farmacêutica (BLAU3) no lugar de três papéis que foram retirados
WEG (WEGE3) tem preço-alvo cortado pelo JP Morgan após queda recente; banco diz se ainda vale comprar a ‘fábrica de bilionários’
Preço-alvo para a ação da companhia no fim do ano caiu de R$ 66 para R$ 61 depois de balanço fraco no primeiro trimestre
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA
Esta empresa mudou de nome e ticker na B3 e começa a negociar de “roupa nova” em 2 de maio: confira quem é ela
Transformação é resultado de programa de revisão de estratégia, organização e cultura da empresa, que estreia nova marca
Ficou com ações da Eletromidia (ELMD3) após a OPA? Ainda dá tempo de vendê-las para não terminar com um ‘mico’ na mão; saiba como
Quem não vendeu suas ações ELMD3 na OPA promovida pela Globo ainda consegue se desfazer dos papéis; veja como
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3