IPCA-15 e balanços ditam o ritmo dos negócios
Corte de juros realizado pelo banco central chinês impulsionou as bolsas chinesas, mas o restante do mercado acionário global amanhece com um viés levemente negativo
Hoje o IPCA-15 aparece como o principal número a ser digerido pelos investidores brasileiros.
A expectativa do mercado é de que o número apresente o menor nível para fevereiro desde o início do Plano Real.
Somado aos cortes nas projeções para o crescimento brasileiro em 2020, o resultado do IPCA-15 deve renovar as apostas do mercado em novos cortes na Selic, mexendo também com os juros DI.
A arrecadação federal de janeiro também fica no radar do mercado local.
Exterior levemente negativo
Enquanto no Brasil o caminho a ser seguido pela taxa básica de juros está no campo da especulação, na China o banco central do país confirmou as expectativas e reduziu a taxa de empréstimos de um ano, de 4,15% para 4,05%.
Essa é mais uma tentativa do órgão de minimizar os efeitos do coronavírus na economia. No começo da semana o PBoC já havia reduzido o juro da linha de crédito de médio prazo e feito injeções de liquidez no sistema bancário.
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Após a redução da taxa, as bolsas chinesas tiveram bom desempenho e fecharam em alta. Outros mercados da Ásia fecharam sem uma direção definida.
A redução no número de infectados trouxe alívio ontem aos mercados. Com nova mudança na metodologia de diagnóstico, o país registrou 384 novos casos e mais 114 mortes.
As bolsas americanas terminaram o dia com novos recordes de fechamento, mas os índices futuros amanhecem em queda e Nova York. Na Europa, as bolsas do continente caem em bloco na abertura.
A estrela da vez
O Ibovespa conseguiu reverter as perdas do dia anterior e terminou a sessão com alta de 1,34%, aos 114.774,04 pontos. O pregão positivo foi embalado pelo clima ameno no exterior e a reação positiva aos balanços corporativos.
Só que mais uma vez a grande estrela do pregão foi o dólar. A moeda americana terminou a sessão acima dos R$ 4,36 pela primeira vez, após alta de 0,19%.
O que deu gás para a escalada da moeda americana foram os rumores de que o descontentamento de Paulo Guedes com o andamento da agenda de reformas poderia ocasionar a sua saída do governo. O presidente Jair Bolsonaro chegou a negar a hipótese, mas os boatos levantaram a guarda dos investidores.
Agora, os investidores monitoram a possibilidade de novas atuações do Banco Central, após as duas intervenções realizadas na semana passada.
Agenda emperrada
O andamento das reformas do governo são vistas como essenciais para destravar a economia, mas as coisas andam devagar em Brasília.
O presidente Jair Bolsonaro decidiu adiar o envio da reforma administrativa ao Congresso. Assim, nem mesmo a instalação da comissão da reforma tributária foi capaz de animar os investidores.
Balanços
Além dos números do IPCA-15, a bolsa brasileira deve continuar repercutindo os resultados dos balanços trimestrais. Além da Petrobras, que divulgou o seus números na noite de ontem, o dia é de expectativa pelos resultados da Vale.
Confira os principais resultados que devem mexer com o mercado hoje:
- Petrobras teve uma alta de 55,7% no lucro líquido em 2019, chegando a R$ 40,1 bilhões: recorde histórico. Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da petroleira também subiu, para R$ 129,2 bilhões. Já a receita líquida caiu 2,6% e ficou em R$ 302,2 bilhões.
- Ultrapar encerrou 2019 com lucro líquido de R$ 440 milhões, uma queda de 61% na comparação com 2018. Na geração de caixa medida pelo Ebitda, a Ultrapar encerrou o ano em R$ 2,433 bilhões, queda de 9,78%.
- Marfrig reverteu o prejuízo e lucrou R$ 27 milhões no 4º trimestre de 2019. O Ebitda ajustado fechou o período em R$ 1,618 bilhão (alta de 70,5%). Já a receita líquida da empresa foi a 14,218 bilhões, alta de 23,5%.
- GPA fechou o ano com um lucro líquido aos controladores de R$ 790 milhões. A receita líquida subiu 14,7%, a R$ 56,635 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado anual caiu 4,6%, a R$ 3,967 bilhões.
Fique de olho
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