Cautela prevalece nas bolsas internacionais em dia de ‘ressaca’ pós-Super Quarta
Sem a sinalização de novos estímulos, comunicado do Federal Reserve frustrou os investidores.
A quinta-feira começa com o sinal negativo predominando nos mercados internacionais. A 'super quarta' passou, mas os bancos centrais continuam concentrando as atenções dos agentes financeiros.
Os investidores devem repercutir os comunicados que acompanharam as decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos e analisar também os anúncios do BC inglês e japonês.
Ressaca pós-super quarta
Os investidores, que passaram a quarta-feira em compasso de espera pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, reagiram negativamente ao comunicado emitido pelo Federal Reserve.
O banco central americano manteve inalterada a sua taxa básica de juros, na faixa entre 0% e 0,25% ao ano, o que já era dado certo pelos analistas. No comunicado, a autoridade monetária afirmou que deve tolerar uma taxa de inflação acima de 2% por 'algum tempo', o que desagradou os investidores, já que o eseperado era que a tolerância se desse 'de maneira sustentável'.
Seguindo o movimento de queda das bolsas americanas, o Ibovespa encerrou o dia com recuo de 0,62%, aos 99.675,68 pontos. O dólar acompanhou e caiu 0,96%, a R$ 5,2384.
Dia de reação
Hoje os investidores locais irão reagir ao comunicado do Banco Central, emitido no começo da noite de ontem.
Leia Também
O BC encerrou o ciclo de nove cortes seguidos e confirmou a expectativa de manutenção da taxa Selic em 2% ao ano.
No comunicado da decisão, a autoridade monetária sinalizou que a Selic deve se manter na mínima histórica por um longo período, até quem sabe meados de 2022.
Uma preocupação recente do mercado, o Copom reconheceu que a inflação deve aumentar no curto prazo, com a alta 'temporária' nos preços dos alimentos, mas avaliou que os números permanecem abaixo dos níveis compatíveis com o cumprimento da meta para a inflação no horizonte relevante para a política monetária.
Decepção
Sem a sinalização de novas medidas de estímulo pelo Federal Reserve e a visão de que alguns setores da economia americana irão demorar para se recuperar, os investidores seguem reagindo de forma negativa ao comunicado do banco central americano.
As bolsas asiáticas fecharam em baixa durante a madrugada. Na região, o dia também foi marcado pela decisão de política monetária do BC japonês, que a manteve inalterada.
Na Europa, o sentimento de decepção com a falta de novos estímulos também é sentido, com as principais praças operando em queda. Na região, hoje é dia de conhecer a decisão do Banco da Inglaterra (BoE). Os investidores aguardam pistas sobre novas rodadas de estímulos.
Em Nova York, os índices futuros começam o dia em queda.
Agenda
O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa hoje de evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) (17h). O Ministério da Economia também divulga o boletim Prisma Fiscal, com as projeções do mercado para dados fiscais (10h).
Lá fora, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulga os dados semanais de auxílio-desemprego (9h30). na Inglaterra, o banco central anuncia a decisão de política monetária (8h).
Fique de olho
- O ministro das Comunicações, Fábio faria, sinalizou que cinco empresas estão interessadas na aquisição dos Correios, entre elas o Magazine Luiza.
- A BRF confirmou a emissão de US$ 500 milhões em títulos de 30 anos no exterior. A demanda superou em 10 vezes a oferta.
- Notre Dame Intermédica aprovou o aumento de capital social de R$ 120,221 milhões para R$ 5,646 bilhões.
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger
Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real
Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa
Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total
Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia
Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira
FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo
Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro
Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA
Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo
TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações
O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
