Desaceleração do coronavírus nos EUA e Europa traz bom humor aos negócios
Enquanto o número de casos desacelera no exterior, no Brasil os investidores ficam atentos aos números do Varejo de fevereiro e na manutenção do ministro da Saúde no cargo
Os números que chegam da Europa e dos Estados Unidos, relativo ao crescimento dos infectados com o novo coronavírus estão cada vez menores. E essa notícia tem injetado uma boa dose de ânimo nos mercados.
O número de mortos também tem demonstrado uma tendência de desaceleração na Itália, Espanha, Alemanha e Reino Unido. Na China, hoje foi o primeiro dia sem novas mortes desde janeiro. Desde o início da pandemia, mais de 1,2 milhão de pessoas já foram infectadas pela doença.
Ontem as bolsas americanas reagiram bem aos novos estímulos do Federal Reserve, os indícios de desaceleração do covid-19 e até mesmo a possibilidade de um novo pacote fiscal do governo americano. Nesta madrugada, foi a vez das bolsas asiáticas fecharam em alta, refletindo sobre o significado dos números.
E as bolsas europeias também reagem de forma positiva, com o índice pan-europeu subindo mais de 2% no começo da manhã. A percepção é de que o pior pode ter ficado para trás.
Estado de emergência
Mesmo com o epicentro da pandemia se deslocando para Estados Unidos Europa e a China não notificando mortos pela primeira vez desde janeiro, o Japão continua sofrendo fortemente as consequências da doença.
Nesta terça-feira, o governo japonês aprovou um pacote de US$ 988 bilhões, algo em torno de 108 trilhões de ienes, e declarou estado de emergência por um mês por conta do coronavírus. O pacote inclui gastos fiscais de 39,5 trilhões de ienes e o adicional de 300 mil ienes por família que tenha perdido parte da renda por causa da doença.
Leia Também
Novelão
A novela entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ganhou mais um capítulo ontem e continua trazendo grande tensão aos negócios.
No Brasil, o número de infectados pelo coronavírus já passou dos 12 mil. Pelo menos 553 mortes pela doença foram contabilizadas. E mesmo assim, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender medidas mais leves de isolamento publicamente. Além disso, a informação que teria demitido o ministro da Saúde, o que no fim não ocorreu, chegou a balançar o Ibovespa.
Mesmo assim, o dia terminou com alta de 6,52%, aos 74.072,98 pontos, seguindo o bom humor das bolsas estrangeiras. A manutenção de Mandetta no cargo deve deixar os investidores mais aliviados e sustentar o bom humor externo. Em coletiva realizada ontem, o ministro pediu "paz" para continuar o trabalho.
No câmbio, o dólar operou em queda no mundo todo e quase zerou a baixa no pico do estresse dos negócios no Brasil. Mas, no fim do dia, a moeda americana teve um recuo de 0,65%, a R$ 5,2926.
O EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, tem alta superior a 5% nesta manhã.
Expectativa pela tesourada
No mercado de petróleo, o sinal também é positivo. Além da desaceleração do ritmo de contágio do covid-19, a commodity avança nos mercados futuros com a expectativa de que um corte de abastecimento seja realmente acordado entre a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e a Opep+ (dez aliados, entre eles a Rússia). Uma reunião virtual será realizada na próxima quinta-feira (09).
Nesta manhã, por volta das 07h45, o petróleo WTI subia 3%. Já o Brent avançava cerca de 2,30%.
Agenda
Os números do varejo de fevereiro entram no radar hoje.
O plano de socorro aos Estados, conhecido como Plano Mansueto, pode ser votado ainda hoje na Câmara, de forma virtual. Ainda no Brasil, Paulo Guedes participa de coletiva sobre as ações do ministério da Economia e da Caixa contra o coronavírus.
O Banco Central também fará leilão de até US$ 500 milhões, de 10 mil contratos de swap para rolagem.
Lá fora, destaque para relatório de empregos dos Estados Unidos (Jolts) de fevereiro.
Fique de olho
- Cielo cancelou a realização da sua assembleia geral extrordinária e ordinária.
- BR Properties aprovou emissão de R$ 250 milhões em debêntures de três anos
- Lojas Renner aprovou emissão de debêntures no valor total de R$ 500 milhões.
- B2W e Lojas Americanas irão rever custos e anunciaram adiamento da estratégia de pré-pagamento de dívidas, para manter posição de caixa. As empresas criaram um cômite para monitorar a pandemia.
- JBS adquiriu a americana Empire Packing, de produtos prontos para consumo, e a marca Ledbetter, por US$ 238 milhões.
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
