Em dia de PIB no Brasil, mercados buscam dia de recuperação
Atuação do Federal Reserve gera expectativas para que outros Bancos Centrais sigam o mesmo caminho. Nos Estados Unidos, os resultados da Super Terça dão força aos índices futuros.

Pegando todo mundo de surpresa, o Federal Reserve, banco central americano, anunciou um corte extraordinário nos juros do país. A medida é uma tentativa de conter os impactos do coronavírus na economia.
A instituição cortou 50 pontos-base da taxa de juros, que ficou na faixa entre 1% e 1,25%. Essa foi a primeira decisão 'surpresa' do Federal Reserve desde a crise financeira de 2008.
Os investidores já aguardavam medidas de estímulos vindas dos bancos centrais e a atuação do Fed renova as expectativas que os demais BCs devem seguir a mesma toada.
O BC brasileiro não demorou para dar uma resposta para a atuação do Fed. Em nota, disse que monitorará os impactos do surto nas condições financeiras e na economia.
Tanto o corte dos juros nos Estados Unidos, como a nota da autoridade monetária brasileira, renovaram as apostas que o Copom reserva novos cortes na Selic, mesmo após a declaração de que o ciclo estava encerrado aos 4,25%.
Ainda em nota, a instituição lembrou que há duas semanas pela frente e que elas serão utilizadas para para avaliar de forma mais precisa os efeitos do coronavírus na economia. A próxima reunião do Copom está marcado para o dia 18.
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Queimou a largada?
As bolsas globais receberam de braços abertos a decisão do Fed e foi possível ver um salto no mercado acionário do mundo todo. Mas, a euforia durou pouco e logo os investidores passaram a reavaliar a percepção de que a situação pode estar pior do que o noticiado.
Para muitos, o Federal Reserve pode não só ter gastado toda a sua munição antes da hora, como também projetou uma uma gravidade muito maior sobre o assunto, instigando o pânico.
No final, o corte inesperado nos juros falhou em restaurar a confiança dos investidores e as incertezas sobre o impacto do coronavírus na economia se intensificaram.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, mas sem grande entusiasmo com as decisões do Federal Reserve ou grande impacto dos números ruins da atividade chinesa. O comportamento do mercado foi muito pautado pelo tombo dos índices em Nova York.
No entanto, na Europa a atuação do BC americano sustentou as altas no continente, já que renovou as expectativas para a atuação dos demais bancos centrais. Hoje, a tendência segue positiva e o índice pan-europeu Stoxx-600 sobe mais de 1%.
No Brasil, o Ibovespa não conseguiu manter o movimento de alta inicial e seguiu as bolsas americanas. Ao fim do dia, o principal índice da bolsa brasileira fechou com baixa de 1,02%, aos 105.537,14 pontos. Enquanto as ações dos bancos caiam, as varejistas se beneficiaram da projeção de cenário com juros ainda mais baixos e subiram em bloco.
O dólar também não teve alívio e fechou a sessão com ganhos de 0,55%, a R$ 4,5117.
Devagar quase parando
A China divulgou mais um indicador fraco que indica que o coronavírus já afeta os números da segunda maior economia do mundo. O PMI/Caixin de serviços apresentou recorde de baixa, desabando de 51,8 em janeiro para 26,5 em fevereiro.
O PMI composto do Japão também trouxe más notícias. O índice recuou de 50,1 em janeiro para 47 neste mês.
Super Terça
Ontem foi um dia decisivo na corrida presidencial americana. A Super Terça, como é conhecida a data, registrou a vitória do ex-vice-presidente Joe Biden em oito estados. Bernie Sanders, candidato mais à esquerda, venceu em quatro.
A vitória de Biden deu fôlego extra para os índices futuros em Nova York, que aceleraram as altas e avançam mais de 2% no começo da manhã.
É hoje
A votação dos vetos presidenciais ao Orçamento impositivo deve ser concluído hoje no Congresso. Já os projetos do governo sobre o tema serão votados na próxima terça-feira.
Ainda em Brasília, a comissão mista que analisa a reforma tributária começa a trabalhar nesta quarta-feira.
É na semana que vem
O ministro da Economia Paulo Guedes prometeu que a reforma administrativa deve (finalmente) chegar ao Congresso na semana que vem. A pauta vem sendo adiada desde o fim de 2019.
Balanços
A temporada de resultados corporativos segue movimentando o mercado brasileiro. Hoje CSN, Isa Teep, Positivo e Arezzo divulgam os seus resultados.
Agenda
Por aqui
No Brasil, a atenção dos investidores fica voltada para os números do PIB do 4º trimestre (9h). Com os últimos indicadores fracos de atividade, o mercado projeta números que tendem a decepcionar. O indicador também renova as expectativas por uma Selic ainda mais baixa.
O IPC-Fipe de fevereiro (5h) também entra no radar. A expectativa é de desaceleração.
Lá fora
Depois do anúncio extraordinário do Federal Reserve, os investidores já não concentram todas as suas atenções na divulgação do Livro Bege (16h), mas a ata pode servir como especulação já para a reunião de abril.
Ainda nos Estados Unidos, temos a divulgação da leitura final do PMI composto e de serviços financeiros dos Estados Unidos (11h45). Zona do Euro, Alemanha e Reino Unido também divulgam o indicador.
IRB no meio do furacão
O IRB tem mais um dia de noticiário negativo para digerir. A Berkshire Hathaway Company negou que Warren Buffet tenha participação na companhia.
Segundo o comunicado, a holding não tem e nem planeja adquirir ações do IRB.
Fique de olho
- Luiz Claudio Batista, diretor de micro e pequenas empresas do Banco do Brasil, renunciou ao cargo.
- José Antonio de Almeida Filippo foi destituído do cargo de diretor financeiro e de RI da Natura & Co. João Broto irá assumir o cargo.
- A Track & Field é mais uma a buscar abertura de capital na bolsa. A empresa registrou prospecto para IPO.
- Dimed aprovou desdobramento de suas ações ordinárias em preferenciais.
- A OLX comprou o Grupo Zap por R$ 2,9 bilhões.
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