Volatilidade está de volta e arrasta bolsas globais para o vermelho
Ontem as bolsas globais tiraram o dia para reverter parte dos exageros dos dias anteriores, mas a preocupação com o coronavírus volta a assustar os negócios
Se você acreditou que as fortes altas das bolsas globais ontem seria combustível suficiente para manter os mercados no sentido da recuperação pode se chatear com o cenário desta manhã ao encontrar mais volatilidade.
Ontem o dia serviu para corrigir em partes as perdas exageradas da segunda-feira, mas o alívio durou pouco, bem pouco, e a instabilidade retomou as rédeas dos negócios.
Os mercados asiáticos fecharam em baixa generalizada. Na Oceania, a bolsa de Sydney entrou em 'bear market' após perdas superiores a 20%. Em Nova York, os índices futuros operam com queda em torno dos 2%.
O gatilho para essa reação negativa das bolsas não poderia ser outro: o coronavírus. Os investidores seguem sem saber o que pode acontecer e qual a verdadeira ameaça do vírus para a economia global.
Depois do caos da sessão de segunda-feira, o Ibovespa também teve um dia para recolocar a cabeça no lugar e seguir com os negócios. O principal índice da bolsa brasileira teve alta de 7,14%, a 92.214,47 pontos.
Próximos passos
Agora a atenção dos investidores se voltam para as medidas que chegam de cima e podem ajudar a conter o estrago dos investidores. O poder da tranquilidade parece residir na mão do Federal Reserve, Banco do Japão e Banco Central Europeu, que, em maior ou menor grau, prometeram novos estímulos.
Leia Também
Hoje pela manhã, o Banco da Inglaterra cortou inesperadamente em meio ponto porcentual a sua taxa básica de juros, que passou de 0,75% para 0,25%.
A medida impulsionou as bolsas europeias, que operam no positivo nos primeiros momentos do leilão, fortemente influenciadas pelo BOE e pela expectativa de mais intervenção dos outros BCs.
Segura!
Para tentar conter o dólar, que fechou o dia de ontem cotado a R$ 4,6472, após queda de 1,63%, o Banco Central brasileiro convocou um novo leilão de swap de até US$ 1 bilhão. Mas, tendo em vista o cenário total, é difícil acreditar que a ação seja suficiente para segurar o câmbio.
Nos últimos dois dias, as ofertas do BC totalizaram US$ 5,465 bilhões no spot.
Panela de pressão
A bolsa brasileira ainda tem mais um foco de tensão para analisar. Não é de hoje que a maior parte das expectativas dos investidores brasileiros está aplicada no andamento e aprovação da agenda de reformas do governo.
Mas os atritos entre Executivo e Legislativo atrasam o andamento das pautas, frustrando os investidores.
O clima entre os poderes está tenso por conta de impasses em torno de decisões relativas ao Orçamento.
O ministro Paulo Guedes tentou acalmar os ânimos ao afirmar que o plano de equilíbrio fiscal, a autonomia do Banco Central, Eletrobras e lei de concessões estão entre as prioridades da equipe econômica.
Desce mais um pouquinho
O petróleo, que também vinha de uma leve recuperação, volta a amargar perdas fortes. A petrolífera saudita Saudi Aramco recebeu novas ordens para aumentar a sua produção de 12 milhões de barris por dia (bpd) para 13 milhões bpd.
Assim, por volta das 07h11, o petróleo WTI para abril apresentava queda de 2,97% na Nymex, cotado a US$ 33,34, e o Brent, negociado na ICE, recuava 3,16%.
Agenda
Os grandes destaques do dia ficam com a inflação oficial de fevereiro (IPCA - 9h) e as revisões de projeções do Ministério da Economia para o Brasil. Os dois dados devem dar dicas da situação da atividade brasileira e como será possível enfrentar o coronavírus.
Nos Estados Unidos, é dia de conhecer o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de fevereiro.
Balanços
Dia cheio também no noticiário corporativo. Alupar, Petrobras Distribuidora, Enauta, SLC e BNDES divulgam os seus números.
Confira os principais números divulgados entre a noite de ontem e hoje:
- Localiza teve lucro de R$ 228,4 milhões no quarto trimestre, uma alta de 25,9%. O Ebitda avançou 40,2% a R$ 629,6 milhões. Receita líquida foi de R$ 2,695 bilhões.
- Movida registrou lucro de R$ 84,1 milhões, uma alta de 62,7% no quarto trimestre. O Ebitda foi de R$ 259,2 milhões, avanço de 88,6%.
Fique de olho
- Bradesco aprovou aumento de capital em R$ 4 bilhões, passando de R$ 75,1 bilhões para R$ 79,1 bilhões
- CVC adiou a divulgação do seu balanço. A nova data está marcada para o dia 31 de março
- Terra Santa foi outra companhia a adiar o seu balanço. O resultado será divulgado amanhã.
- ANS determinou que os planos de saúde devem oferecer gratuitamente o exame para testar COVID-19
- Telefônica e Tim confirmaram interesse em adquirir o negócio móvel do Grupo Oi.
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
