Morgan Stanley refaz as contas para ações do IRB e coloca recomendação e preço-alvo em revisão
Um relatório divulgado na semana passada pelo banco trazia um potencial de alta de 445% para as ações, mas a projeção foi feita antes da confirmação de fraude nos balanços do IRB
Mais uma má notícia para os acionistas do IRB Brasil. Os analistas do Morgan Stanley, um dos poucos que ainda indicavam a compra das ações da empresa de resseguros, decidiram colocar tanto a recomendação como o preço-alvo dos papéis em revisão.
O banco norte-americano mudou as perspectivas para o IRB dias depois que outro relatório publicado pelos analistas colocou em polvorosa os fóruns de investidores na internet.
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Isso porque o documento indicava não apenas a compra como projetava um preço-alvo para as ações (IRBR3) de R$ 34, o que representaria um potencial de valorização de mais de 400%. No pregão desta segunda-feira, os papéis encerraram o dia cotados a R$ 6,65, em alta de 1,53%.
Eu escrevi uma matéria alertando que, embora o relatório fosse recente, tanto a recomendação como o preço-alvo não eram novos, por isso era preciso tomar cuidado ao analisar os números. E foi exatamente isso que os analistas do Morgan Stanley deixaram claro agora.
As ações do IRB acumulam queda de mais de 80% neste ano depois de escândalos envolvendo fraudes contábeis e informações falsas divulgadas pela antiga diretoria.
“Nossas expectativas anteriores baseavam-se na premissa de que as projeções [guidance] da empresa para 2020 seriam mantidas conforme expresso pela nova administração na teleconferência realizada em 5 de março”, escreveram os analistas, no relatório.
Além disso, o banco afirma que as estimativas para as ações do IRB assumiam que os balanços publicadas refletiam verdadeiramente a perspectiva de lucros da companhia.
Com a revisão, o Morgan Stanley reduziu a projeção de lucro por ação da resseguradora neste ano de R$ 2,02 para um prejuízo de R$ 0,87. Para o ano que vem, a estimativa de lucro foi cortada de R$ 2,42 para R$ 0,22 por ação. Os analistas ponderam que as novas estimativas podem sofrer "ajustes significativos" no futuro.
“A visibilidade dos resultados é muito limitada, dadas as várias partes móveis, o estágio inicial de estabilização das operações, as pendências legais e regulatórias e a falta de guidance pela administração”, informou o banco. Resta saber apenas porque os analistas demoraram tanto para revisar as projeções para o IRB.
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