Ibovespa aproveita melhora em Wall Street e vive dia de recuperação
Aumento acima do esperado de venda de moradias novas nos EUA atenua aversão ao risco no exterior, beneficia bolsa e alivia pressão sobre o dólar

O Ibovespa opera em alta acentuada nesta quinta-feira em meio a um movimento de caça a pechinchas depois da forte queda registrada na véspera.
Na abertura, a busca por alguma recuperação foi limitada pelo ambiente de aversão generalizada ao risco no exterior em meio ao aumento de casos de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos.
A seguir, dados acima da expectativa sobre a venda de moradias novas nos Estados Unidos fizeram a bolsa de Nova York apagar a queda generalizada vista na abertura e assentar-se em território positivo.
Mais tarde, um olhar diferente dos investidores para o depoimento do presidente do Federal Reserve Bank dos Estados Unidos, Jerome Powell, perante o Senado dos EUA desanuviou o ambiente e deu fôlego a uma recuperação recuperação mais consistente em Wall Street.
O movimento ajudou o Ibovespa, que passou a tentar voos mais altos. Por volta das 16h45, o principal índice do mercado brasileiro de ações operava em alta de 1,45%, aos 97.125 pontos.
Por aqui, o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central (BC) não trouxe nenhuma grande novidade em relação à posição da autoridade monetária.
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No entanto, o BC 'despiorou' sua projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, de -6,4% para -5%, e apresentou estimativa de alta de 3,9% do PIB para 2021.
Além disso, a sinalização de que a inflação não deve sair de controle tão cedo e os juros permanecerão baixos ainda por um bom tempo beneficia principalmente os papéis do setor financeiro listados no Ibovespa.
Enquanto isso, as ações ON da B3 apresentam forte apreciação diante da expectativa do mercado de que a instituição deverá ganhar impulso em meio a um boom de investidores do segmento de varejo, que também tem bom desempenho hoje.
A maior alta do Ibovespa fica por conta dos papéis ON da IRB Brasil, que ampliam os ganhos dos últimos dias depois de o diretor-presidente da empresa, Antônio Cássio dos Santos, ter dito que a resseguradora não pretende captar mais dinheiro novo na bolsa para cumprir os requerimentos legais de enquadramento técnico.
Aversão ao risco em stand-by
Em Wall Street, os dados de venda de moradias novas foram suficientes para colocar em stand-by os temores relacionados com a extensão do impacto da pandemia do novo coronavírus na economia global e a velocidade de sua recuperação.
Parte dessa aversão ao risco derivava de comentários do vice-presidente do Federal Reserve Bank (Fed, o banco central norte-americano), Richard Clarida.
Clarida afirmou que a economia dos Estados Unidos continua dentro de um 'profundo buraco' de desemprego e demanda fraca.
No Reino Unido, o governo voltou a adotar medidas de restrição por causa da pandemia, alimentando temores de que outros países sigam os mesmos passos.
Novo testemunho de Powell dissipou tensão
Os investidores seguiam atentos hoje à bateria de testemunhos do presidente do Fed, Jerome Powell, perante o Congresso dos Estados Unidos em meio a reiteradas advertências de que a política monetária teria encontrado seu limite no combate à crise.
Hoje, Powell testemunhou perante a Comissão de Assuntos Bancários, Habitacionais e Urbanos do Senado. Ele repetiu a linha de argumentação usada nos depoimentos de ontem e anteontem à Câmara dos Representantes, como era de se esperar.
Powell enfatizou que o Fed segue empenhado em recorrer às ferramentas de política monetária disponíveis "pelo tempo que for necessário para assegurar que a recuperação será tão forte quanto possível". Ele também reiterou que considera provável que estímulos fiscais adicionais por parte do governo norte-americano devem ser necessários, uma vez que, na visão dele, a recuperação econômica norte-americana deve demorar mais tempo que o esperado.
Ele considera, entretanto, que tudo o que a política monetária poderia fazer pela recuperação já foi tentado pelo Fed. "Fizemos praticamente todas as coisas que conseguimos pensar", afirmou ele aos deputados.
O que aparentemente melhorou o humor dos investidores hoje em relação aos depoimentos anteriores foi o fato de Powell não ter demonstração preocupação com o aumento recente do balanço da instituição.
Questionado sobre o tema, comentou que a redução do balanço "não é algo em que estaremos focados no curto prazo". Segundo ele, o tamanho do balanço do Fed ficará proporcionalmente menor à medida que a economia se recuperar.
Dólar e juro
E enquanto o Ibovespa busca uma recuperação, o mercado de câmbio tenta interromper o movimento de apreciação do dólar iniciado há quase uma semana.
Depois de ter atingido a faixa de R$ 5,62 nas máximas da sessão, o dólar firmou-se em queda e recuava 1,35% por volta das 16h45, cotado a R$ 5,5116.
Já os contratos de juros futuros fecharam em queda, acompanhando também o ambiente mais favorável ao risco.
No fim da manhã, o movimento de ajuste à forte alta registrada ontem contou com o suporte do leilão de títulos prefixados, mantendo-se até o fim da sessão.
Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:
- Janeiro/2022: de 2,970% para 2,830%;
- Janeiro/2023: de 4,450% para 4,250%;
- Janeiro/2025: de 6,430% para 6,210%;
- Janeiro/2027: de 7,400% para 7,190%.
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