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Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

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Dólar fecha em alta, renova recordes e ultrapassa os R$ 4,40 no momento de maior tensão; Ibovespa recua

O mercado local novamente é afetado pela cautela no exterior, fazendo a moeda norte-americana testar um novo recorde; no ano, a alta do dólar à vista já é de mais de 9%

Kaype AbreuVictor Aguiar
21 de fevereiro de 2020
10:39 - atualizado às 17:17
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Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Que o dólar à vista passa por uma onda de valorização, você já está careca de saber — afinal, a moeda americana subiu em todas as sessões desta semana. Nesta sexta-feira (21), o cenário não foi diferente, com uma nova alta da moeda. Só que, desta vez, uma importante barreira foi rompida.

Mais cedo, o dólar à vista chegou a avançar 0,35%, chegando a R$ 4,4066 e superando pela primeira vez na história a marca de R$ 4,40. Durante a tarde, contudo, parte dessa pressão se dissipou, mas nada que impedisse mais uma alta: ao fim da sessão, o ganho foi de 0,03%, a R$ 4,3927.

Com isso, o dólar à vista completou uma sequência de cinco valorizações consecutivas, acumulando um avanço de 2,15% apenas nesta semana. Desde o início do ano, os ganhos já chegam a 9,49%.

Em linhas gerais, o panorama para o mercado de câmbio nesta sexta-feira continua o mesmo de ontem: lá fora, o coronavírus eleva a aversão ao risco por parte dos investidores; aqui dentro, as turbulências no front político contribuem para inspirar cautela às negociações.

E, assim como nas últimas sessões, o Banco Central (BC) continua apenas observando a valorização do dólar ante o real, sem sinalizar qualquer tipo de atuação no câmbio — postura que, de certa maneira, contribui para trazer mais ansiedade aos investidores.

Vale lembrar que, na semana passada, o BC promoveu dois leilões extraordinários de swap cambial quado o dólar bateu R$ 4,38, injetando US$ 2 bilhões em recursos novos no sistema. As operações trouxeram alívio ao mercado e passaram a mensagem de que a autoridade monetária não deixaria a moeda subir descontroladamente.

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Só que, ao ver o dólar chegar a R$ 4,40 e sem constatar qualquer atuação por parte do Banco Central, os investidores ficam "à deriva", sem saber qual "cotação limite" suportada pelo BC.

O cenário mais defensivo também é sentido no mercado de ações: por volta de 17h15, o Ibovespa recuava 1,39%, aos 112.988,54 pontos — na semana, o índice acumula perdas de mais de 1%.

Exterior tenso

Lá fora, a propagação do novo coronavírus para além da China assusta os investidores, que buscam ativos mais seguros. Ao todo, já são mais de 2,2 mil mortos e 76 mil pessoas contaminadas pela doença — apenas a América Latina ainda não possui nenhuma ocorrência.

Nesse cenário, as bolsas da Ásia e da Europa fecharam em queda; nos Estados Unidos, o Dow Jones (-0,86%) o S&P 500 (-1,17%) e o Nasdaq (-1,96%) têm quedas firmes.

O clima de cautela generalizada também é visto no mercado de câmbio, com os investidores optando pela segurança do dólar em detrimento dos riscos das moedas emergentes.

Esse movimento perdeu um pouco de intensidade com a divulgação de dados mais fracos de atividade nos Estados Unidos em fevereiro — o que ajuda a explicar a virada do dólar à vista ao campo negativo por aqui. Ainda assim, o tom é de prudência no câmbio.

Cautela doméstica

Por aqui, o cenário doméstico continua trazendo desconforto aos investidores: rumores quanto à insatisfação do ministro da Economia, Paulo Guedes, rondam as mesas de operação desde o meio da semana — há quem diga que ele estaria cogitando deixar o governo.

Por mais que o presidente Jair Bolsonaro tenha manifestado apoio público ao ministro, fato é que o clima não é dos mais amenos em Brasília. Declarações do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, reacenderam atritos entre o governo e o Congresso.

Nesse contexto de incertezas, grande parte dos investidores prefere assumir uma postura mais defensiva, especialmente por causa do feriado de Carnaval. Afinal, os mercados domésticos estarão fechados na segunda (24) e terça (25), e ninguém quer assumir riscos por tanto tempo.

Juros estáveis

As curvas de juros mostraram uma certa divisão no mercado. Por um lado, há a leitura de que a economia segue fraca, o que abre espaço para novos cortes na Selic; por outro, o dólar nas máximas tende a gerar pressões inflacionárias, o que enfraquece o argumento de novas baixas nas taxas.

Assim, o viés foi de relativa estabilidade nos DIs nesta sexta-feira. Veja abaixo como ficaram as principais curvas:

  • Janeiro/2021: de 4,19% para 4,18%;
  • Janeiro/2022: de 4,67% para 4,68%;
  • Janeiro/2023: de 5,22% para 5,26%;
  • Janeiro/2025: de 6,00% para 6,06%.

Agitação nos balanços

No front corporativo, importantes membros do Ibovespa reportaram seus números trimestrais desde a noite passada, com destaque para a Vale. A mineradora fechou 2019 com um prejuízo de US$ 1,7 bilhões, fortemente impactada pelas provisões e despesas com Brumadinho — como resultado, os papéis ON (VALE3) caem 4,44%.

Carrefour Brasil ON (CRFB3), com baixa de 0,33%; SulAmérica units (SULA11), em queda de 0,63%, Lojas Americanas PN (LAME4), com alta de 7,56%; B2W ON (BTOW3), avançando 3,35%; e NotreDame Intermérica ON (GNDI3), desvalorizando 2,85%, também reagem aos balanços trimestrais — veja aqui um resumo dos números das empresas.

Top 5

Confira as maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira:

  • Lojas Americanas PN (LAME4): +7,56%
  • Weg ON (WEGE3): +5,01%
  • Klabin units (KLBN11): +4,02%
  • B2W ON (BTOW3): +3,35%
  • Suzano ON (SUZB3): +4,26%

Veja também as maiores baixas do índice no momento:

  • IRB ON (IRBR3): -5,55%
  • Vale ON (VALE3): -4,44%
  • Ultrapar ON (UGA3): -4,03%
  • Metalúrgica Gerdau PN (GOAU4): -3,94%
  • CVC ON (CVCB3): -3,71%

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