Ibovespa tem leve baixa e dólar sobe a R$ 5,82; coronavírus e tensão política inspiram cautela
O Ibovespa abriu a semana no campo negativo, pressionado pelo tom mais cauteloso visto no exterior e pela tensão política local. O dólar opera em alta
Os mercados brasileiros abriram a semana sob pressão: o Ibovespa opera em queda nesta manhã de segunda-feira (11), enquanto o dólar à vista volta a subir e supera novamente o nível de R$ 5,80. E não à toa: tanto por aqui quanto lá fora, a cautela dita o rumo das negociações.
Por volta de 16h05, o principal índice da bolsa brasileira recuava 0,59%, aos 79.788,62 pontos, e acompanhava os demais mercados acionários globais: na Europa, as principais praças caíram em bloco; nos Estados Unidos, o Dow Jones (+0,02%) e o S&P 500 (-0,42%) flutuam perto do zero a zero.
No câmbio, o dólar à vista avançava 1,48% no mesmo horário, a R$ 5,8266 — a sessão é marcada pelo fortalecimento da moeda americana em relação às divisas de países emergentes, mas essa valorização particularmente intensa em relação ao real.
- Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica por trás dos mercados brasileiros nesta segunda-feira. Veja abaixo:
Há diversos elementos preocupantes no radar dos agentes financeiros nesta segunda-feira. No exterior, os investidores acompanham de perto os números do surto de coronavírus, com atenção especial à Ásia: foram registrados novos casos em Wuhan e em outras partes do continente, o que eleva os temores quanto a uma segunda onda da doença na região.
Segundo a universidade americana Johns Hopkins, mais de 4,1 milhões de pessoas no mundo todo já foram contaminadas pela Covid-19, com cerca de 283 mil mortes. Estados Unidos e Europa ainda despontam como as regiões mais críticas no mundo, mas o número de infectados no Brasil tem aumentado num ritmo preocupante.
Já são mais de 162 mil casos confirmados no país e 11.123 mortes, de acordo com dados publicados ontem pelo ministério da Saúde — a curva de contágio no Brasil parece estar numa fase ascendente, o que gera ainda mais cautela em relação aos desdobramentos do surto por aqui.
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Assim, o noticiário referente ao coronavírus no Brasil também é responsável pro trazer pressão ao Ibovespa e ao dólar à vista nesta segunda-feira, uma vez que, caso a doença continue se espalhando num ritmo elevado no país, as principais capitais tendem a endurecer as medidas de isolamento — medidas que, obviamente, provocarão impactos mais severos à economia.
Tensão política
Ainda no Brasil, os investidores continuam de olho no cenário político e na deterioração nas relações entre governo e Congresso. Em primeiro plano, aparece a questão do aumento aos servidores públicos estipulado na PEC de auxílio financeiro emergencial aos Estados e municípios.
O presidente Jair Bolsonaro sinalizou que irá vetar esse reajuste, uma medida que é vista como essencial para preservar as reformas fiscais — e que representaria um aceno favorável ao ministro da Economia, Paulo Guedes. No entanto, o veto seria bastante impopular, o que aumenta as dúvidas quanto ao que irá acontecer nesse front.
Esse clima de incerteza, assim, também é decisivo para aumentar a aversão ao risco por parte do mercado, que opta por correr para a segurança do dólar e assumir uma postura mais defensiva na bolsa.
No mercado de juros futuros, o tom é de relativa estabilidade: os investidores aguardam a ata da última reunião do Copom, com divulgação prevista para amanhã, para ter mais clareza quanto aos planos do BC na condução da política monetária:
- Janeiro/2021: de 2,48% para 2,47%;
- Janeiro/2022: de 3,24% para 3,29%;
- Janeiro/2023: de 4,42% para 4,49%;
- Janeiro/2025: de 6,40% para 6,49%.
BRF sobe, IRB cai
No lado corporativo, duas empresas do Ibovespa se destacam nesta manhã, cada uma em uma ponta do índice: enquanto BRF ON (BRFS3) sobe 12,27%, IRB ON (IRBR3) desaba 14,05%.
O frigorífico reportou na noite passada seus resultados trimestrais. Embora tenha fechado o período com prejuízo de R$ 38 milhões, também mostrou uma evolução no lado operacional: a receita líquida cresceu mais de 20% na base anual e a geração de caixa foi bastante intensa — fatores que agradaram o mercado.
Já o IRB sofre nova queda intensa após a Superintendência de Seguros Privados (Susep) instaurar um processo de fiscalização na companhia — há uma insuficiência na composição de ativos garantidores de provisões.
Veja abaixo as cinco maiores altas do Ibovespa no momento:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| BRFS3 | BRF ON | 21,04 | +12,27% |
| KLBN11 | Klabin units | 22,30 | +3,77% |
| SUZB3 | Suzano ON | 48,98 | +3,44% |
| MRFG3 | Marfrig ON | 13,67 | +3,17% |
| BBSE3 | BB Seguridade ON | 23,87 | +2,58% |
Confira também as maiores baixas do índice:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| IRBR3 | IRB ON | 7,77 | -14,05% |
| CVCB3 | CVC ON | 11,00 | -7,49% |
| NTCO3 | Natura ON | 33,59 | -5,91% |
| LREN3 | Lojas Renner ON | 32,05 | -5,46% |
| RENT3 | Localiza ON | 28,21 | -4,86% |
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