Ibovespa desacelera, acompanhando o movimento em Nova York; dólar cai a R$ 5,22
O Ibovespa chegou a encostar nos 80 mil pontos, ainda aproveitando o otimismo dos investidores com a estabilização nas curvas de contágio do coronavírus na Europa e nos EUA. Por aqui, a permanência de Luiz Henrique Mandetta no comando do ministério da Saúde também agrada os investidores
Os mercados globais continuam exibindo um tom mais relaxado nesta terça-feira (7), dando sequência ao alívio visto ontem. O Ibovespa e as bolsas mundiais operam em alta, enquanto o dólar à vista volta a aparecer no campo negativo.
Por volta de 16h40, o índice brasileiro avançava 3,63%, aos 76.759,42 pontos, mas chegou a bater os 79.855,48 pontos na máxima (+7,81%). A perda de força ocorreu em paralelo ao movimento visto nos Estados Unidos: por lá, o Dow Jones (+0,49%), o S&P 500 (+0,56%) e o Nasdaq (+0,22%) também se afastaram das máximas.
No câmbio, o dólar à vista operava em queda de 1,35%, a R$ 5,2214 — lá fora, o dia é de desvalorização da moeda americana em relação às demais divisas de países emergentes.
- Eu gravei um vídeo para explicar melhor a dinâmica da sessão desta terça-feira. Veja abaixo:
Em linhas gerais, a dinâmica dos mercados permanece a mesma desde o início da semana, com os investidores reagindo positivamente à tendência de estabilização nas curvas de contágio do surto de coronavírus na Europa e nos Estados Unidos.
Por mais que a doença continue se espalhando pelo mundo — dados da universidade americana Johns Hopkins indicam que mais de 1,36 milhão de pessoas no mundo já foram infectadas, com 76 mil mortos —, a percepção de que a fase mais crítica do surto possa ter ficado para trás na Itália, Espanha e na região de Nova York é suficiente para melhorar o humor dos investidores.
A notícia de que, pela primeira vez desde janeiro, a China passou 24 horas sem registrar mortes pela Covid-19, somada à expectativa quanto a novos pacotes de auxílio econômico por parte do governo americano, também contribuem para dar sustentação aos mercados nesta manhã.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Dia do fico
No Brasil, os investidores também mostram-se aliviados com a permanência de Luiz Henrique Mandetta no comando no ministério da Saúde — ontem, notícias quanto a uma possível demissão do ministro trouxeram instabilidade aos mercados domésticos.
Mandetta, defensor das políticas de isolamento, tem entrado em conflito com o presidente Jair Bolsonaro. O ministro, contudo, conta com o apoio de grande parte de Brasília e tem amplo respaldo popular, fatores que, aparentemente, acabaram pesando a favor de sua permanência.
Fato é que, passada a turbulência de ontem, o mercado agora espera que os ânimos se acalmem em Brasília — o ambiente de conflito explícito aumentava as incertezas quanto às diretrizes do governo em meio à crise do coronavírus, tanto no front da saúde pública quanto no da economia.
Alívio econômico
No front da agenda de dados econômicos, destaque para o avanço de 1,2% nas vendas do varejo em fevereiro, após queda de 1,4% em janeiro — um resultado que superou as expectativas dos analistas. Por mais que o indicador não englobe os efeitos do coronavírus, ele traz informações mais animadoras em relação à saúde da economia brasileira pré-crise.
Em relatório, o Goldman Sachs pondera que os dados do segmento varejista devem ser fortemente impactados pela quarentena desencadeada pelo Covid-19, mas que, ao menos, os números de fevereiro foram encorajadores.
Nesse sentido, as ações de empresas do setor, como B2W ON (BTOW3), Lojas Americanas PN (LAME4) e Magazine Luiza ON (MGLU3) aparecem entre os destaques positivos do dia — as duas primeiras também são impulsionadas pela notícia de que ambas vão iniciar de um plano para manter forte posição de caixa durante a crise do coronavírus.
Juros em baixa
No mercado de juros futuros, o tom continua negativo: por mais que os dados das vendas no varejo tenham mostrado que a economia estava mais aquecida em fevereiro, a perspectiva é de forte desaceleração no nível de atividade a partir de março.
Sendo assim, os investidores mostram-se convencidos de que a Selic deverá continuar caindo, de modo a fornecer estímulo extra à economia — e que as taxas permanecerão em níveis mais baixos por um período prolongado.
Veja abaixo como estão os DIs mais líquidos nesta terça-feira:
- Janeiro/2021: de 3,27% para 3,21%;
- Janeiro/2022: de 4,13% para 4,06%;
- Janeiro/2023: de 5,49% para 5,36%;
- Janeiro/2025: de 7,07% para 6,98%.
Top 5
Confira quais são as cinco ações de melhor desempenho do Ibovespa nesta tarde:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| BRDT3 | BR Distribuidora ON | 18,44 | +15,97% |
| YDUQ3 | Yduqs ON | 25,61 | +15,31% |
| HAPV3 | Hapvida ON | 48,82 | +13,53% |
| CVCB3 | CVC ON | 11,60 | +12,29% |
| GNDI3 | NotreDame Intermédica ON | 48,84 | +11,99% |
Saiba também quais são as maiores baixas do dia:
| CÓDIGO | NOME | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| SUZB3 | Suzano ON | 37,25 | -6,92% |
| KLBN11 | Klabin units | 15,53 | -5,82% |
| RAIL3 | Rumo ON | 19,60 | -5,59% |
| JBSS3 | JBS ON | 20,20 | -4,22% |
| MRFG3 | Marfrig ON | 8,93 | -4,18% |
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
