Wall Street apaga parte da queda e Ibovespa passa a subir em meio a oscilações intensas; dólar sobe
Bolsa brasileira abriu em alta, sucumbiu à forte queda em Wall Street e recuperou-se antes do feriado, ao término de uma semana de intensa volatilidade

Depois do tombo registrado ontem pelas bolsas americanas, os mercados financeiros globais viveram uma sexta-feira de intensa oscilação. O Ibovespa começou o dia buscando, mas logo passou a cair acompanhando o segundo dia seguido de forte recuo nos índices de ações dos Estados Unidos. No fim da tarde, uma melhora no ambiente em Nova York levou Wall Street a apagar a maior parte da queda. A bolsa brasileira acompanhou o movimento e passou a subir.
Por volta das 16h50, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,41%, aos 101.130 pontos.
Nos Estados Unidos, as bolsas abriram o dia com sinais mistos, mas pioraram já nos primeiros momentos de negociação. A queda começou a ser amortecida durante a tarde. Ainda assim, os três principais índices de Wall Street - Dow Jones (-0,5%), S&P 500 (-0,7%) e Nasdaq (-1,1%) - operam em queda pelo segundo dia seguido.
Na véspera, as bolsas americanas foram puxadas para baixo pelas empresas de tecnologia. Hoje, os resultados do payroll foram insuficientes para que os investidores deixassem a cautela de lado.
Segundo o relatório de emprego divulgado nesta manhã, o país criou 1,371 milhão de novas vagas em agosto, em linha com o esperado pelos analistas. A leitura dos investidores é de que o número representa o reaquecimento do mercado de trabalho na maior economia do mundo.
Na Europa, as bolsas operaram boa parte do dia no azul, mas a deterioração do quadro em Nova York fez os negócios terminaram o dia em território negativo. Na região, a notícia de uma possível fusão entre os bancos CaixaBank e Bankia - que pode criar o terceiro maior banco da Espanha - mexeu positivamente com o setor bancário do continente.
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Tensão em Brasília
A queda generalizada nos mercados de ações durante a maior parte do dia colocou em segundo plano a deterioração da relação entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Logo depois de receber a proposta de reforma administrativa do governo, Maia disse que a partir de agora irá tratar apenas com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos.
Em entrevista concedida ontem à noite à GloboNews, Maia disse que o ministro Paulo Guedes proibiu sua equipe de falar com a dele.
Apesar do aparente rompimento entre Maia e Guedes, o presidente da Câmara disse que em nada irá atrapalhar o andamento das reformas.
Ontem, na entrega da proposta da reforma administrativa a Maia, a ausência de Guedes no evento chamou a atenção. O ministro não se manifestou sobre o assunto.
Dólar e juro
O dólar começou a sessão em queda, mas passou a subir com a desaceleração das moedas emergentes no exterior.
O mercado de câmbio também é influenciado por comentários do diretor de Política Econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, nos quais ele praticamente descartou mais cortes na taxa Selic.
Ainda segundo ele, o Tesouro vai ter que emitir quantidade grande de títulos no decorrer dos próximos meses, antecipando problemas de liquidez para o refinanciamento da dívida pública.
Por volta das 16h50, o dólar à vista subia 0,29%, a R$ 5,3111.
Já os contratos de juros futuros operam em queda desde o início da sessão com os investidores otimistas quanto à velocidade de saída da crise provocada pela pandemia depois da divulgação do payroll.
Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:
- Janeiro/2022: de 2,790% para 2,760%;
- Janeiro/2023: de 3,960% para 3,920%;
- Janeiro/2025: de 5,760% para 5,720%;
- Janeiro/2027: de 6,720% para 6,670%.
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