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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Pressão nos mercados

Cautela generalizada nos mercados faz o Ibovespa cair 3% e leva o dólar a R$ 5,54

O Ibovespa volta aos 78 mil pontos e o dólar se aproxima dos R$ 5,60, ajustando-se à maior aversão ao risco nos mercados nesta segunda

Victor Aguiar
Victor Aguiar
4 de maio de 2020
10:42 - atualizado às 16:34
Selo Mercados AGORA Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Passado o feriado do Dia do Trabalho, os mercados brasileiros voltam a operar normalmente nesta segunda-feira (4). E, na reabertura das negociações, tanto o Ibovespa quanto o dólar à vista assumem um tom bastante pessimista.

Por volta de 16h25, o principal índice da bolsa local recuava 2,71%, aos 78.321,52 pontos, ficando em linha com o desempenho das bolsas da Europa, que fecharam em baixa de mais de 2%. Nos Estados Unidos, contudo, o dia é de estabilidade nos mercados acionários.

No câmbio, o dólar à vista devolve boa parte do alívio visto na semana passada: no mesmo horário, a moeda americana subia 1,93%, a R$ 5,5437 — o real, assim, destoa das demais divisas de países emergentes, que apresentam um comportamento relativamente neutro nesta segunda.

  • Eu gravei um vídeo para explicar a dinâmica dos mercados brasileiros nesta segunda. Veja abaixo:

Essa forte onda de aversão ao risco vista por aqui se deve aos inúmeros fatores de estresse no radar dos investidores. Em termos globais, declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inspiram cuidado e reacendem os temores de novas turbulências políticas, mesmo em meio à pandemia de coronavírus.

Ao longo do fim de semana, Trump voltou a culpar a China pela disseminação da doença e afirmou que os EUA não vão mais cortar as tarifas comerciais impostas ao país, descumprindo os acordos feitos antes do surto global.

A fala do presidente americano mantém o viés negativo nos mercados acionários americanos — Wall Street funcionou normalmente na última sexta-feira (1) e teve baixas firmes na ocasião.

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Aliás, a queda vista nas bolsas americanas durante o feriado também contribui para aumentar a pressão sobre o Ibovespa e os demais ativos domésticos nesta segunda: quase todos os recibos de ações (ADRs) de empresas brasileiras negociados em Nova York tiveram perdas firmes na sexta-feira, desencadeando movimentos de correção por aqui.

Tensão doméstca

Além de toda a cautela externa, também há uma forte prudência vinda do cenário local: o noticiário político contribui para manter os investidores em estado de alerta, altamente sensíveis a qualquer novidade vinda de Brasília.

Há dois pontos de turbulência: em primeiro plano, aparece a deterioração cada vez mais nítida nas relações entre o presidente Jair Bolsonaro e os demais poderes — nos últimos dias, ele tem centrado fogo no Supremo Tribunal Federal (STF).

No domingo (3), Boslonaro participou novamente de atos anti democracia e que pediam o fechamento do Congresso — uma postura que rendeu mais uma enxurrada de notas de repúdio de outras lideranças políticas e aumentou a percepção de crise em Brasília.

Ainda na capital federal, destaque para a aprovação, pelo Senado, do pacote de auxílio financeiro emergencial para Estados e municípios, no montante de R$ 125 bilhões — uma pauta que vem sendo chamada de 'bomba fiscal', dada a cifra elevada e a falta de contrapartidas para governadores e prefeitos.

Como o texto foi alterado pelos senadores, ele deve ser analisado novamente pela Câmara — o presidete da Casa, Rodrigo Maia, já sinalizou que pretende votar a pauta nesta segunda-feira. E, considerando o estado das relações entre governo e Congresso, deve-se esperar pouca disposição para aliviar o tom do projeto.

Essa combinação de fatores domésticos e externos provoca uma forte alta do dólar à vista e desencadeia um movimento de correção positiva nas curvas de juros futuros. Essa abertura dos DIs, no entanto, não diminui a percepção de que a Selic continuará sendo cortada no curto prazo:

  • Janeiro/2021: de 2,79% para 2,80%;
  • Janeiro/2022: de 3,62% para 3,67%;
  • Janeiro/2023: de 4,81% para 4,91%;
  • Janeiro/2025: de 6,55% para 6,63%.

Balanços em foco

No front corporativo, diversas empresas que compõem o Ibovespa reportaram nesta manhã seus resultados trimestrais, com destaque para a Gol — a companhia aérea viu seu prejuízo disparar a R$ 2,28 bilhões no período, pressionada pelo dólar em alta e pelo coronavírus.

Como resultado, as ações PN da empresa (GOLL4) despencam 10,40% nesta segunda e aparecem entre as maiores quedas do índice — veja abaixo a lista com os cinco papéis de pior desempenho no momento:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
AZUL4Azul PN15,06 -13,45%
GOLL4Gol PN11,11 -10,40%
EMBR3Embraer ON7,80 -9,83%
CSNA3CSN ON8,16 -8,93%
CVCB3CVC ON12,74 -7,68%

No lado oposto, poucas ações do índice conseguem sustentar desempenho positivo neste início de semana:

CÓDIGONOMEPREÇO (R$)VARIAÇÃO
VIVT4Telefônica Brasil PN47,62 +4,32%
TIMP3Tim ON13,16 +3,13%
ABEV3Ambev ON11,43 +0,79%
SUZB3Suzano ON39,65 +0,61%
MGLU3Magazine Luiza ON49,98 +0,56%

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