Ibovespa fecha o dia em alta e por pouco não zera as perdas do índice no terceiro trimestre
Principal índice de ações da B3 fechou em alta 1,09% hoje, encerrando setembro com queda de 4,80% e terminando o semestre em baixa de 0,48%

Ainda temos um quarto de ano pela frente e já podemos afirmar sem margem para erro que 2020 é o mais difícil ano de pelo menos uma geração inteira. E não se trata de uma exclusividade brasileira. Não desta vez.
Setembro chega ao fim e certamente encontraremos quem ressalve: mas ainda temos outubro, novembro e dezembro para viver. Ou sobreviver. Um trimestre inteiro adiante e não temos a mais vaga ideia do que este intervalo tão curto de tempo nos reserva.
Afinal, cada trimestre daqueles que já se passaram deste insano 2020 valeu por anos inteiros, pelo menos no que diz respeito aos mercados financeiros.
Você acha exagero? Então vamos aos números do Ibovespa neste ano. Já sob os primeiros impactos da pandemia do novo coronavírus, o principal índice da B3 encerrou o primeiro trimestre de 2020 com perdas de 36,86% em relação aos três últimos meses de 2019.
Entre abril e junho, uma injeção sem precedentes de liquidez proporcionada por diversos bancos centrais fez com que o Ibovespa subisse 30,2% no segundo trimestre na comparação com o fechamento de 31 de março.
Hoje, o Ibovespa aproveitou a melhora do humor nos mercados financeiros internacionais e tentou reaver a marca dos 95 mil pontos diante da perspectiva de um novo pacote de estímulo nos Estados Unidos. Não conseguiu por pouco, mas quase estabilizou o saldo do trimestre.
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O principal índice de ações da B3 fechou em alta de 1,09%, aos 94.603,38 pontos, depois de ter recuado mais de 3,5% nos dois pregões anteriores. No acumulado de setembro, porém, o Ibovespa recuou 4,80%, o que resultou em uma queda de 0,48% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao fechamento de junho.
Tentativa de acordo nos EUA desanuviou o ambiente de negócios
Em Nova York, os principais índices de ações de Wall Street fecharam em alta nesta quarta-feira (Dow Jones, +1,20%; S&P-500, +0,83%; Nasdaq, +0,74%) depois de o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, ter-se declarado otimista quanto a um acordo bipartidário sobre um novo pacote de estímulo à economia norte-americana.
Na Europa, as bolsas de valores chegaram a esboçar uma reação com a notícia, mas fecharam em queda por causa dos temores relacionados com o avanço da pandemia do novo coronavírus pelo Velho Continente.
De acordo com Mnuchin, um acerto entre democratas e republicanos poderia ocorrer ainda esta semana.
Nos EUA, os comentários do secretário colocaram em segundo plano a repercussão do bate-boca em que se transformou o primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden com vistas às eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos.
Também ficaram em segundo plano hoje os temores relacionados com a deterioração do cenário fiscal no Brasil.
No decorrer do dia, uma fala do líder republicano no Senado, Mitch McConnell, alegando que o Congresso ainda estaria "muito longe" de um acordo bipartidário apagou parte da alta nos mercados de ações, mas não foi suficiente para dissipar o bom humor entre os investidores.
Petrobras acompanha alta do petróleo e puxa Ibovespa
Entre os ativos negociados na B3, as ações da Petrobras exerceram grande impacto sobre o Ibovespa ao se beneficiarem da aceleração da alta do petróleo nos mercados internacionais depois de o Departamento de Energia dos EUA ter reportado queda semanal nos estoques estratégicos da commodity.
O noticiário envolvendo a companhia estatal de petróleo contou ainda com a retomada, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do julgamento sobre a venda de refinarias da empresa.
Outro destaque ficou por conta dos papéis da Raia Drogasil, que revelou um novo plano de expansão e figurou entre as maiores altas do Ibovespa no dia.
Ao mesmo tempo, as ações ON da IRB Brasil voltaram a ter bom desempenho hoje depois de a agência de avaliação de risco de crédito Standard & Poor's ter atribuído rating nacional AAA à companhia de resseguros.
A Minerva, por sua vez, subiu apesar de a China ter anunciado mais cedo a suspensão por uma semana das importações de produtos bovinos oriundos da unidade da empresa em Barretos, no interior de São Paulo.
Confira a seguir as 5 maiores altas e as 5 maiores quedas do dia entre os componentes do Ibovespa.
MAIORES ALTAS
CSN ON (CSNA3) +7,70%
Raia Drogasil ON (RADL3) +6,79%
Qualicorp ON (QUAL3) +5,13%
Minerva ON (BEEF3) +4,63%
Gerdau Metalúrgica PN (GOAU4) +3,75%
MAIORES QUEDAS
Suzano ON (SUZB3) -3,23%
Ultrapar ON (UGPA3) -2,23%
Equatorial ON (EQTL3) -1,99%
Pão de Açúcar ON (PCAR3) -1,25%
Klabin Unit (KLBN11) -1,12%
Dólar e juro
O mercado de câmbio firmou-se em queda na parte da tarde desta quarta-feira, depois do fim da disputa entre os agentes do mercado em torno da formação da taxa PTax.
A moeda norte-americana apresentou intensa volatilidade ao longo dia dia antes de fechar em queda de 0,37%, cotada a R$ 5,6185.
Com isso, o dólar encerra setembro em alta de 2,52% em relação ao fim de agosto.
No acumulado do ano, a moeda norte-americana já subiu 40,05% em relação ao real, o que garante à divisa brasileira o posto de pior desempenho dentre todas as moedas ante o dólar em 2020.
Enquanto isso, os contratos de juros futuros fecharam em queda em meio a um movimento de ajuste intensificado pela queda do dólar.
Nas sessões anteriores as taxas de DI haviam absorvido grande parte da percepção de deterioração do cenário fiscal brasileiro.
Confira as taxas negociadas de alguns dos principais contratos negociados na B3:
- Janeiro/2022: de 3,170% para 3,050%;
- Janeiro/2023: de 4,660% para 4,510%;
- Janeiro/2025: de 6,620% para 6,500%;
- Janeiro/2027: de 7,610% para 7,480%.
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