🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Correção nos mercados

Cautela persistente: Ibovespa crava a quinta baixa consecutiva e dólar sobe a R$ 4,08

Apesar da recuperação dos mercados globais, o Ibovespa continuou sem forças para voltar ao terreno positivo. Nesta quinta-feira, dados decepcionantes da produção industrial trouxeram prudência às negociações por aqui

Victor Aguiar
Victor Aguiar
9 de janeiro de 2020
18:39
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Os investidores pisaram fundo na bolsa em dezembro, levando o Ibovespa a novas máximas. Mas, depois de tantos ganhos, o mercado tirou o pé do acelerador neste início de 2020 — e, como resultado, o índice amargou mais uma sessão negativa nesta quinta-feira (9).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Ibovespa até chegou a aparecer no campo positivo em alguns momentos do dia , mas terminou em queda de 0,26%, aos 115.947,11 pontos — foi o quinto pregão consecutivo no vermelho, o que representa a pior sequência para o índice desde março de 2019.

São informações que impressionam e que podem gelar a espinha de quem não analisa esses dados com lupa. Mas repare que eu disse que o mercado "tirou o pé do acelerador", e não "pisou no freio": afinal, por mais que os últimos dias tenham sido negativos, as perdas não são expressivas.

Desde o início da sequência, o Ibovespa acumula "apenas" 2,21% de queda — um número que não é desprezível, mas que também está longe de ser uma tragédia. Vale lembrar, ainda, que o índice cravou um novo recorde no dia 2, terminando aquele pregão aos 118.573,10 pontos.

Assim, por mais que essas cinco sessões negativas chamem a atenção, elas não indicam uma virada de tendência do mercado de ações. Mesmo após essas baixas consecutivas, o Ibovespa ainda acumula ganho de 0,26% no ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Cautela local

Dito tudo isso: por que a bolsa brasileira teve mais um dia negativo hoje?

Leia Também

Dois vetores opostos influenciaram as negociações por aqui. Por um lado, há a percepção de alívio nas tensões entre EUA e Irã, o que deu forças às bolsas mundiais — em Nova York, o Dow Jones (+0,74%), o S&P 500 (+0,67%) e o Nasdaq (+0,81%) subiram em bloco.

Mas, por aqui, dados desanimadores da atividade doméstica trouxeram cautela e impedem que o Ibovespa acompanhasse a tendência global.

Nesta manhã, o IBGE divulgou que a produção industrial do país caiu 1,2% em novembro em relação a outubro, resultado que veio abaixo das estimativas de analistas ouvidos pelo Broadcast, que indicavam uma queda de 0,5% no período.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Era esperada uma queda, mas a produção industrial veio bem abaixo", diz Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos. "É um pouco desanimador".

O resultado decepcionante diminui a animação quanto à retomada da economia brasileira, que começou a mostrar números mais saudáveis nos últimos meses. Assim, os investidores locais optaram por assumir uma postura mais cautelosa, apesar dos ganhos das bolsas internacionais.

Otimismo externo

Lá fora, os agentes financeiros seguem respirando aliviados após o presidente dos EUA, Donald Turmp, assumir um tom mais ameno em seu discurso após os ataques do Irã a duas bases militares do país no Iraque. O chefe da Casa Branca evitou uma escalada militar na região, anunciando apenas sanções econômicas contra Teerã.

A percepção de que os ânimos estão esfriando no Oriente Médio traz algum conforto aos mercados e permite que os investidores aumentem gradualmente a exposição ao risco. No entanto, o tema ainda exige cautela, já que as relações entre EUA e Irã ainda estão bastante deterioradas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pressão no dólar

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,82%, a R$ 4,0852 — foi a maior valorização da divisa americana numa única sessão desde novembro.

Mas, ao contrário do Ibovespa, o dólar acompanhou a tendência mundial. Lá fora, a moeda ganhou força em relação aos ativos de países emergentes, como o peso mexicano, o rublo russo, o peso chileno, o rand sul-africano e o peso colombiano, entre outros.

Juros caem

Os números mais fracos da produção industrial desencadearam um leve movimento de ajuste negativo nas cuvas de juros, com o mercado apostando que novos cortes na Selic podem ser necessários para dar tração à economia.

Veja como ficaram os principais DIs nesta quinta-feira:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Janeiro/2021: estável em 4,45%.
  • Janeiro/2023: de 5,72% para 5,67%;
  • Janeiro/2025: de 6,40% para 6,37%;
  • Janeiro/2027: de 6,76% para 6,73%.

Correção nos bancos...

As ações do setor bancário apareceram entre os destaques negativos da sessão: Itaú Unibanco PN (ITUB4) caiu 1,99%, Bradesco PN (BBDC4) recuou 1,60%, Banco do Brasil ON (BBAS3) teve baixa de 2,03% e as units do Santander Brasil (SANB11) desvalorizaram 1,58%.

Esse comportamento, no entanto, não foi desencadeado por um fator nítido. Analistas citaram as declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto — ele afirmou que a instituição busca elevar a competição no setor de crédito — como um fator de estresse para as grandes instituições.

Mas as ações do setor bancário têm apresentado desempenhos bastante ruins nos últimos dias — o movimento de hoje, assim, apenas deu continuidade à tendência recente. Todos os papéis citados acima acumulam perdas de mais de 5% somente nesta semana

...e nas commodities

No mercado de commodities, o minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao fechou em baixa de 1,92%, fator que pressionou as ações da Vale e das siderúrgicas nesta quinta-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale ON (VALE3) caiu 1,31%, CSN ON (CSNA3) recuou 1,06%, Gerdau PN (GGBR4) teve perda de 0,53% e Usiminas PNA (USIM5) fechou em baixa de 0,64%.

Já o petróleo teve uma sessão relativamente estável, considerando a ausência de novidades no front das tensões no Oriente Médio. O WTI para fevereiro fechou em leve queda de 0,08%, enquanto o Brent para março caiu 0,11%.

Nesse cenário, as ações da Petrobras não se afastaram muito do zero a zero: os papéis PN (PETR4) caíram 0,33%, enquanto os ONs (PETR3) subiram 0,56%.

Top 5

Confira os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • B2W ON (BTOW3): +5,34%
  • IRB ON (IRBR3): +3,86%
  • Magazine Luiza ON (MGLU3): +3,56%
  • Raia Drogasil ON (RADL3): +3,01%
  • Lojas Americanas PN (LAME4): +2,71%

Veja também as maiores quedas do índice no momento:

  • Cielo ON (CIEL3): -6,13%
  • BR Distribuidora ON (BRDT3): -2,63%
  • CCR ON (CCRO3): -2,42%
  • Banco do Brasil ON (BBAS3): -2,03%
  • Itaú Unibanco PN (ITUB4): -1,99%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

WHAT A WEEK, HUH?

Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário

20 de novembro de 2025 - 9:32

A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital

NÃO ENGATOU

Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?

19 de novembro de 2025 - 18:49

Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão

COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

ONDA DE REVISÕES CONTINUA

Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação

17 de novembro de 2025 - 15:53

Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua

REAÇÃO AOS BALANÇOS

Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?

17 de novembro de 2025 - 15:15

Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%

15 de novembro de 2025 - 16:23

Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX

ESTRATÉGIA DOS GESTORES

Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina

15 de novembro de 2025 - 15:30

Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar