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Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Mares favoráveis

Ibovespa surfa a onda da menor aversão ao risco e crava a segunda alta consecutiva

O Ibovespa fechou em alta de 0,81% e, com isso, já acumula ganhos de 1,58% na semana, aproveitando o bom humor visto nas bolsas globais desde ontem. O dólar à vista, por outro lado, fechou em alta e voltou ao nível de R$4,25

Victor Aguiar
Victor Aguiar
4 de fevereiro de 2020
18:47 - atualizado às 18:48
Surfe cachorro Ibovespa
Imagem: Shutterstock

Depois de um período de mares excepcionalmente agitados, as águas do Ibovespa estão mais atraentes nesta semana. Lá fora, os ventos ameaçadores vindos da China estão mais fracos — e, com isso, ondas de menor aversão ao risco conseguem chegar ao litoral dos mercados.

Ao ver o clima mais firme nos últimos dias, os investidores correram para tirar suas pranchas do armário, buscando recuperar o tempo perdido. Tanto é que o Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira (4) em alta de 0,81%, aos 115.556,71 pontos — é a segunda sessão consecutiva de ganhos.

Com isso, o índice acumula um avanço de 1,58% na semana e praticamente zera as perdas em 2020: agora, o Ibovespa tem uma leve baixa de 0,08% desde o início do ano.

No exterior, o tom também foi de animação: na China, as bolsas terminaram a sessão no campo positivo; na Europa, as principais praças subiram mais de 1%; e, nos Estados Unidos, o Dow Jones (+1,44%), o S&P 500 (+2,25%) e o Nasdaq (+2,10%) tiveram ganhos firmes.

O dólar à vista, por outro lado, até começou o dia de bom humor, batendo os R$ 4,2246 na mínima (-0,58%). Mas a animação teve vida curta no mercado de câmbio: ao fim da sessão, a moeda americana registrou alta de 0,21%, a R$ 4,2583.

Mas o que justifica todo esse otimismo nos mercados acionários? Em linhas gerais, não tivemos um evento ou acontecimento que disparasse um gatilho de animação nos investidores. Trata-se de uma menor percepção de risco — e, com ela, uma maior disposição a comprar ações.

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E, assim como a China foi responsável por trazer tensão às bolsas na semana passada, o gigante asiático aparece como a fonte do alívio nesta semana, com o governo do país deixando claro que está fazendo o possível para conter o pânico — tanto no front do coronavírus quanto no âmbito dos mercados financeiros.

Sinais da Ásia

Os investidores mostraram-se mais dispostos a assumir riscos na bolsa nesta terça-feira, em meio à estabilização das bolsas da China. Ontem, os índices acionários do país caíram cerca de 8%, mas, hoje, recuperaram parte dessas perdas e subiram perto de 2%.

Os mercados chineses estiveram fechados na semana passada, em meio ao feriado do Ano Novo Lunar e ao surto do coronavírus — um período em que as bolsas globais enfrentaram enorme turbulência por causa da disseminação da doença.

Assim, era de se esperar um movimento mais intenso de correção nos mercados acionários da China. No entanto, o governo do país não mediu esforços para conter um eventual pânico por parte dos investidores.

Tanto ontem quanto hoje, o banco central da China injetou recursos no mercado financeiro, de modo a fornecer liquidez às negociações — uma iniciativa que surtiu efeito hoje e que foi bem vista pelos investidores globais.

Quanto ao coronavírus, por mais que o número de infectados e mortos continue subindo, há a percepção de que o ritmo de contágio da doença tem ficado mais lento, o que afasta parcialmente as preocupações quanto a uma possível pandemia.

Os dados mais atualizados dão conta de 427 mortos e pouco mais de 20 mil pessoas infectadas no mundo — um crescimento relativamente pequeno em relação aos 370 óbitos confirmados até ontem.

O governo chinês também parece estar tendo sucesso em sua empreitada para conter o vírus dentro das fronteiras do país, já que quase todos os mortos e infectados estão restritos ao gigante asiático.

Considerando essas duas variáveis, as bolsas globais têm encontrado espaço para se recuperar das perdas recentes, uma vez que o ambiente externo está menos turbulento — o Ibovespa conseguiu engatar uma sequência de duas altas consecutivas pela primeira vez desde os dias 22 e 23 de janeiro.

Eleição no radar

Nos Estados Unidos, a eleição presidencial de 2020 começa a entrar no radar dos investidores, que acompanham desde ontem a apuração do caucus — as prévias do partido democrata — em Iowa.

No entanto, há um enorme imbróglio para a contabilização dos resultados — quase 24 horas depois da votação, ainda não há um resultado oficial. Bernie Sanders, Elizabeth Warren, Joe Biden e Michael Bloomberg são alguns dos concorrentes à vaga dos democratas.

Cautela doméstica

Por aqui, a agenda de dados econômicos foi repercutida pelos investidores e inspirou alguma cautela quanto ao ritmo de recuperação da atividade doméstica. Nesta manhã, foi reportada a queda de 1,1% na produção industrial do país em 2019 – em dezembro, o indicador recuou 0,7% em relação ao mês anterior.

O resultado de dezembro ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado e elevou a leitura de que a economia brasileira ainda está patinando, sem forças para engatar uma recuperação mais firme.

Os números ajudam a explicar a perda de força do Ibovespa ao longo do dia: apesar de ainda ter fechado a sessão com ganhos expressivos, o índice ficou longe das máximas (116.555,61 pontos, alta de 1,68%).

A percepção de fraqueza persistente da economia ainda fortaleceu as apostas num corte de 0,25 ponto na Selic, de modo a estimular a economia — o Copom divulga amanhã, após o fechamento dos mercados, a nova taxa de juros do país. E, nesse cenário, os DIs fecharam em queda nesta terça-feira.

Veja abaixo como ficaram as curvas mais líquidas nesta terça-feira:

  • Janeiro/2021: de 4,32% para 4,29%;
  • Janeiro/2023: de 5,46% para 5,45%;
  • Janeiro/2025: de 6,15% para 6,11%;
  • Janeiro/2027: de 6,52% pára 6,47%.

Recuperação das commodities

O alívio visto na China também mexeu com o mercado de commodities: o minério de ferro negociado em Qingdao — cotação que serve como referência para os investidores — subiu 4,21%, recuperando boa parte das perdas da sessão anterior.

O petróleo chegou a subir mais de 3%, mas, no fim da sessão, mudou de lado: o Brent para abril caiu 0,90%, enquanto o WTI para março recuou 1%. Isso não impediu que as ações da Petrobras fechassem em alta, tanto as ONs (PETR3) quanto as PNs (PETR4), com ganhos de 2,47% e 1,60%, respectivamente.

No setor de mineração e siderurgia, Vale ON (VALE3) avançou 2,67%, CSN ON (CSNA3) teve alta de 1,77%, Gerdau PN (GGBR4) exibiu ganhos de 4,28% e Usiminas PNA (USIM5) valorizou 0,93%.

Gol e MRV em alta

MRV ON (MRVE3) terminou o dia com ganhos de 2,77%, após o J.P. Morgan elevar a recomendação para os papéis, de neutro para 'overweight' (desempenho acima da média).

Outro destaque positivo da sessão foi Gol PN (GOLL4), subindo 2,36%. Mais cedo, a empresa brasileira anunciou um acordo de compartilhamento de voos com a American Airlines — confira aqui os demais destaques da sessão.

Top 5

Veja abaixo as cinco maiores altas do Ibovespa nesta terça-feira:

  • Cogna ON (COGN3): +5,58%
  • Gerdau PN (GGBR4): +4,28%
  • Equatorial ON (EQTL3): +3,86%
  • Cia Hering ON (HGTX3): +3,44%
  • Hypera ON (HYPE3): +3,37%

E saiba também quais foram as cinco maiores baixas do índice:

  • Cielo ON (CIEL3): -2,79%
  • JBS ON (JBSS3): -2,28%
  • Energias do Brasil ON (ENBR3): -1,96%
  • CCR ON (CCRO3): -1,90%
  • Suzano ON (SUZB3): -1,54%

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