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Felipe Saturnino

Felipe Saturnino

Graduado em Jornalismo pela USP, passou pelas redações de Bloomberg e Estadão.

fechamento

Após sangria, Ibovespa acompanha Nova York e sobe 1,3%; juros recuam com Copom

Índice teve sessão de altos e baixos a princípio, mas acabou seguindo bolsas americanas e registrou maior alta em uma semana; Petrobras e Vale são destaques após balanços. Dólar marca leve ganho

Felipe Saturnino
Felipe Saturnino
29 de outubro de 2020
18:40 - atualizado às 19:05
Selo Mercados FECHAMENTO Ibovespa dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Após a tensão de ontem espalhadas pelos mercados, que fez o Ibovespa recuar mais de 4%, o principal índice acionário da bolsa brasileira conseguiu devolver algumas das perdas em uma sessão de humor mais leve dos investidores.

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Puxado pelas bolsas americanas e pelo bom desempenho de pesos-pesados como Petrobras e Vale, o índice se estabeleceu em alta durante a tarde, após oscilar entre altas e baixas no início do dia, e fechou em alta de 1,27%, cotado aos 96.582,12 pontos. Foi a maior alta do índice desde quinta passada (22), quando apontou avanço de 1,36%, em meio à breve retomada dos 100 mil pontos.

Neste mês, o Ibovespa ainda conserva ganhos de 2,1% — no ano, acumula perdas de 16,5%.

Nos Estados Unidos, boas notícias do ambiente macroeconômico foram os principais condutores dos negócios. 

O avanço maior do que o esperado do PIB dos EUA no terceiro trimestre, crescendo a uma taxa anualizada de 33,1% frente ao trimestre anterior, deu aos agentes financeiros esperanças sobre a recuperação da economia do país.

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Além disso, o número de pedidos de seguro-desemprego foi menor do que o esperado pelos analistas. Os Estados Unidos registraram 751 mil novas solicitações, abaixo das 770 mil que eram previstas pelo mercado.

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No fim do dia, o S&P 500 fechou a sessão em alta de 1,2%; o Dow Jones, de 0,5%; e o Nasdaq, de 1,64%.

Outro driver das bolsas nos EUA são os balanços das gigantes da tecnologia, como Facebook, Amazon, Apple e Alphabet, divulgados hoje após o fechamento dos mercados — o que explica o grande desempenho do Nasdaq.

O cenário local, enquanto isso, continua atribulado.

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Pela manhã, fator de volatilidade foi a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não estava à altura do cargo. Isto porque, segundo Maia, Campos Neto teria vazado à imprensa conteúdo da conversa que teve com ele.

No entanto, logo depois o deputado pediu desculpas, citando que o chefe do BC lhe havia telefonado esclarecendo que não tinha feito o vazamento.

A conversa referia-se à pauta econômica do governo Jair Bolsonaro no Congresso. Nesta semana, Maia falou que a base do governo tem obstruído as votações de temas caros à agenda reformista.

Em meio a este imbróglio, o Ibovespa chegou a marcar fortes 2,08% de queda, caindo para 93.386,55 pontos.

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Uma fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo analistas, ajudou a desanuviar o cenário. 

“Se lidarmos bem com o problema do teto, das fontes, de uma forma fiscalmente responsável, ou então a volta ao Bolsa família. O que não vamos fazer é uma irresponsabilidade fiscal", disse Guedes, em audiência na comissão mista do Congresso, que também afirmou que não haverá aumento de imposto no governo e também abriu mão do imposto digital.

"Foi um dia nervoso, como têm sido os dias de 2020. A gente foi carregado pelo exterior, teve um pouco da fala do Guedes que ajudou", diz Daniel Rezende, analista da Messem Investimentos. "Mas é normal que depois de um sell-off clássico os investidores vejam que nem todas as empresas vão sofrer os mesmos impactos de uma nova onda de covid-19."

Top 5

Uma das empresas destacadas por Rezende é a Rumo, uma das maiores altas hoje. "Como pode uma empresa de logística cair tanto ontem? Não está claro que ela não sofre tanto os impactos do coronavírus?", afirmou, citando a irracionalidade dos mercados.

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Ações de Vale e Petrobras também ajudaram a recuperação parcial do índice hoje. Vale ON (VALE3) subiu 2,9%, enquanto Petrobras ON (PETR3) e Petrobras PN (PETR4) avançaram 3,7% e 3,34%, respectivamente, em um dia ruim para o petróleo no mercado internacional em razão dos temores da covid-19 no exterior, que podem desacelerar a demanda.

Ontem, tanto Petrobras como Vale soltaram balanços após o fechamento dos mercados. Você pode conferir os balanços de hoje neste compilado do Seu Dinheiro, além de temas importantes da teleconferência da Petrobras.

Confira as maiores altas percentuais do dia:

CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO
COGN3Cogna ON4,546,82%
RAIL3 Rumo ON 18,334,56%
FLRY3 Fleury ON 27,434,50%
VVAR3Via Varejo ON18,254,35%
SANB11Santander units33,394,31%

Sensível ao noticiário do coronavírus, a ação da aérea Gol foi um dos piores desempenhos do dia no Ibovespa. Veja as maiores quedas:

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CÓDIGOEMPRESAPREÇO (R$)VARIAÇÃO
ABEV3Ambev ON12,89 -3,59%
CRFB3Carrefour Brasil ON19,20-2,54%
EZTC3EZTEC ON36,39 -2,26%
GOLL4Gol PN16,61-1,83%
JBSS3JBS ON19,65-1,65%

Dólar tem leve alta, juros caem

O dólar teve uma sessão também de altos e baixos. Após novamente se aproximar do nível de R$ 5,80 durante a sessão, em máxima de 0,51%, desacelerou o movimento e teve momentos em que ficou no vermelho.

Na mínima, o dólar chegou a cair 0,3%, indicando a volatilidade do dia. No fim da sessão, o dólar encerrou em alta leve de 0,09%, cotado a R$ 5,7451.

"Tem incerteza lá fora, com o retorno da covid-19, tem incerteza aqui, com a trajetória fiscal", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "O mercado fica assim, de um lado para o outro, mas em busca de notícia nova, ontem já tinha disparadado, hoje ficou de lado."

Galhardo destaca que a atuação de ontem do BC foi para enxugar gelo, apenas amaciando a alta do dólar em um dia ruim geral para as moedas emergentes. Ele acredita que o mercado vai começar a "testar" o BC. "O mercado quer ver se o BC tem dólar para vender em uma situação que pouca gente quer vender."

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Enquanto isso, se a Selic ficou parada, os juros futuros caíram na B3.

Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros parada em 2% ao ano, na mínima histórica, as taxas dos contratos de depósitos interbancários se ajustam à sinalização do Banco Central de que a Selic continuará inalterada no futuro.

Ontem, o comunicado do comitê demonstrou que a autoridade monetária avalia que o choque da inflação de alimentos é transitório e que as expectativas de inflação continuam ancoradas.

Além disso, o Copom pontuou que o regime fiscal do país (leia-se teto de gastos) continua mantido — ou seja, as condições satisfazem a manutenção do juro básico.

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A queda é visível nos juros curtos. "A ponta curta reage ao comunicado, que deixou claro que o forward guidance não foi abandonado", diz Paulo Nepomuceno, analista de renda variável da Terra Investimentos.

"Mas o mercado está represando, e como a ponta curta cai um pouco, para compensar, a longa acaba subindo", diz ele.

Segundo Nepomuceno, isso significa que o mercado acha que o BC pode levar mais tempo para elevar os juros, em meio aos novos casos de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos que, eventualmente, podem forçar novos estímulos monetários — isto é, novos cortes de juros. Veja as taxas dos principais vencimentos:

  • Janeiro/2021: de 1,97% para 1,95%
  • Janeiro/2022: de 3,49% para 3,43%
  • Janeiro/2023: de 4,99% para 4,97%
  • Janeiro/2025: de 6,66% para 6,71%

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