Ibovespa vai acima dos 107 mil pontos e dólar fecha em queda forte com apetite estrangeiro
Investidores estrangeiros compram bolsa, enquanto pessoas físicas vendem. Hoje, papéis de e-commerce tentam recuperar algumas das perdas da véspera, enquanto Petrobras e Vale se firmam em alta e sustentam desempenho do índice. Moeda americana recua, também na esteira da antecipação da rolagem de swaps com vencimento em janeiro e pacote econômico a ser votado no Congresso
O Ibovespa iniciou a terça-feira (17) em leve queda, com a opção de investidores pela realização de lucros depois de uma sessão de ganhos firmes ontem, mas virou para alta no começo da tarde e se mantém em terreno positivo por volta das 17h20.
Nesse horário, o principal índice acionário da B3 registra ganhos de 0,9%, cotado aos 107.380 pontos, se descolando da operação cautelosa sob a qual estão as bolsas americanas neste momento — agora, apenas o Nasdaq marca leves ganhos.
O movimento está correlacionado com o bom humor de investidores estrangeiros em relação à bolsa brasileira. Só na segunda passada (10), a entrada de recursos externos na B3 bateu recorde diário, no que foi o maior aporte diário desde novembro de 2011.
Na ponta ganhadora, papéis de e-commerce, como B2W, Magazine Luiza e Via Varejo, tentam devolver algumas perdas da véspera e sobem. Ações da CVC são a maior alta do índice. Pesos-pesados, os papéis da Vale disparam na esteira da alta do minério de ferro na China.
Papéis da Petrobras estão destoando completamente do mercado de petróleo, que fechou em queda hoje.
Mais cedo, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) reforçou, em comunicado, que os membros do cartel precisar estar vigilantes e preparados para agir de acordo com os requisitos do mercado, quando for necessário.
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
As ações da estatal mudaram de sinal ainda pela manhã, ajudando o Ibovespa a ir para o terreno dos ganhos, empurrados pela compra de estrangeiros.
As "blue chips" do índice vão atraindo o "olhar gringo", com os investidores estrangeiro voltando a ingressar com recursos na bolsa brasileira e comprando ações de empresas consolidadas e defasadas do ponto de vista de valores correntes — Petrobras e bancos, por exemplo, acumulam queda em 2020.
Veja as maiores altas:
| CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO | VARIAÇÃO |
| CVCB3 | CVC ON | 16,05 | 9,48% |
| HYPE3 | Hypera ON | 31,50 | 6,60% |
| EGIE3 | Engie ON | 45,50 | 4,33% |
| BRFS3 | BRF ON | 20,78 | 4,00% |
| CYRE3 | Cyrela ON | 27,29 | 3,88% |
Papel que saltou na segunda, MRV é o segundo maior recuo percentual do Ibovespa hoje. Ações afetadas pela queda do dólar, Suzano recua.
Confira as maiores quedas:
| CÓDIGO | EMPRESA | PREÇOS (R$) | VARIAÇÃO |
| TAEE11 | Taesa units | 32,17 | -4,28% |
| GNDI3 | Intermédica ON | 71,63 | -3,18% |
| MRVE3 | MRV ON | 20,39 | -2,39% |
| SUZB3 | Suzano ON | 52,03 | -2,00% |
| TOTS3 | Totvs ON | 27,00 | -1,85% |
A primeira sessão da semana foi amplamente positiva para a tomada de risco, alimentando o fôlego das bolsas e enfraquecendo o dólar contra moedas emergentes.
Na ocasião, puxado por Petrobras, bancos e Vale, o Ibovespa fechou no maior patamar desde 4 de março, voltando a níveis pré-pandemia.
O ânimo do índice seguiu o rastro dos ganhos no exterior, com as bolsas globais repercutindo a eficácia de 94,5% da vacina experimental contra a covid-19 da Moderna, de acordo com resultados preliminares da fase 3.
O número de novos casos do coronavírus registrados nos EUA saltou para mais de 166 mil na segunda em relação ao dia anterior. O número de hospitalizados, por sua vez, atingiu novo recorde.
Autoridades locais por todo o país estão impondo novas restrições à atividade social para conter a disseminação do vírus, que pode prejudicar a economia nos meses de inverno.
Dólar cai forte, juros acompanham
O dólar, por sua vez, intensificou a queda frente ao real ao longo do dia, e fechou perto das mínimas intradiárias, em baixa de 1,97%, aos R$ 5,3305 — a moeda teve um comportamento misto em relação a divisas de países emergentes.
A moeda operou em quedabaixa refletindo a entrada de divisas no país, em meio ao movimento de ingresso de recursos estrangeiros.
Além disso, contribuiu para o movimento a antecipação da rolagem do vencimento de swaps cambiais de 4 de janeiro de 2021 no total de US$ 11,8 bilhões e, também, a percepção de andamento da agenda econômica no Congresso.
Mais cedo, a Broadcast noticiou, citando fontes, que líderes do Senado negociam um pacote de projetos econômicos a ser votado nesta semana.
Os juros futuros dos contratos de depósitos interbancários, deste modo, recuaram, embora tenham tido movimentos menores comparados à bolsa e ao dólar. Veja as taxas dos principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,926% para 1,922%
- Janeiro/2022: de 3,29% para 3,25%
- Janeiro/2023: de 4,90% para 4,85%
- Janeiro/2025: de 6,71% para 6,64%
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
