Ibovespa busca 113 mil com Petrobras e NY; dólar cai a R$ 5,14 com fluxo estrangeiro
Investidores reagem à agenda econômica cheia aqui e lá fora; juros longos despencam e dólar fecha em menor nível desde 22 de julho
O Ibovespa opera em alta firme nesta quinta-feira (03), em meio aos leves ganhos das bolsas americanas após a queda maior que a esperada no número de pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos.
No geral, os investidores reagem a uma agenda macroeconômica lotada, tanto com a divulgação de dados na maior economia do mundo quanto no Brasil.
Por volta das 17h, o principal índice acionário da bolsa brasileira avançava 1,1%, cotado aos 113.106 pontos, depois de romper o patamar de 113 mil por volta das 13h30, renovando as máximas do índice no período de pandemia de coronavírus.
Ações bastante descontadas de empresas aéreas como Gol, além da rede de agência de viagens CVC, voltam a liderar a alta percentual do índice, enquanto bancos e Petrobras contribuem para o ganho em pontos do Ibovespa.
O maior destaque de ganho percentual vai para Embraer ON, papel que perdeu 50% de valor no ano e hoje vai marcando uma alta de 13%, com a perspectiva de vacina mais próxima e fortes descontos atraindo compradores.
Enquanto isso, a maior pressão de alta em ganhos é da Petrobras, cujas ações sobem mais de 3%. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiu por diminuir os cortes na produção da commodity de 7,7 bilhões de barris por dia (bpd) para 7,2 bilhões de bpd a partir de janeiro. Ainda assim, a oferta de petróleo continuará restringida, fato que instigou forte alta nos preços do produto no exterior.
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Veja as maiores altas:
| CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| EMBR3 | Embraer ON | 9,58 | 13,78% |
| GOLL4 | Gol PN | 27,34 | 8,71% |
| PCAR3 | GPA ON | 72,54 | 8,64% |
| CVCB3 | CVC ON | 20,99 | 8,53% |
| BPAC11 | BTG Pactual units | 86,28 | 7,98% |
Pela manhã, lote com insumos para a produção da "coronavac", a vacina da farmacêutica chinesa Sinovac desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, chegou a São Paulo e foi recebida pelo governador do Estado, João Doria.
Além disso, a aprovação do uso emergencial da vacina da Pfizer no Reino Unido continua a animar, fazendo o FTSE 100 em Londres fechar em alta e destoar de índices em Paris e Frankfurt, que registraram leves quedas.
Na ponta perdedora do Ibovespa, ações de empresas com forte perfil exportador sofrem os impactos do novo tombo do dólar e lideram as quedas. Os papéis de Suzano e Klabin, ligados à celulose, estão entre as principais baixas, bem como Gerdau e Metalúrgica Gerdau.
Confira as maiores baixas:
| CÓDIGO | EMPRESA | PREÇO (R$) | VARIAÇÃO |
| SUZB3 | Suzano ON | 51,34 | -5,94% |
| GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | 10,34 | -3,72% |
| GGBR4 | Gerdau PN | 22,63 | -3,46% |
| KLBN11 | Klabin units | 24,00 | -3,42% |
| USIM5 | Usiminas PNA | 13,42 | -2,89% |
Os investidores repercutem o PIB do Brasil referente ao terceiro trimestre ignorando a alta menor do que a esperada do dado. A economia do país avançou 7,7% na comparação com o segundo trimestre, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado frustrou as expectativas do mercado, já que os economistas aguardavam um crescimento de 8,8% do PIB no período, na comparação trimestral. O Kaype Abreu preparou uma análise com 6 pontos do que você precisa saber sobre o PIB do país.
A alta menor do que a expectativa se refletiu hoje nos juros dos depósitos interbancários (DI), que fecharam em forte queda com o horizonte de que as pressões inflacionárias provenientes da aceleração da atividade econômica estão mitigadas no curto prazo.
Mas os juros de vencimento de maior prazo operaram em queda ainda mais intensa. As taxas para janeiro/2025 despencaram 27 pontos-base (aproximadamente 0,3 ponto percentual), o que indica sensível redução na percepção do risco fiscal por parte dos investidores.
Enquanto isso, os juros para os contratos de DI para janeiro/2027 fecharam pela primeira vez abaixo de 7% desde 14 de setembro.
Pela manhã, o Tesouro Nacional vendeu o lote integral de títulos ofertados, dentre os quais 20 milhões de LTNs (Letras do Tesouro Nacional), títulos prefixados curtos — 1 milhão com vencimento em abril de 2021; 4 milhões com vencimento em outubro de 2022, e 15 milhões, em janeiro de 2024.
Os restantes vendidos foram 450 mil NTN-Fs (Notas do Tesouro Nacional Série F), prefixados longos — 300 mil para janeiro de 2027 e 150 mil para janeiro de 2031 —, além de 1 milhão de LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), atrelados à Selic — 69,5 mil para março de 2020 e 930,5 mil para março de 2027.
Veja as taxas dos principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,914% para 1,916%
- Janeiro/2022: de 3,050% para 3,025%
- Janeiro/2023: de 4,62% para 4,54%
- Janeiro/2025: de 6,38% para 6,11%
O dólar, por sua vez, volta a recuar forte, operando em queda de 1,9%, cotado a R$ 5,1401, refletindo a continuidade de entrada de fluxo estrangeiro no país, que aumenta a oferta da divisa. Foi o menor patamar de fechamento da moeda desde 22 de julho, quando terminou cotada a R$ 5,1161.
O novo tombo ocorre em meio à fraqueza global da moeda como o indicado no Dollar Index (DXY), que cai 0,4%, para 90,72, mantendo-se nos menores níveis vistos desde abril de 2018. O DXY compara o dólar a uma cesta de moedas fortes como euro, libra e iene.
O dólar também opera em queda frente aos pares emergentes do real brasileiro, como o peso mexicano e o rublo russo.
Nos Estados Unidos, líderes democratas aceitaram reduzir as suas demandas para o pacote de estímulos fiscais a fim de socorrer a economia do país e agora tomam como um bom ponto de partida uma ajuda de US$ 910 bilhões, segundo previsto em proposta bipartidária.
Com isto, as esperanças de que um acerto possa ser alcançado com os republicanos foram renovadas. O dólar também se enfraquece com essa perspectiva de maior oferta de moeda disponível.
Além disso, os dados de seguro-desemprego mostraram declínio para 712 mil na semana passada, a primeira queda em três semanas, o que estimula a tomada de risco dos investidores. O dado de índice de gerente de compras (PMI, da sigla em inglês) de serviços nos Estados Unidos veio acima do esperado, mostrando avanço de 56,9 para 58,4 — superando também as expectativas dos analistas.
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