Ações do Iguatemi têm alta forte com balanço melhor que o esperado
Papéis disparam mais de 7% com resultado “não tão ruim”; Credit Suisse está otimista com ações da empresa
As ações da empresa de shopping centers de luxo Iguatemi (IGTA3) subiram forte nesta quarta-feira (5) após a divulgação do balanço do segundo trimestre com números melhores que o esperado pelos analistas. Os papéis fecharam em alta de 7,76%, cotados a R$ 34,98.
O Iguatemi divulgou seus números na noite de ontem (4), reportando um lucro líquido de R$ 46,3 milhões no período de abril a junho, queda de 23% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
A receita líquida atingiu R$ 160,9 milhões, queda de 14,3% na comparação anual, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 114,9 milhões, queda de 16,5% ante o mesmo período de 2019.
Os resultados negativos, impactados pela pandemia de covid-19, já eram amplamente esperados pelo mercado. Ao longo do segundo trimestre, alguns shoppings voltaram a funcionar, mas a companhia só conseguiu operar com todos os seus empreendimentos abertos durante três dias em todo o trimestre, pois logo alguns deles voltaram a ser fechados pelas prefeituras das suas respectivas cidades.
Dos 17 shopping centers da carteira, apenas 11 chegaram ao fim de junho em operação. Ainda assim, ao reabrirem, os shoppings passaram a operar com restrições de horário. Com isso, as vendas totais atingiram R$ 603,6 milhões, queda de 82,8% em relação ao segundo tri de 2019.
Credit Suisse tem recomendação 'outperform' para as Iguatemi
Apesar disso, os investidores consideram que os resultados até que não foram tão ruins, dadas as circunstâncias. O banco Credit Suisse, por exemplo, emitiu relatório sobre a empresa com o título "It wasn't that ugly, was it?" (algo como "Não foi tão feio, né?", em tradução livre).
Leia Também
"Embora o trimestre possa não ter debelado as preocupações de longo prazo, definitivamente trouxe o conforto de que o curto prazo possa não ser tão feio quanto o esperado", diz o relatório do Credit.
Os analistas dizem que, apesar de seus ativos terem permanecidos fechados pela maior parte do trimestre e de ter concedido descontos integrais para a maioria dos inquilinos, o Iguatemi conseguiu manter uma margem Ebitda positiva e elevada, gerar um fluxo de caixa operacional de R$ 4 milhões, manter uma alta taxa de ocupação, de 93,6%, e manter uma provisão para inadimplência de apenas R$ 7,4 milhões.
Os analistas do Credit consideram que o Ebitda e o fluxo de caixa da companhia tiveram performance "impressionante para um negócio que permaneceu fechado pela maior parte do trimestre".
O banco tem recomendação "outperform" (acima da média do mercado) para os papéis do Iguatemi e considera que, no preço atual, as ações se mostram atrativas para investidores de longo prazo. O preço-alvo do Credit para os papéis é de R$ 45, um potencial de valorização de quase 30% em relação ao preço atual.
"Nós esperamos que as ações de Iguatemi reajam positivamente, uma vez que o valuation atrativo de 17 vezes o preço/FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) projetado para 2021 pode não permanecer por muito tempo", diz o relatório.
Aposta no digital
Como as medidas de isolamento social adotadas pelo Poder Público durante a pandemia - o que acarretou no fechamento do comércio, incluindo os shoppings -, as varejistas têm investido mais nas suas operações digitais.
A aposta do Iguatemi é o marketplace Iguatemi 365, que foi expandido, no mês de julho, para mais cinco capitais: Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Goiânia e Campo Grande. Antes, a plataforma digital da operadora de shoppings atuava apenas no estado de São Paulo.
Em teleconferência de resultados na manhã de hoje, o presidente do grupo Iguatemi, Carlos Jereissati, disse que o plano é expandir o Iguatemi 365 para mais cinco capitais até o fim do ano, o que incluiria a região Nordeste.
Inicialmente, as entregas continuarão sendo feitas a partir de São Paulo, mas com o crescimento do volume, novos centros logísticos serão criados.
A plataforma, que começou com apenas 80 grifes, hoje já conta com a presença de mais de 280 marcas, e deve alcançar 300 até o fim do ano, estima a empresa. Em torno de 30% das grifes disponíveis hoje no marketplace não contam com presença física em nenhum dos empreendimentos do Iguatemi pelo país.
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
