A Weg tem uma carta na manga para o futuro: um caminhão elétrico da Volkswagen
A Volkswagen do Brasil está desenvolvendo um caminhão 100% elétrico, uma iniciativa que pode render frutos interessantes à montadora e suas parceiras, especialmente a Weg

Transporte de cargas via caminhões e preocupação ambiental não são termos que costumam dividir a mesma frase. Veículos pesados, em geral, consomem diesel e tendem a emitir uma quantia elevada de poluentes — mas uma iniciativa da Volkswagen do Brasil, em conjunto com a Weg, quer mudar essa figura.
Uma das grandes apostas da montadora para o mercado local é o lançamento de um caminhão 100% elétrico — o primeiro do tipo fabricado no país —, batizado de e-Delivery. O veículo começará a ser produzido em série apenas em 2020, mas alguns protótipos já estão circulando pelas ruas, em fase de testes. E o futuro parece promissor.
A Volkswagen, afinal, já possui ao menos uma grande encomenda pelos novos caminhões elétricos: a Ambev. A fabricante de bebidas já assinou um contrato para a compra de 1.600 unidades do e-Delivery, de modo a renovar um terço de sua frota de veículos para a entrega e distribuição de bebidas até 2023.
Ter um grande comprador inicial é um passo importante para dar escala a qualquer projeto, e o fechamento do acordo com a Ambev viabilizou que a produção e o desenvolvimento do e-Delivery continuassem progredindo. Além da Weg, também participam do projeto Siemens, Bosch, Semcon, Moura, Meritor, Eletra e CATL.
A Volkswagen está trabalhando em duas versões do veículo: uma com capacidade de 11 toneladas e outra maior, de 14 toneladas — essa é a que começará a ser produzida em série no ano que vem. Os caminhões elétricos possuem autonomia de até 200 quilômetros, com motor de 260 kW de potência. Segundo a montadora, a recarga completa das baterias poderá ser feita em três horas.
Dito tudo isso, a Weg possui um interesse especial no projeto — e a equipe de análise do BTG Pactual fez um estudo a respeito dos potenciais ganhos de receita que o e-Delivery poderá trazer à empresa catarinense no médio prazo.
Leia Também
A Weg fornecerá os componentes elétricos para a rede de tração e os sistemas auxiliares do e-Delivery — o que, de acordo com o BTG, dá à empresa cerca de 15% das receitas a serem obtidas com as vendas do caminhão. No entanto, o novo veículo ainda não tem um preço definido, e, assim, é necessário fazer algumas suposições.
Futuro elétrico
Em relatório, os analistas Renato Mimica e Lucas Marquiori ponderam que, em geral, veículos elétricos custam de 15% a 70% a mais que os similares movidos a combustíveis fósseis, de acordo com o tamanho da linha de produção — quanto maior a escala, menor a diferença.
No exercício feito pelo BTG, os analistas assumem que a encomenda feita pela Ambev terá um prêmio de 50% em relação aos caminhões regulares da linha Delivery, que custam cerca de R$ 175 mil. Nesse cenário, as unidades entregues à fabricante de bebidas valeria perto de R$ 265 mil cada, levando o valor total do contrato a R$ 425 milhões.
Assim, considerando a fatia de 15% detida pela Weg no projeto, somente a encomenda da Ambev renderia à empresa catarinense uma receita extra de quase R$ 64 milhões entre 2020 e 2023. Uma cifra não muito expressiva, considerando que, entre janeiro e setembro desse ano, a receita da Weg weg.
No entanto, os analistas do BTG ponderam que o caminhão elétrico da Volkswagen tem potencial para conquistar uma fatia interessante do mercado de veículos urbanos de carga: caso o e-Delivery conquiste 20% desse universo, a Mimica e Marquiori vêem potencial de demanda de R$ 10 bilhões em cinco anos — ou R$ 1,5 bilhão para a Weg.empresas
"Obviamente, esse potencial pode aumentar caso o mercado mostre-se muito interessado pelo caminhão elétrico", escrevem os analistas, ponderando que, caso a fatia de participação de mercado suba para 30%, as vendas do e-Delivery saltarão para R$ 23 bilhões, o que implica numa receita de R$ 3,5 bilhões para a Weg em 2024.
Considerando todos esses fatores, o BTG mantém recomendação neutra para as ações ON da Weg (WEGE3), com preço-alvo de 12 meses de R$ 25,00 — por volta de 15h40, os papéis subiam 0,31%, a R$ 25,93, uma vez que, no curto prazo, os impactos financeiros do projeto tendem a ser bastante limitados.
"A tecnologia de mobilidade elétrica permanece aberta para disrupções futuras, que podem mexer com o cenário para fornecedores de equipamentos como a Weg", escrevem os analistas. "Sua participação no caminhão elétrico da Volkswagen anuncia sua imersão no mundo da produção em larga escala de sistemas de mobilidade elétrica".
Quer ter um Porsche novinho? Pois então aperte os cintos: a Volkswagen quer fazer o IPO da montadora de carros esportivos
Abertura de capital da Porsche deve acontecer entre o fim de setembro e início de outubro; alguns investidores já demonstraram interesse no ativo
BTG Pactual tem a melhor carteira recomendada de ações em agosto e foi a única entre as grandes corretoras a bater o Ibovespa no mês
Indicações da corretora do banco tiveram alta de 7,20%, superando o avanço de 6,16% do Ibovespa; todas as demais carteiras do ranking tiveram retorno positivo, porém abaixo do índice
Small caps: 3R (RRRP), Locaweb (LWSA3), Vamos (VAMO3) e Burger King (BKBR3) — as opções de investimento do BTG para setembro
Banco fez três alterações em sua carteira de small caps em relação ao portfólio de agosto; veja quais são as 10 escolhidas para o mês
Passando o chapéu: IRB (IRBR3) acerta a venda da própria sede em meio a medidas para se reenquadrar
Às vésperas de conhecer o resultado de uma oferta primária por meio da qual pretende levantar R$ 1,2 bilhão, IRB se desfaz de prédio histórico
Chega de ‘só Petrobras’ (PETR4): fim do monopólio do gás natural beneficia ação que pode subir mais de 50% com a compra de ativos da estatal
Conheça a ação que, segundo analista e colunista do Seu Dinheiro, representa uma empresa com histórico de eficiência e futuro promissor; foram 1200% de alta na bolsa em quase 20 anos – e tudo indica que esse é só o começo de um futuro triunfal
Mais um banco se rende à Cielo (CIEL3) e passa a recomendar a compra da ação, mesmo após alta de quase 200% neste ano
Com potencial de alta de quase 30% estimado para os papéis, os analistas do Credit Suisse acreditam que você deveria incluir as ações da empresa de maquininhas no seu portfólio
IRB lança oferta primária restrita, mas limita operação a R$ 1,2 bilhão e antecipa possibilidade de um descontão; IRBR3 é a maior alta do Ibovespa hoje
Resseguradora busca reenquadramento da cobertura de provisões técnicas e de liquidez regulatória para continuar operando
Dividendos: Porto Seguro (PSSA3) anuncia quase R$ 400 milhões em JCP; Kepler Weber (KEPL3) também distribuirá proventos
Data de corte é a mesma em ambos os casos; veja quem tem direito a receber os proventos das empresas
Oi (OIBR3) confirma venda de operação fixa para subsidiária da Highline; transação pode alcançar R$ 1,7 bilhão
Proposta da NK 108, afiliada da Highline, foi a única válida no leilão realizado ontem; negócio envolve cerca de 8 mil torres da Oi
Depois de bons resultados nos setores de gás e energia, gigante de infraestrutura está conquistando espaço, também, na mineração – e promete assustar a Vale (VALE3)
Um crescimento mínimo de 50%: é isso que time de analistas espera para uma ação que custa, hoje, 20% a menos do que sua média histórica; saiba como aproveitar
Ibovespa interrompe sequência de 4 semanas em alta; veja as ações que mais caíram – e um setor que subiu em bloco
Ibovespa foi prejudicado por agenda fraca na semana, mas houve um setor que subiu em bloco; confira as maiores altas e baixas do período
Dá pra personalizar mais? Americanas (AMER3) fecha parceria com o Google em busca de mais eficiência e melhor experiência para clientes
Acordo entre a Americanas e o Google prevê hiperpersonalização da experiência do cliente e otimização de custos operacionais
Bed Bath & Beyond desaba mais de 40% em Wall Street — e o ‘culpado’ é um dos bilionários da GameStop; entenda
Ryan Cohen, presidente do conselho da GameStop, vendeu todas as suas ações na varejista de itens domésticos e embolsou US$ 60 milhões com o negócio
Unindo os jalecos: acionistas do Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) aprovam a fusão entre as companhias
Os acionistas de Fleury (FLRY3) e Hermes Pardini (PARD3) deram aval para a junção dos negócios das companhias; veja os detalhes
JBS (JBSS3) é a ação de alimentos favorita do BofA, mas banco vê menor potencial de alta para o papel; ainda vale a pena comprar?
Analistas revisaram para baixo o preço-alvo do papel, para R$ 55, devido à expectativa de queda nas margens da carne bovina dos EUA, correspondente a 40% das vendas da empresa
Irani anuncia recompra de até 9,8 milhões de ações na B3; o que isso significa para o acionista de RANI3?
A empresa disse que quer maximizar a geração de valor para os seus investidores por meio da melhor administração da estrutura de capital
Vale (VALE3) perdeu o encanto? Itaú BBA corta recomendação de compra para neutro e reduz preço-alvo do papel
Queridinha dos analistas, Vale deve ser impactada por menor demanda da China, e retorno aos acionistas deve ficar mais limitado, acredita o banco
Soberania da (VALE3) ‘ameaçada’? Melhor ação de infraestrutura da Bolsa pode subir 50%, está entrando na mineração e sai ganhando com o fim do monopólio da Petrobras (PETR4) no setor de gás; entenda
Líder na América Latina, papel está barato, está com fortes investimentos na mineração e é um dos principais nomes do mercado de gás e do agronegócio no Brasil
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Briga do varejo: Qual é a melhor ação de atacadista para ter na carteira? A XP escolheu a dedo os papéis; confira
O forte resultado do Grupo Mateus (GMAT3) no 2T22 garantiu ao atacadista um convite para juntar-se ao Assaí (ASAI3) na lista de varejistas de alimentos favoritas dos analistas