‘Hawkish’ vs. ‘Dovish’: o que falcões e pombos têm a ver com os bancos centrais (e com o seu bolso)
Você sabe o que significa dizer que um banqueiro central é mais hawkish ou mais dovish? Não, não estou falando de zoologia, mas de política monetária, e isso pode afetar o desempenho dos investimentos
Volta e meia o noticiário de mercados ou economia internacional traz dois termos em inglês no mínimo curiosos para descrever bancos centrais e presidentes de bancos centrais: hawkish, uma referência a hawk, águia; e dovish, uma referência a dove, pombo. Mas o que raios essas duas aves têm a ver com política monetária? E, principalmente, o que têm a ver com o investidor brasileiro? No vídeo a seguir, eu explico tudinho:
Confira na íntegra o texto do vídeo sobre os termos hawkish e dovish
Banco Central mais hawkish? Discurso mais dovish? Falcões, pombos e política monetária: e eu com isso?
Se você acompanha o noticiário econômico já deve ter ouvido expressões como "o banco central americano vem adotando uma postura mais hawkish" ou "o novo presidente do banco central do país 'xis' costuma ter uma postura mais dovish".
Hawk e dove, nesses casos, são termos do "economês" relacionados às posturas adotadas pelos formuladores de políticas econômicas em relação às taxas de juros, ao crescimento econômico e à inflação.
Um crescimento econômico forte tem relação com a redução do desemprego, mas também com o aumento da inflação por causa do consumo aquecido. Para controlar a inflação, os bancos centrais podem aumentar as taxas de juros, o que encarece o crédito e tende a reduzir o consumo e os investimentos. Só que quando isso acontece, diminui também a atividade econômica, e o desemprego pode aumentar.
Como tudo em economia, fazer política monetária se enquadra na arte de manejar o cobertor curto. Nesse sentido, o termo hawk, falcão, é usado para designar uma postura mais dura em relação à inflação. O falcão, ave de rapina, não teme subir as taxas de juros e sacrificar o crescimento e o emprego para controlar a alta dos preços.
Já o termo dove, pombo, se refere a uma postura mais leniente em relação à inflação. O pombo - ou melhor, a pombinha da paz - tolera uma inflação mais alta para poder manter os juros mais baixo e, com isso, estimular o crescimento e o emprego.
E os seus investimentos com isso? Essas sinalizações e orientações dos bancos centrais e seus dirigentes dão uma luz sobre as possíveis direções que as taxas de juros podem tomar. De maneira geral, a expectativa de alta nos juros favorece a renda fixa conservadora, enquanto a expectativa de queda nos juros aumenta a atratividade dos ativos de risco.
Se você gostou do vídeo, assina o nosso canal no YouTube. E não se esqueça de deixar dúvidas e sugestões para outros vídeos no campo de comentários!
Campos Neto estragou a festa do mercado e mexeu com as apostas para a próxima reunião do Copom. Veja o que os investidores esperam para a Selic agora
Os investidores já se preparavam para celebrar o fim do ciclo de ajuste de alta da Selic, mas o presidente do Banco Central parece ter trazido o mercado de volta à realidade
Um dos maiores especialistas em inflação do país diz que não há motivos para o Banco Central elevar a taxa Selic em setembro; entenda
Heron do Carmo, economista e professor da FEA-USP, prevê que o IPCA registrará a terceira deflação consecutiva em setembro
O que acontece com as notas de libras com a imagem de Elizabeth II após a morte da rainha?
De acordo com o Banco da Inglaterra (BoE), as cédulas atuais de libras com a imagem de Elizabeth II seguirão tendo valor legal
Banco Central inicia trabalhos de laboratório do real digital; veja quando a criptomoeda brasileira deve estar disponível para uso
Essa etapa do processo visa identificar características fundamentais de uma infraestrutura para a moeda digital e deve durar quatro meses
Copia mas não faz igual: Por que o BC dos Estados Unidos quer lançar um “Pix americano” e atrelar sistema a uma criptomoeda
Apesar do rali do dia, o otimismo com as criptomoedas não deve se estender muito: o cenário macroeconômico continua ruim para o mercado
Com real digital do Banco Central, bancos poderão emitir criptomoeda para evitar “corrosão” de balanços, diz Campos Neto
O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, ainda afirmou que a comissão será rigorosa com crimes no setor: “ fraude não se regula, se pune”
O real digital vem aí: saiba quando os testes vão começar e quanto tempo vai durar
Originalmente, o laboratório do real digital estava previsto para começar no fim de março e acabar no final de julho, mas o BC decidiu suspender o cronograma devido à greve dos servidores
O ciclo de alta da Selic está perto do fim – e existe um título com o qual é difícil perder dinheiro mesmo se o juro começar a cair
Quando o juro cair, o investidor ganha porque a curva arrefeceu; se não, a inflação vai ser alta o bastante para mais do que compensar novas altas
Banco Central lança moedas em comemoração ao do bicentenário da independência; valores podem chegar a R$ 420
As moedas possuem valor de face de 2 e 5 reais, mas como são itens colecionáveis não têm equivalência com o dinheiro do dia a dia
Nubank (NUBR33) supera ‘bancões’ e tem um dos menores números de reclamações do ranking do Banco Central; C6 Bank lidera índice de queixas
O banco digital só perde para a Midway, conta digital da Riachuelo, no índice calculado pelo BC
Leia Também
-
Qual o futuro dos juros no Brasil? Campos Neto dá pistas sobre a trajetória da taxa Selic daqui para frente
-
'Yield no Brasil e ações de tecnologia nos EUA': para gestor, essa é a combinação vencedora para se ter na carteira de investimentos; entenda
-
Haddad responde aos mercados sobre ruídos provocados por meta fiscal; veja o que o ministro falou