Após dados do varejo, Acrefi reduz para 2% projeção de expansão do PIB de 2019
O ponto decisivo para a redução das previsões foi o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que na manhã desta quarta-feira divulgou os dados de vendas de dezembro

O fraco desempenho das vendas do comércio varejista em dezembro último levou o Departamento Econômico da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) a reduzir, de 2,5% para 2%, a sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2019. A decisão foi informada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) pelo economista-chefe da instituição, Nicola Tingas.
Ele fez também alterações nas previsões com as quais vinha trabalhando para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e concessão de crédito neste ano. Assim, a previsão de inflação passou de 4% para 3,7% e a expectativa em relação à expansão do crédito recuou de 10% para 8%, com a previsão de crédito com recursos livres para pessoa física passando de 15% para 12%.
Na verdade, de acordo com Tingas, o mercado já vinha acompanhando o enfraquecimento contínuo da produção industrial nos últimos meses. O mesmo vinha fazendo a Acrefi.
O ponto decisivo para a redução das previsões foi o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que na manhã desta quarta-feira divulgou os dados de vendas de dezembro, informando queda de 2,2% em relação a novembro no conceito de varejo restrito e recuo de 1,7% das vendas pelo critério de varejo ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção.
"A primeira constatação é de que estamos tendo um arrefecimento no ritmo do PIB importante porque a produção industrial já vem em queda há vários meses, o varejo está zerado no trimestre e porque estamos entrando no mês de fevereiro uma imensa defasagem decisória por conta do período em que o presidente Jair Bolsonaro ficou internado, sem uma proposta de reforma da Previdência", lista Tingas.
A questão, de acordo com ele, é que isso passa um vácuo de decisão para os agentes econômicos. "Isso está gerando um grande delay na reforma. Se a expectativa era março, abril ou, quem sabe, maio, agora já se comenta que pode ser em agosto. Isso implica nas tomadas de decisões do investidor e passará a implicar nas tomadas de decisões do consumidor", disse, acrescentando que, por esses motivos, é que reduziu sua projeção de PIB de 2,5% para 2% neste ano.
Leia Também
Quanto à Selic, Tingas mantém a projeção em 6,5% até o final do ano.
Mercado Livre (MELI34) é a ação favorita do Safra para tempos difíceis: veja os três motivos para essa escolha
O banco é otimista em relação ao desempenho da gigante do comércio eletrônico, apesar do impacto das “dores de crescimento” nos resultados de curto prazo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Mil e uma contas a pagar: Bombril entrega plano de recuperação judicial para reestruturar dívida de mais de R$ 2 bilhões
Companhia famosa por seus produtos de limpeza entrou com pedido de recuperação judicial em fevereiro, alegando dívidas tributárias inconciliáveis
Mobly (MBLY3) acusa família Dubrule de ‘crime contra o mercado’ e quer encerrar OPA
Desde março deste ano, a família Dubrule vem tentando retomar o controle da Tok&Stok através de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA)
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Por que o Mercado Livre (MELI34) vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025? Aporte só não é maior que o de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3)
Com o valor anunciado pela varejista online, seria possível comprar quatro vezes Magalu, Americanas e Casas Bahia juntos; conversamos com o vice-presidente e líder do Meli no Brasil para entender o que a empresa quer fazer com essa bolada
Mercado Livre (MELI34) vai aniquilar a concorrência com investimento de R$ 34 bilhões no Brasil? O que será de Casas Bahia (BHIA3) e Magalu (MGLU3)?
Aposta bilionária deve ser usada para dobrar a logística no país e consolidar vantagem sobre concorrentes locais e globais. Como fica o setor de e-commerce como um todo?
O mundo vai pagar um preço pela guerra de Trump — a bolsa já dá sinais de quando e como isso pode acontecer
Cálculos feitos pela equipe do Bradesco mostram o tamanho do tombo da economia global caso o presidente norte-americano não recue em definitivo das tarifas
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Agenda econômica: PIB da China, política monetária na Europa e IGP-10 são destaques em semana de balanços nos EUA
Após dias marcados pelo aumento das tensões entre China e Estados Unidos, indicadores econômicos e os balanços do 1T25 de gigantes como Goldman Sachs, Citigroup e Netflix devem movimentar a agenda desta semana
Allos (ALOS3) entra na reta final da fusão e aposta em dividendos com data marcada (e no começo do mês) para atrair pequeno investidor
Em conversa com Seu Dinheiro, a CFO Daniella Guanabara fala sobre os planos da Allos para 2025 e a busca por diversificar receitas — por exemplo, com a empresa de mídia out of home Helloo
JP Morgan reduz projeção para o PIB brasileiro e vê leve recessão no segundo semestre; cortes de juros devem começar no fim do ano
Diante dos riscos externos com a guerra tarifária de Trump, economia brasileira deve retrair na segunda metade do ano; JP agora vê Selic em 1 dígito no fim de 2026
Magazine Luiza (MGLU3) cai mais de 10% após Citi rebaixar a ação para venda — e banco enxerga queda ainda maior pela frente
Entre os motivos citados para o rebaixamento, o Citi destaca alta competitividade e preocupação com o cenário macro
Michael Klein volta atrás em pedido de assembleia e desiste de assumir a presidência do conselho da Casas Bahia (BHIA3)
O empresário vinha preparando o terreno para voltar à presidência do conselho, mas decidiu dar “um voto de confiança” para a diretoria atual
Agenda econômica: IPCA, ata do Fomc e temporada de balanços nos EUA agitam semana pós-tarifaço de Trump
Além de lidar com o novo cenário macroeconômico, investidores devem acompanhar uma série de novos indicadores, incluindo o balanço orçamentário brasileiro, o IBC-Br e o PIB do Reino Unido