Ibovespa em 130 mil pontos? Goldman Sachs conta o que pode impedir o índice de chegar lá — e qual o cenário mais provável
Taxas de crescimento aceleradas, juros em queda e mercados globais favoráveis são caminhos que levam ao bull market, ou mercado de alta; saiba se esse é o caso da bolsa brasileira no longo prazo
Uma corrida com obstáculos. Assim deve ser o percurso do Ibovespa nos próximos 12 meses caso o principal índice da bolsa brasileira queira cruzar a linha de chegada no patamar de 130 mil pontos, segundo o Goldman Sachs.
Ao invés de cavaletes e fossos com água, o Ibovespa precisará superar um crescimento econômico fraco em 2022 e uma inflação acima da meta de 3,5% — um cenário que, para o banco americano, nem mesmo a enxurrada de dinheiro gringo vai poder mitigar.
O Goldman Sachs espera que o Brasil encerre o ano com um crescimento real da economia de apenas 0,6%, com uma aceleração modesta para 1,4% em 2023. Já a inflação não deve dar tréguas: a estimativa é que a taxa permaneça acima de 6% até o primeiro trimestre do próximo ano.
As commodities até vão dar uma ajuda para uma parcela das ações dos Ibovespa, mas, segundo o banco, o cenário externo não será o suficiente para elevar o principal índice da bolsa brasileira de maneira significativa.
Até onde o Ibovespa pode ir então?
O fluxo positivo gerado pelo investidor estrangeiro vem fazendo a diferença para o Ibovespa — ainda que a B3 tenha corrigido na semana passada a metodologia de contabilização dos dados de renda variável nos últimos três anos, o que fez “desaparecer” R$ 27 bilhões do saldo positivo da entrada de dinheiro gringo no país.
O potencial para mais entradas continua sendo uma justificativa muito citada para o otimismo entre os investidores locais — desde outubro de 2020, o fluxo de recursos externos rumo à bolsa brasileira é estimado em US$ 26 bilhões.
Leia Também
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
Para o Goldman Sachs, o ingresso de outros US$ 13 bilhões poderia mover o Ibovespa para 131 mil pontos em um período de seis meses, mas o banco acredita que o resultado mais provável seja 118 mil pontos para os próximos 12 meses — bem próximo do patamar atual.
Isso porque dados de alocação analisados pelo banco fornecem um sinal de avanço modesto para futuros ingressos de estrangeiros na bolsa brasileira, e sugerem que o ciclo de entrada já está concluído em dois terços.
Somos touros ou ursos?
Os três ingredientes fundamentais para um verdadeiro bull market, ou um mercado em alta, segundo o Goldman Sachs são:
- Taxas de crescimento aceleradas;
- Taxas de juros em queda;
- Mercados globais favoráveis.
Além de depender do desempenho da própria economia, os ativos brasileiros também tendem a ser correlacionados com os mercados globais.
Segundo o banco, embora o Ibovespa possa apresentar um bull market um tanto independentemente dos movimentos dos juros nos EUA, há um padrão claro de que as altas de longa duração tendem a coincidir com uma queda significativa do dólar e grandes aumentos nos preços globais de ações e commodities.
Neste contexto, o Goldman Sachs vê ganhos potenciais adicionais para as ações globais, mas é cético em relação ao crescimento do Brasil — o banco também vê os juros subindo no curto prazo devido às pressões inflacionárias.
Touros e ursos é o podcast do Seu Dinheiro. No episódio mais recente, nossos repórteres discutem se a chamada terceira via ainda tem chances nas eleições depois da saída de Sergio Moro e a polêmica sobre a candidatura de João Doria. Aperte o play:
Depois do adeus de Campos Neto com alta da Selic, vem aí a decisão dos juros nos EUA — e o mercado diz o que vai acontecer por lá
Novos dados de inflação e emprego da maior economia do mundo deixam mais claro qual será o próximo passo do Fed antes da chegada de Donald Trump na Casa Branca; por aqui, Ibovespa recua e dólar sobe
‘É possível que sintamos saudades da Selic a 13,75% ao ano’, diz analista: onde investir na renda fixa após o Copom e IPCA de novembro?
De tédio nenhum investidor está sofrendo nesta semana. Duas divulgações macroeconômicas importantes rondam os noticiários durante esses dias. A última terça-feira (10) começou com o anúncio do IPCA de novembro, que desacelerou 0,39% e acumula 4,87% nos últimos 12 meses – bem acima do teto da meta de inflação, estabelecido em até 4,5%. O indicador […]
Ninguém escapa da Selic a 12,25%: Ações do Carrefour (CRFB3) desabam 10% e lideram perdas do Ibovespa, que cai em bloco após aperto de juros pelo Copom
O desempenho negativo das ações brasileiras é ainda mais evidente entre as empresas cíclicas e companhias que operam mais alavancadas
Acionistas da Lojas Renner (LREN3) aprovam incorporação de administradora de cartões e aumento de capital em meio bilhão de reais
A incorporação da Renner Administradora de Cartões de Crédito (RACC) não acarretará em emissão de novas ações ou impacto financeiro para a varejista, por se tratar de uma subsidiária
Caça ao tesouro (Selic): Ibovespa reage à elevação da taxa de juros pelo Copom — e à indicação de que eles vão continuar subindo
Copom elevou a taxa básica de juros a 12,25% ao ano e sinalizou que promoverá novas altas de um ponto porcentual nas próximas reuniões
É hora de ser conservador: os investimentos de renda fixa para você se proteger e também lucrar com a Selic em alta
Banco Central aumentou o ritmo de elevação na taxa básica de juros, favorecendo os investimentos atrelados à Selic e ao CDI, mas investidor não deve se esquecer de se proteger da inflação
Selic vai a 12,25% e deixa renda fixa conservadora ainda mais atrativa; veja quanto rendem R$ 100 mil na sua reserva de emergência
Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (11), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas
No adeus de Campos Neto, Copom pisa mais fundo no acelerador, eleva Selic para 12,25% e indica taxa acima dos 14% no ano que vem
Trata-se da terceira elevação da taxa desde o final do ciclo de corte nos juros, em setembro. E novos ajustes da mesma magnitude devem ocorrer nas próximas reuniões
Stuhlberger à procura de proteção: lendário fundo Verde inicia posição vendida na bolsa brasileira e busca refúgio no dólar
Com apostas em criptomoedas e dólar forte, o Verde teve desempenho consolidado mensal positivo em 3,29% e conseguiu bater o CDI em novembro
Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC
Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros
Por que os R$ 70 bilhões do pacote de corte de gastos são “irrelevantes” diante do problema fiscal do Brasil, segundo o sócio da Kinea
De acordo com Ruy Alves, gestor de multimercados da Kinea, a desaceleração econômica do Brasil resultaria em uma queda direta na arrecadação, o que pioraria a situação fiscal já deteriorada do país
Campos Neto dá adeus ao BC, mas antes deve acelerar a alta dos juros e Selic pode ficar acima dos 12% ao ano; confira as previsões para o Copom
A principal expectativa é por uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa, mas os especialistas não descartam um desfecho alternativo e ainda mais restritivo para a reunião de hoje
Alimentação ainda pesa, e IPCA se aproxima do teto da meta para o ano — mas inflação terá poder de influenciar decisão sobre juros amanhã?
Além de Alimentação e bebidas, os grupos que também impactaram o IPCA foram Transportes e Despesas pessoais
Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas
Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro
Os juros vão subir ainda mais? Quando a âncora fiscal falha, a âncora monetária precisa ser acionada com mais força
Falta de avanços na agenda fiscal faz aumentar a chance de uma elevação ainda maior dos juros na última reunião do Copom em 2024
Felipe Miranda: Histerese ou apenas um ciclo — desta vez é diferente?
Olhando para os ativos brasileiros hoje não há como precisar se teremos a continuidade do momento negativo por mais 18 meses ou se entraremos num ciclo mais positivo
Até 9% acima da inflação e isento de IR: onde investir para aproveitar as altas taxas de juros da renda fixa em dezembro
BTG e Itaú BBA indicam títulos do Tesouro Direto e papéis de crédito privado incentivados com rentabilidades gordas em cenário de juros elevados no mercado
Petrobras (PETR4) acena com dividendos fartos e Goldman Sachs diz que é hora de comprar
Nos cálculos do banco, o dividend yield (retorno de dividendos) da petroleira deve chegar a 14% em 2025 e a 12% para os próximos três anos
Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)
A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos
Trump, Rússia, Irã e Israel: quem ganha e quem perde com a queda do regime de Assad na Síria — e as implicações para o mercado global
A cautela das autoridades ocidentais com relação ao fim de mais de 50 anos da dinastia Assad tem explicação: há muito mais em jogo do que apenas questões geopolíticas; entenda o que pode acontecer agora