Ultrapar encerra 2018 com queda de 23% no lucro líquido, mas anuncia dividendos remanescentes
Números anunciados pela empresa nesta quarta-feira vieram acima das projeções dos analistas consultados pela Bloomberg
Mesmo com uma queda de 26% no lucro líquido anual em 2018, a Ultrapar surpreendeu o mercado ao divulgar nesta quarta-feira, 20, um saldo positivo de R$ 1,132 bilhão. O número ficou bem acima dos R$ 1,002 bilhão estimados pelos analistas de mercados que foram consultados pela Bloomberg.
O resultado acima das expectativas ganhou impulso pelo lucro líquido de R$ 495,6 milhões que a empresa registrou no quarto trimestre. O resultado representa alta de 27% frente os R$ 389,4 milhões reportados em igual trimestre do ano anterior.
Ainda segundo o balanço, a geração de caixa da Ultrapar, medida pelo Ebitda (silga para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), fechou o ano em R$ 2,697 bilhões, queda de 23% na comparação com 2017. No 4º trimestre, o Ebitda ficou em R$ 903,6 milhões, queda de 2,9% na comparação trimestral.
A receita líquida trimestral da empresa ficou em R$ 23,467 bilhões, alta de 10% na comparação com igual trimestre de 2017. No acumulado do ano, a receita fechou em R$ 90,698 bilhões, alta de 14%.
De olho no dividendo
Os bons resultados da companhia ajudaram a abrir caminho para a aprovação, pelo conselho de administração, do pagamento de R$ 380,3 milhões de dividendos remanescentes. O número corresponde a R$ 0,70 por ação ON e serão pagos a partir de 13 de março de 2019.
Segundo comunicado da empresa, a data base para o direito ao recebimento do dividendo será 28 de fevereiro no Brasil e 4 de março de 2019 nos Estados Unidos. Desta forma, as ações passarão a ser negociadas “ex -dividendos” a partir de 1 de março tanto na Bolsa de São Paulo quanto na Bolsa de Nova York.
Dívidas, dívidas, dívidas
A Ultrapar encerrou 2018 com dívida líquida de R$ 8,2 bilhões (o que corresponde a 2,7 vezes ao Ebitda Ajustado). O números é maior do que os R$ 7,2 bilhões de dívida em 31 de dezembro de 2017 (ou 1,8 vez o Ebitda Ajustado). O aumento da dívida foi impulsionado pelo crescimento da dívida bruta, apesar da maior geração operacional de caixa após investimentos no período.
*Com Estadão Conteúdo.
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