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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Cenário incerto

Extensão política do caso Moro passa pela postura do centrão

Congresso deve apreciar crédito de R$ 249 bilhões pedido pelo governo e votação pode ser um indicativo da avaliação do Congresso

Eduardo Campos
Eduardo Campos
11 de junho de 2019
5:15 - atualizado às 22:59
Sergio Moro
Ministro Sérgio Moro entrega pacote anticrime para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia - Imagem: J.Batista/Câmara dos Deputados

Conversei com gente da política e do mercado ao longo da segunda-feira e não obtive uma resposta ou avaliação unânime sobre o eventual impacto que o caso envolvendo Sergio Moro pode ter sobre a agenda de reformas e nas cotações no mercado. O que mais ouvi é que ainda é cedo para avaliar o potencial de estrago.

No entanto, um termômetro pode vir ainda hoje com as articulações e placar de votação do PLN4 que trata de autorizar o governo a captar até R$ 248,9 bilhões para arcar com despesas correntes, como Previdência, Bolsa Família e Plano Safra.

A oposição já disse que vai obstruir toda e qualquer tentativa de votação e apesar de ser muito boa em fazer isso, não dispõe dos votos necessários para barrar esse projeto. Assim, a definição, virá de qual será a postura dos deputados e senadores do centro, ou centrão, e daqueles que se dizem independentes.

Quando o centro compõe com a oposição, o governo perde e vimos isso durante boa parte da tramitação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Quando o governo se acertou com o centro, o projeto foi votado com folga na comissão.

O projeto que trata da “regra de ouro” das finanças públicas será votado primeiro na Comissão Mista de Orçamento (CMO), em sessão prevista para 11 horas. À tarde tem de ser referendado por deputados e senadores em sessão do Congresso. O governo e suas lideranças dizem já ter um acordo, mas em política tudo pode mudar muito rápido.

Os parlamentares devem adotar o habitual pragmatismo e aprovar o crédito, já que a falta de recursos para aposentados e Bolsa Família facilmente cairia no colo do Congresso.

Mas extrapolando o cenário, para o lado que centro pender a questão envolvendo Moro e os procuradores da Lava Jato pode pender também. A abertura de CPI e convocações para prestar esclarecimentos só se confirmam com uma composição do centro com a oposição.

A postura do governo com relação o tema também será relevante. O Planalto pode tentar tratar do tema como um “problema” mais do ex-juiz Sergio Moro que do ministro Sergio Moro. Mas isso tem de ser feito com grande habilidade, para não passar a imagem de que o ministro mais popular do governo está sendo “rifado”.

A movimentação nas redes sociais também foi e deve continuar forte. Ontem mesmo, além de hashtags envolvendo Moro e a Lava Jato, a votação do crédito extraordinário também tinha expressivo número de tuítes, mais de 80 mil, com “#AprovaPLN4”.

No meio disso, fica a expectativa com relação ao relatório de Samuel Moreira (PSDB-SP) sobre a reforma da Previdência.

O dia reserva uma aguardada reunião de governadores para tentar fechar uma posição sobre a participação dos entes federados na reforma.

Depois de sugerir que Moro deveria se afastar do cargo, o presidente da Comissão Especial da reforma, deputado Marcelo Ramos (PR-AM) voltou a afirmar que vai se dedicar a blindar a reforma da Previdência.

Seria interessante que essa blindagem antibombas, ou "bombinhas" para usar expressão de Paulo Guedes, funcionasse.

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