O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira, 28, que seu país está "indo muito bem com a China".
Trump afirmou que hoje recebe conselhos sobre as relações com a China de pessoas que tentaram lidar com o país asiático no passado "e falharam miseravelmente".
A disputa entre os dois países é um dos fatores de instabilidade dos mercados. Hoje, as bolsas da Ásia encerraram a sessão com poucas variações e sem uma direção definida, ao passo que as principais praças europeias amanheceram no vermelho.
So interesting to read and see all of the free and interesting advice I am getting on China, from people who have tried to handle it before and failed miserably - In fact, they got taken to the cleaners. We are doing very well with China. This has never happened to them before!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) August 28, 2019
Você pode conferir mais detalhes sobre o dia do investidor na cobertura de mercados desta quarta-feira, 28, feita pelo Victor Aguiar.
Possível acordo
A declaração do presidente dos EUA se soma ao tom dado no início desta semana, quando ele afirmou que o seu país vai "chegar lá", referindo-se a um possível acordo com a China.
"Acho que vamos fazer um acordo com a China e acho que faremos um acordo com o Irã, também", disse, acrescentando a possibilidade de um novo pacto sobre a produção de armas nucleares no país persa.
Em entrevista coletiva na reunião de cúpula do G7, na cidade francesa de Biarritz, o americano enfrentou questionamentos sobre se o seu governo teria realmente sido procurado em telefonemas pelo vice-premiê chinês, Liu He.
Ele insistiu que houve "várias ligações" com Pequim. "A China quer muito fazer um acordo", repetiu.
Por outro lado, Trump sustentou que, "quanto mais tempo a China esperar para fazer um acordo, mais difícil será" retirar as barreiras tarifárias atualmente em vigor e acertar um entendimento.
"Eu não sei se a China tem uma escolha sobre fazer um acordo ou não", comentou. Também insinuou que, "em breve", os EUA terão recolhido US$ 100 bilhões em receita com as tarifas sobre importações chinesas.
Com idas e vindas abrangendo uma miríade de temas geopolíticos, Trump reagiu positivamente à sugestão pelo presidente da França, Emmanuel Macron, de uma reunião com o presidente do Irã, Hassan Rouhani.
"Se as circunstâncias estivessem certas, eu certamente me reuniria com ele", assentiu Trump.
*Com Estadão Conteúdo