A faxina (quase) acabou

Na lista de coisas que você só valoriza depois de certa idade, está com certeza uma casa arrumada. Ninguém merece viver no caos, com bagunças espalhadas por todos os lugares. No tempo em que eu dividi o apartamento com três amigos (além dos agregados) a situação frequentemente saía do controle. E alguém tinha que convocar o mutirão da faxina para colocar a casa em ordem. A geladeira sempre foi o pior local, com produtos estragados e mal cheirosos que não são de ninguém.
É preciso encarar a hora da faxina. Isso vale para sua casa, mas também para outras coisas que você empurra com a barriga, como planilhas de controle financeiro desatualizadas e até situações que não funcionam no trabalho. As empresas também têm suas “múmias” na geladeira para jogar fora. Vai feder. Faz parte do processo.
A Petrobras passou por uma “faxina” depois da operação Lava Jato. Além de mandar embora diretores corruptos (alguns algemados), a estatal teve que lançar as perdas com a roubalheira no balanço financeiro. Precisou admitir que ativos estavam superfaturados e ainda guardar dinheiro para indenizar investidores estrangeiros que processaram a empresa. Tudo isso pesou no bolso do acionista. Com a empresa no prejuízo por 3 anos seguidos, ele não recebeu dividendos.
É um alento enxergar um número positivo no balanço anual da Petrobras depois de tanto tempo! Os dados divulgados ontem à noite mostram um lucro de R$ 25 bilhões em 2018, ainda tímido perto do seu potencial. Sim, a faxina ainda não acabou.
A Petrobras mostra que está no caminho certo, mas ainda tem problemas para resolver. O Vinícius Pinheiro traz nesta reportagem os destaques do balanço da estatal e seus principais desafios daqui para frente. Se você tem ações da Petrobras ou pensa em comprar, é bom dar uma olhada nesses números.
Leia Também
A BRF vai dar trabalho
Enquanto a Petrobras está perto de terminar a faxina, lá na BRF o trabalho ainda vai longe. A companhia conseguiu multiplicar o seu prejuízo, que já era bilionário. Perdeu simplesmente R$ 4,46 bilhões no ano passado. Como ela conseguiu ir tão mal? Todos os detalhes estão nesta reportagem.
Água no chope
É, depois de um terceiro trimestre complicado para a gigante de bebidas Ambev, a situação ainda não parece muito animadora. Ao divulgar o seu resultado hoje, a companhia obteve um lucro líquido ajustado no quarto trimestre 17,3% menor. O resultado decepcionou. Veja aqui todos os números.
Bons ventos para a Gol
O mercado bem que esperava boas novas da Gol, mas o resultado financeiro da empresa superou as estimativas. A companhia conseguiu voar com aviões mais cheios e vender passagens mais caras no quarto trimestre de 2018, o que trouxe um lucro maior do que o esperado. Para melhorar a vida do acionista, a companhia ainda revisou para cima suas estimativas para 2019 e 2020. Atenção na ação hoje! Te conto todos os detalhes nesta reportagem.
Uma análise do PIB por Martinho da Vila
“É devagar! É devagar! É devagar, é devagar, devagarinho.” O clássico samba de Martinho da Vila resume bem o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2018.
Um crescimento de 1,1%, idêntico ao de 2017, mostra que a economia brasileira está em recuperação, mas ainda muito lenta. Falta muito para o Brasil recuperar o que perdeu nos dois anos de recessão. Será que o mestre Martinho está certo: “devagarinho é que a gente chega lá?” Sei não… Anyway, aqui estão os números completos do PIB. É bom você saber como está a situação do país!
Nenhuma das alternativas
O segundo encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jung-un terminou sem um acordo entre os países. Trump disse que até tinha opções, mas preferiu seguir sem nenhuma delas. Confira aqui os principais detalhes do encontro entre os países.
Olha o leão de volta!
Mal começou 2019 e depois de pagar todas as contas de fim de ano, lá vem de novo a declaração do Imposto de Renda. Já olhou o seu informe de rendimentos? Pois bem, as empresas têm até hoje (28) para disponibilizar o informe de 2018 para empregados e clientes. Fique atento porque o documento é obrigatório. Já o prazo para declarar o IR começa só depois do carnaval, no dia 7 de março e vai até 30 de abril.
A Bula do Mercado: PIB e balanços antes do Carnaval
Sem grandes novidades sobre o andamento da reforma da Previdência, fevereiro chega ao fim em ritmo de calmaria pré-carnaval. Mas antes da pausa, resultados importantes merecem atenção. No Brasil e nos Estados Unidos, o dia começou com a divulgação dos números do PIB referentes ao último trimestre do ano passado e ao acumulado de 2018.
Balanços da Ambev, Gol e BRF, anunciados antes da abertura do pregão, também entram em pauta. O balanço da Petrobras divulgado ontem à noite, com o primeiro resultado anual positivo desde 2014, deve repercutir ao longo do dia.
Lá fora, dados fracos referentes à atividade chinesa pesaram no mercado asiático. O índice oficial dos gerentes de compra (PMI) da indústria chinesa caiu ao menor nível em três anos. Novos índices serão divulgados ao fim do dia.
Questões geopolíticas envolvendo as negociações entre Estados Unidos e Coreia do Norte e o conflito entre Índia e Paquistão continuam no radar do investidor.
Ontem, o Ibovespa fechou com uma queda de 0,30%, aos 97.307 pontos. O dólar encerrou o dia com uma baixa de 0,40%, a R$ 3,73. Confira a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima quinta-feira!
Agenda
Índices
- IBGE divulga PIB brasileiro do 4º trimestre de 2018
- Banco Central divulga resultado de janeiro do setor público consolidado
- Ministério da Economia divulga dados de emprego de janeiro
- Estados Unidos divulgam dados de empregos na semana
- França, Portugal e Colômbia divulgam PIB final do 4º trimestre de 2018
- Markit divulga PMI de fevereiro do Japão e da China
Balanços
- No Brasil: Ambev, Gol, BRF, Hering, Cteep, MRV e Copasa
- Lá fora: AB InBev
- Teleconferências: BRF, Petrobras, EDP, Enel, Gol e Ambev
Política
- Jair Bolsonaro recebe a visita de Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela
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O prejuízo líquido somou R$ 2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/2025, revertendo o lucro de R$ 793 milhões do mesmo período do ano anterior
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