🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Olivia Bulla

Olivia Bulla

Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).

A Bula da Semana

A Bula da Semana: Otimismo local desafia tensão externa

Fundos e investidores locais ampliam aposta na Bolsa brasileira com o avanço da reforma da Previdência, relegando impacto da guerra comercial no crescimento global

Olivia Bulla
Olivia Bulla
12 de agosto de 2019
5:26 - atualizado às 9:43
Carinha otimista tenta influenciar o pessimismo do mercado

O cenário internacional continua nebuloso por causa das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, mas o mercado financeiro doméstico desafia esse ambiente de maior aversão ao risco e tenta manter o otimismo. A confiança na agenda de reformas e na onda de privatizações e concessões blinda os ativos locais da pressão externa, relegando os impactos da disputa entre as duas maiores economias do mundo no crescimento global.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ao final da sexta-feira, o Ibovespa acabou sucumbindo às baixas das bolsas de Nova York, mas encerrou a semana com valorização de 1,3%, conseguindo se recuperar do tombo de 2,5% apenas na segunda-feira passada, quando perdeu momentaneamente a marca dos 100 mil pontos, após o yuan romper a barreira de 7 por dólar pela primeira vez desde 2008. E tudo isso mesmo com uma saída maciça de recursos estrangeiros da Bolsa brasileira.

Apenas naquele dia 5 de agosto, os “gringos” sacaram R$ 2 bilhões da renda variável, dando continuidade às retiradas nos dias seguintes, e gerando um déficit de quase R$ 5 bilhões só neste início de mês. No ano, o fluxo de capital externo na Bolsa já está negativo em mais de R$ 15 bilhões, com os fundos institucionais locais dando saída para os estrangeiros.

A falta de apetite dos investidores estrangeiros pelos ativos brasileiros explica, em parte, a valorização do dólar pela quarta semana seguida, saltando de níveis abaixo de R$ 3,80 e encostando-se à marca de R$ 4,00. O comportamento também reflete a piora do cenário internacional, com a escalada da guerra comercial.

Nova era

O fato é que os gringos não “compraram” o governo Bolsonaro e vem retirando recursos da Bolsa brasileira desde outubro de 2018 - com exceção às entradas mensais em janeiro e março deste ano. Enquanto isso, os investidores locais e institucionais estão animados com a perspectiva de avanço das reformas no Brasil.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A aposta é de que a reforma tributária deve ocupar, em breve, o lugar de destaque da Previdência na pauta do Congresso. Isso, combinado com a retomada do investimento produtivo por meio de privatizações e concessões, a redução da burocracia e a aprovação das leis de saneamento, de telecomunicações etc., também sustentam todo esse otimismo.

Leia Também

Com isso, muitos fundos de investimentos e investidores pessoa física estão migrando seus recursos da renda fixa para a renda variável, em busca de maior rentabilidade. Esse movimento também é reflexo da adaptação dos investidores à nova era de juros baixos no país, que parece estar levando o mercado financeiro no Brasil a uma fase de transformação.

Ou seja, é preciso abrir mão da “cultura nacional rentista” e investir em ativos mais arriscados para alcançar retornos reais. E ao que tudo indica a Selic deve renovar sucessivas mínimas históricas nos próximos meses, ficando em um nível baixo por mais tempo. Nos juros futuros, há espaço para a taxa vir abaixo de 5% até o fim do ano, permanecendo neste patamar até o fim de 2020.

Os dados fracos da atividade doméstica, o comportamento benigno da inflação e a aprovação da reforma da Previdência alimentam essa aposta. E essa visão de que o Banco Central deve ser mais agressivo no ciclo de cortes da Selic ainda em 2019 tende a favorecer a Bolsa brasileira, renovando o fôlego para o Ibovespa ir além dos 100 mil pontos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Falta combinar com o mundo...

O grande problema a esse cenário interno otimista são as incertezas econômicas vindas do exterior, em meio aos receios quanto ao impacto da guerra comercial na atividade global. Daí, então, que a pergunta que fica é: se os EUA entrarem mesmo em recessão na segunda metade de 2020, como preveem os mais alarmistas, e o Brasil não avançar na rota do crescimento, como fica o apetite por risco por aqui?

Nesse caso, e se os principais bancos centrais resgatarem a era de juros zero, com a Selic seguindo no piso recorde e gerando um juro real de 1% ou menos, os mercados acionários tendem a seguir valorizados, ainda que sem crescimento econômico? Ou haverá um ajuste no valuation das empresas (?), uma vez que a disputa entre EUA e China tende a elevar os custos, impactando no lucro e, portanto, no preço por ação?

Há ainda toda uma discussão sobre a cadeia produtiva global, com as indústrias se reajustando e diversificando fornecedores, e sobre o repasse ao consumidor final, encarecendo os preços dos produtos. Apesar da perspectiva de demanda mais fraca, pode haver uma de oferta, o que atrapalharia a manutenção de um mundo de juros baixos. São, de fato, várias variáveis - sendo que muitas outras nem foram apontadas aqui.

E o principal ponto de interrogação desse jogo de perguntas é quanto mais tempo irá durar a guerra comercial? O problema é que as negociações entre EUA e China voltaram à estaca zero, o que tende a manter o cenário de fragilidade dos ativos de risco pelo mundo. Tal perspectiva só deve mudar se os presidentes de ambos os países, Donald Trump e Xi Jinping, sentarem novamente à mesa para negociar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Até mesmo a próxima rodada de negociações, envolvendo representantes do alto escalão, prevista para setembro, em Washington, está pendente, mas “tudo bem”, segundo palavras do próprio Trump. O mais provável de acontecer no mês que vem, então, é o início da cobrança de tarifa de 10% sobre US$ 300 bilhões em produtos chineses importados aos EUA, taxando, assim, todos as importações da China ao país.

E essa nova rodada de tarifação é apenas mais uma arma do arsenal de Trump. O mercado financeiro está temeroso com a possibilidade de o presidente norte-americano optar por desvalorizar o dólar, a reserva mundial de valor. Embora ele critique tal especulações, nos bastidores da Casa Branca é crescente a pressão por uma intervenção do Tesouro dos EUA no mercado de câmbio. Mas as consequências de tal ação não são claras.

...e com o Congresso

Além disso, há o risco doméstico de o governo Bolsonaro não conseguir entregar a agenda econômica em um velocidade acelerada, como o esperado. Até mesmo o andamento da reforma da Previdência no Senado, que deveria ser encerrado em setembro, pode ficar para outubro, adiando novas discussões no Legislativo.

Na Câmara, presidente da Casa, Rodrigo Maia, já avisou que aprovar a reforma tributária será mais difícil do que a da Previdência, uma vez que irá atingir uma parcela do empresariado brasileiro. Por isso, Maia, cobrou empenho dos empresários e dos deputados para tratar da questão, mas dificilmente haverá consenso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já no Senado, a entrega do parecer do relator, Tasso Jereissati, sobre as novas regras para aposentadoria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deve levar até três semanas, abrindo espaço para a votação na comissão só nos primeiros dias do mês que vem. Até lá, o colegiado promove diversas audiências públicas para tratar do assunto.

Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o debate na Casa sobre a Previdência deve ser encerrado entre 45 e 65 dias. Assim, a reforma da Previdência só deve sair de cena na virada do terceiro para o último trimestre deste ano, adiando qualquer efeito significativo da aprovação da reforma sobre as expectativas econômicas e a demanda ainda em 2019.

Também segue incerta a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência, bem como o sistema de capitalização. Esses assuntos devem ficar para uma PEC alternativa, de modo a não atrasar a aprovação do texto principal. Afinal, quaisquer mudanças ou acréscimos na proposta precisaria ter o crivo novamente de 308 deputados.

Com isso, a ordem é olhar para 2020, tentando prever o cenário para o primeiro ano da próxima década. Dados de atividade a serem conhecidos no Brasil, EUA, China e zona do euro nesta semana devem dar o tom da economia no início do terceiro trimestre e podem ajudar a lançar luz sobre o horizonte à frente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Confira a seguir os principais destaques desta semana, dia a dia:

Segunda-feira: A semana começa trazendo como destaque publicações do Banco Central. Às 8h30, saem o relatório de mercado Focus e também o índice de atividade econômica (IBC-Br) em junho, tido como uma proxy do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no trimestre passado.

Terça-feira: As atenções se voltam para o índice de preços ao consumidor nos EUA (CPI) em julho, que deve reforçar o cenário de ausência de pressão inflacionária, favorecendo as perspectivas de cortes nos juros norte-americanos à frente. No fim do dia, a China anuncia dados sobre a produção industrial e as vendas no varejo em julho, além dos investimentos em ativos fixos.

Quarta-feira: Preços de importação e de exportação nos EUA em julho podem acalorar as discussões sobre a guerra comercial com a China. Na zona do euro, destaque para os dados preliminares do PIB no segundo trimestre. Já no Brasil, as atenções se voltam para o âmbito político, com a CCJ do Senado dando início à votação dos requerimentos.

Quinta-feira: A agenda econômica doméstica volta a ser destaque, trazendo a divulgação do primeiro IGP do mês, o IGP-10 (8h). Nos EUA, merece atenção o desempenho da indústria e do varejo em julho, além do custo da mão de obra.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sexta-feira: Dados do setor imobiliário norte-americano em julho e números preliminares deste mês sobre a confiança do consumidor nos EUA concentram a agenda do dia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PRÉVIA OPERACIONAL 3T35

Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25

20 de outubro de 2025 - 11:55

BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida

BALANÇO SEMANAL

Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana

18 de outubro de 2025 - 15:40

Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA

ESTRATÉGIA

Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos

18 de outubro de 2025 - 14:25

Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos

DAY TRADE

De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”

18 de outubro de 2025 - 13:29

Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica

FORTALEZA SEGURA

Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008

17 de outubro de 2025 - 19:11

O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.

COPA BTG TRADER

Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”

17 de outubro de 2025 - 18:40

No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados

VAI COMEÇAR O BARATA-VOA?

Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro

17 de outubro de 2025 - 17:25

Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas

AUMENTOU O RISCO BRASIL?

Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras

17 de outubro de 2025 - 13:03

Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil

QUANDO HÁ UMA BARATA…

Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA

17 de outubro de 2025 - 9:49

O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje

REGIME FÁCIL

B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 —  via ações ou renda fixa

16 de outubro de 2025 - 0:05

Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança

INVESTIMENTO CONSCIENTE

Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco

15 de outubro de 2025 - 18:58

Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa

TOUROS E URSOS #243

Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras

15 de outubro de 2025 - 13:30

André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado

NOVIDADE NA APOSENTADORIA

A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo

15 de outubro de 2025 - 10:19

O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo

SD ENTREVISTA

De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente

15 de outubro de 2025 - 6:07

Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq

14 de outubro de 2025 - 17:55

A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)

CORTANDO CAMINHO

IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor

14 de outubro de 2025 - 6:03

Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação

NÃO PARAM DE SUBIR

Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas

13 de outubro de 2025 - 18:25

Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata

CARTA MENSAL

Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno

13 de outubro de 2025 - 17:15

Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda

MEDINDO A TEMPERATURA

Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro

13 de outubro de 2025 - 13:20

Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso

CRIPTOMOEDAS HOJE

Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?

13 de outubro de 2025 - 10:15

A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar