Depois do anúncio da entrada do Itaú Unibanco no promissor mercado de pagamentos instantâneos, as empresas que já atuam nesse ramo aceleraram seus planos. O Mercado Pago, empresa de meios de pagamento do site de comércio eletrônico Mercado Livre, ampliou as parcerias com estabelecimentos comerciais para o seu sistema.
O pagamento instantâneo é realizado por meio do "QR Code" - aquele "quadradinho" que pode ser lido por aplicativos de telefones celulares que possuem cartões cadastrados.
Entre os varejistas que passarão a aceitar o pagamento pelo aplicativo do Mercado Pago estão as farmácias Droga Raia e Drogasil e as redes de alimentação Spoleto, Rei do Mate, Nutty Bavarian, Café do Ponto e Casa Pilão.
A implementação começa pela Grande São Paulo e, no total, a plataforma deve receber três mil novos estabelecimentos credenciados até o final de junho, segundo informou a empresa em um comunicado.
O Mercado Pago é a grande aposta do Mercado Livre para crescer além das transações realizadas dentro do site. A empresa de tecnologia financeira (fintech) que nasceu para resolver os problemas de pagamento nas compras realizadas pela internet, hoje já realiza mais operações fora do site da empresa.
Se você quiser saber mais sobre a estratégia do Mercado Livre para a sua empresa de pagamentos, leia esta entrevista que eu fiz com Túlio Oliveira, diretor responsável pelo Mercado Pago.
As empresas que atuam nesse segmento têm motivos para acelerar as parcerias com os varejistas, já que o lançamento do "iti", como foi batizada a plataforma de pagamentos instantâneos do Itaú, está previsto para o terceiro trimestre deste ano.
No ano passado, a Cielo, empresa de maquininhas de cartão controlada por Banco do Brasil e Bradesco, também anunciou a possibilidade de pagamento via QR Code.
Quais as vantagens?
Além da praticidade para o consumidor fazer suas compras usando apenas o celular, sem precisar passar o cartão na maquininha, o pagamento instantâneo via QR Code promete reduzir os custos de transação e permite aos lojistas o recebimento das vendas na hora. Nas maquininhas de cartão isso também se tornou possível, mas com a cobrança de taxas elevadas das empresas na maioria dos casos.
O Banco Central não só aprova essa disputa como quer estimular os pagamentos instantâneos por meio de uma regulação que está no forno. A ideia é permitir a troca de informação entre os diferentes sistemas, em um esquema 24 x 7.