Lojas Renner encerra trimestre com lucro líquido de R$ 235,1 milhões, queda de 14,4%
Gigante do varejo também registrou recuo na sua geração de caixa medida pelo Ebitda
A rede varejista Lojas Renner encerrou o segundo trimestre deste ano com um lucro líquido de R$ 235,1 milhões, resultado 14,4% inferior ao mesmo período do ano passado, quando somou R$ 274,7 milhões.
O resultado inclui ajustes provenientes da norma contábil IFRS 16, e, sem esse ajuste, o lucro líquido teria recuado 11,5%, para R$ 243,1 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado das operações de Varejo, que excluem os números referentes a produtos financeiros, recuou 0,6% entre abril e junho, para R$ 350,8 milhões, com margem de 17,4%, queda de 2,4 pontos porcentuais na comparação com o mesmo período de 2018.
Sem o IFRS 16, o Ebitda do varejo teria subido 2,8%, para R$ 362,8 milhões, com margem de 18%, queda de 1,8 ponto porcentual.
Já o Ebitda total ajustado subiu 1,8%, para R$ 441,9 milhões, com margem de 21,9%, queda de 2,5 pontos porcentuais.
No cálculo que exclui o IFRS 16, teria havido alta de 4,5%, para R$ 453,9 milhões, com margem de 22,5%, queda de 1,9 ponto porcentual.
De acordo com o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Lojas Renner, Laurence Gomes, a redução da margem Ebitda sofreu efeito do programa de participação nos resultados da companhia, cuja provisão está maior.
"No ano passado, estávamos em função de um primeiro semestre de vendas abaixo do esperado, com provisão para participação nos lucros aquém do plano. Este ano é o contrário", disse o executivo ao Broadcast.
A receita líquida de mercadorias totalizou R$ 2,019 bilhões no segundo trimestre, uma expansão de 13,4% ante o mesmo período de 2018.
As vendas no conceito mesmas lojas, ou seja, em estabelecimentos abertos há mais de 12 meses, subiram 9,3%, o que representou uma aceleração frente ao ritmo de crescimento observado um ano antes, de 2,5%. Vale lembrar que os resultados do ano passado foram impactados pela greve dos caminhoneiros.
Ainda que as vendas tenham aumentado, a Renner continua anotando reduções na margem bruta, que caiu 1 ponto porcentual no segundo trimestre, chegando a 56,4%.
Segundo Laurence, a queda não está relacionada ao inverno tardio deste ano, mas sim ao câmbio de importação.
"Este ano tivemos um câmbio maior do que o câmbio contratado no mesmo trimestre do ano passado. Já esperávamos essa redução da margem bruta", afirmou. Para o resto do ano, o câmbio deve ter impacto neutro, de acordo com Laurence.
O executivo aproveitou para dizer, ainda, que o ritmo de remarcação de produtos foi "bastante saudável" no trimestre, com os níveis de estoque crescendo abaixo do crescimento da receita.
Semestre
Nos primeiros seis meses de 2019, o lucro líquido da Renner subiu 2,7%, para R$ 396,7 milhões. Excluindo os efeitos do IFRS 16, a alta foi de 6,5%, para R$ 411,2 milhões.
Já o Ebitda ajustado das operações de Varejo avançou 14%, para R$ 569,4 milhões, enquanto no cálculo sem IFRS 16 houve alta de 18,3%, para R$ 591,2 milhões. O Ebitda total ajustado subiu 10,9%, para R$ 758,2 milhões. Sem IFRS 16, o número subiu 14,1%, para R$ 780 milhões.
PagSeguro (PAGS34) dispara após balanço e puxa ações da Cielo (CIEL3); veja os números do resultado do 2T22
A lucro da PagSeguro aumentou 35% na comparação com o mesmo período do ano passado e atingiu R$ 367 milhões
Nos balanços do segundo trimestre, uma tendência para a bolsa: as receitas cresceram, mas os custos, também
Safra de resultados financeiros sofreu efeitos do aumento da Selic, mas sensação é de que o pior já passou
Nubank (NU; NUBR33) chega a subir 20% após balanço, mas visão dos analistas é mista e inadimplência preocupa
Investidores gostaram de resultados operacionais, mas analistas seguem atentos ao crescimento da inadimplência; Itaú BBA acha que banco digital pode ter subestimado o risco do crédito pessoal
Inter (INBR31) reverte prejuízo em lucro de R$ 15,5 milhões no segundo trimestre; confira os números
No semestre encerrado em 30 de junho de 2022, o Inter superou a marca de 20 milhões de clientes, o que equivale a 22% de crescimento no período
Lucro líquido da Itaúsa (ITSA4) recua 12,5% no segundo trimestre, mas holding anuncia JCP adicional; confira os destaques do balanço
Holding lucrou R$ 3 bilhões no segundo trimestre e vai distribuir juros sobre capital próprio no fim de agosto
Nubank (NUBR33) tem prejuízo acima do esperado no 2º tri, e inadimplência continuou a se deteriorar; veja os destaques do balanço
Prejuízo líquido chegou a quase US$ 30 milhões, ante uma expectativa de US$ 10 milhões; inadimplência veio dentro do esperado, segundo o banco
Marfrig (MRFG3) anuncia R$ 500 milhões em dividendos e programa de recompra de 31 milhões de ações; veja quem tem direito aos proventos e os destaques do balanço
Mercado reage positivamente aos números da companhia nesta sexta (12); dividendos serão pagos em setembro
Oi (OIBR3) sai de lucro para prejuízo no 2T22, mas dívida líquida desaba
Oi reportou prejuízo líquido de R$ 320,8 milhões entre abril de junho, vinda de um lucro de R$ 1,09 bilhão no mesmo período do ano anterior
Cenário difícil para os ativos de risco pesa sobre o balanço da B3 no 2º trimestre; confira os principais números da operadora da bolsa
Companhia viu queda nos volumes negociados e também nas principais linhas do balanço, tanto na comparação anual quanto em relação ao trimestre anterior
Apelo de Luiza Trajano não foi à toa: Magazine Luiza tem prejuízo de R$ 135 milhões no 2T22 — veja o que afetou o Magalu
O Magalu conseguiu reduzir as perdas na comparação com o primeiro trimestre de 2022, mas em relação ao mesmo período de 2021, acabou deixando o lucro para trás
Leia Também
-
Lucro da Taurus (TASA4) desaba com “efeito Lula” — mas CEO revela como empresa quer se “blindar” dos ventos contrários em 2024
-
Cenário apocalíptico, crise bilionária e centenas de lojas fechadas: o que está acontecendo com os Supermercados Dia?
-
Ficou para depois: Marisa (AMAR3) adia mais uma vez o balanço do 4T23; veja a nova data
Mais lidas
-
1
O carro elétrico não é essa coisa toda — e os investidores já começam a desconfiar de uma bolha financeira e ambiental
-
2
Ações da Casas Bahia (BHIA3) disparam 10% e registram maior alta do Ibovespa; 'bancão' americano aumentou participação na varejista
-
3
Acordo bilionário da Vale (VALE3): por que a mineradora pagou US$ 2,7 bilhões por 45% da Cemig GT que ainda não tinha