Fed mantém juros dos EUA entre 1,50% e 1,75% e sinaliza estabilidade nas taxas em 2020
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve a taxa básica de juros do país inalterada, afirmando ver condições favoráveis no mercado de trabalho e expansão econômica moderada
O ciclo de corte de juros nos EUA foi interrompido. Após três reduções consecutivas de 0,25 ponto, O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve a taxa básica inalterada na faixa entre 1,50% e 1,75% ao ano. A decisão foi unânime.
A medida era amplamente esperada pelo mercado, dados os recentes sinais de aquecimento da economia americana e o cenário ainda nebuloso no front da guerra comercial. Tanto é que as bolsas de Nova York reagiram timidamente: pouco depois do anúncio, o Dow Jones (-0,01%) o S&P 500 (+0,22%) e o Nasdaq (+0,35%) mantinham comportamento semelhante ao visto no restante no dia.
No Brasil, os ativos também não sofreram grandes oscilações: o Ibovespa permanece flutuando ao redor da estabilidade, aos 110.659,56 pontos (-0,01%), e o dólar à vista recua 0,44%, a R$ 4,1305. Confira aqui nossa cobertura completa dos mercados nesta quarta-feira (11).
A principal informação a ser colhida do comunicado do Fed vem do chamado "dot plot", um diagrama que indica as visões dos membros da instituição para o futuro. E, para 2020, há uma convergência entre os integrantes do BC americano: todos eles veem a taxa de juros no nível atual no ano que vem.
No comunicado apresentado com a decisão, o Fed diz enxergar um mercado de trabalho forte no país, com a atividade econômica avançando num ritmo moderado. "O comitê julga que a atual posição de política monetária é apropriada para dar suporte à expansão da atividade econômica, à manutenção das condições firmes de mercado de trabalho e à permanência da inflação ao redor da meta", diz a instituição.
Assim como no passado recente, o BC americano diz que continuará monitorando o dados econômicos e as perspectivas para a atividade no país para definir seus próximos passos, sem se comprometer com ações futuras de política monetária.
Powell mantém o discurso
Em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, mostrou-se alinhado à mensagem transmitida pela instituição no comunicado. Entre outros pontos, o executivo disse que prefere deixar a inflação subir num ritmo consistente antes de pensar em uma nova alta nas taxas.
Mas é claro que o presidente do BC americano não descartou uma possível mudança no plano de voo, caso as condições mostrem-se necessárias. Em sua fala, Powell também disse que essa relutância em aumentar os juros não é imutável — tudo depende dos riscos e desenvolvimentos econômicos no futuro.
Ainda hoje, depois do fechamento dos mercados, é a vez do Copom reportar a nova taxa Selic do Brasil.
*Com agências internacionais
Salvou a economia? Biden anuncia acordo trabalhista de última hora para evitar greve de ferroviários nos EUA
Caso os sindicatos tivessem realmente entrado em greve, mais de 7 mil trens teriam sido paralisados, gerando um custo de aproximadamente US$ 2 bilhões por dia
Elon Musk quer te ouvir: Onde a Tesla deve instalar a próxima rede de carregadores para os carros elétricos?
Tesla Charging pediu que o público comentasse os locais que desejam que seja inaugurada uma nova unidade de Supercharger. Os nomes mais curtidos devem entrar para uma votação oficial da empresa
Bolsas de NY fecham em alta, sustentadas por sinais de que inflação estaria desacelerando
Livro Bege sinalizou que nove dos 12 distritos acompanhados pelo Fed tiveram moderação no ritmo de aumento de preços
O “bebê do Nirvana” perdeu: Banda vence processo por capa do disco Nevermind
Para o juiz que cuidou do caso, Spencer Elden estava 20 anos atrasado para acusar de ter sido explorado pela aparição na foto
‘Top Gun: Maverick’ aproxima-se de US$ 1,5 bilhão em ingressos vendidos mundo afora; veja quais filmes ele ainda precisa desbancar para ser a maior bilheteria da história
Estrelado por Tom Cruise, ‘Top Gun: Maverick’ arrecadou até agora US$ 1,42 bilhão em todo o mundo depois de apenas 15 semanas em cartaz – e o número está defasado
Também não foi dessa vez: Nasa adia novamente lançamento de foguete à Lua — sabia o motivo e a nova data
O lançamento do foguete da missão Artemis I estava previsto para ocorrer hoje à tarde (horário de Brasília), no Centro Espacial Kennedy, na Flórida
De tenista a investidora: Serena Williams se despede das quadras com um patrimônio de mais de US$ 200 milhões
A tenista de 40 anos perdeu na sexta-feira (02) para a australiana Ajla Tomljanovic, 29, mas não deixou a porta aberta para um possível retorno
Dólar acumula desvalorização de 7% frente ao real no ano — veja o que mexe com o mercado de câmbio
Após três sessões consecutivas de alta, em que acumulou valorização de 4,07%, o dólar à vista recuou mais de 1% no pregão desta sexta-feira (02)
Vai ter que esperar mais um pouco: Nasa adia lançamento de foguete à Lua; missão Artemis 1 seria a primeira expedição do tipo em meio século
A missão Artemis 1 é o primeiro passo dos Estados Unidos na retomada da exploração tripulada do espaço
Efeito Fed? Biden diz que os norte-americanos já sentem o alívio dos preços altos
Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o dado preferido do Fed para medir a inflação recuou 0,1% em julho ante junho, mas Powell não está satisfeito; entenda por quê
Leia Também
-
Qual o futuro dos juros no Brasil? Campos Neto dá pistas sobre a trajetória da taxa Selic daqui para frente
-
Haddad responde aos mercados sobre ruídos provocados por meta fiscal; veja o que o ministro falou
-
Juros em alta? Presidente do Fed fala pela primeira vez após dado de inflação e dá sinal claro do que vai acontecer nos EUA — bolsas sentem