A alta acumulada de mais de 85% nos últimos 12 meses – mais que o dobro do Ibovespa – ainda não representa o fim da linha para as ações do IRB Brasil, pelo menos na análise do UBS.
O banco suíço manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa de resseguros (IRBR3) – que assume o risco da apólice de outras seguradoras – e elevou o preço-alvo de R$ 113 para R$ 120. No pregão de hoje, as ações eram cotadas a R$ 107,30, em queda de 1,11% por volta das 12h25. Confira também nossa cobertura completa de mercados.
Para os analistas do banco suíço, as ações do IRB se mantêm atrativas em razão da perspectiva de aumento nas receitas no mercado local, além da possibilidade de novos negócios no exterior e da rentabilidade da empresa, que está entre as maiores do mundo no setor.
Nas projeções do UBS, as receitas do IRB devem crescer a uma média anual de 13,5% entre este ano e 2021, puxadas pelo programa de privatizações, subsídios a seguros rurais e projetos de infraestrutura.
"No médio e longo prazo enxergamos oportunidades de crescimento em parcerias com bancos digitais e fintechs e no aumento da penetração do mercado de resseguros", escreveram os analistas em relatório a clientes.
No mercado internacional, o UBS espera um crescimento ainda mais acelerado das receitas do IRB em razão da depreciação do câmbio, reajustes de preços e aumento da participação. A expectativa é que as receitas internacionais atinjam 46% do total em 2020, com foco na América do Sul, onde o mercado de resseguros ainda é pequeno e muito fragmentado.
Tudo isso deve se traduzir em um aumento na rentabilidade sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês) da resseguradora, que deve atingir os 48%, ainda de acordo com a estimativas do UBS.
Para os analistas, os riscos para o IRB residem em três fatores: uma maior competição no mercado local, o câmbio e um aumento no nível de perdas.