IPO da americana SmileDirectClub é o pior entre as empresas que captaram mais de US$ 1 bilhão desde 2007
Diante das perspectivas mais negativas para a companhia, os analistas da casa Hindenburg Research destacaram que há 85% de chance de queda no valor das ações
O ano de 2019 definitivamente está surpreendendo muitos analistas que fazem a cobertura de abertura de capital de empresas (IPO, na sigla em inglês) nas bolsas de valores norte-americanas. Não é para menos. Apesar de algumas experiências bem sucedidas como a da rede social Pinterest, há outras que geraram uma série de polêmicas.
Entre as últimas empresas que se listaram na bolsa, há o exemplo da SmileDirectClub (código SDC). Pouco conhecida aqui no Brasil, a companhia de aparelhos ortodônticos com preços bem mais em conta do que os tratamentos tradicionais está cada vez mais com o sorriso amarelo.
Isso porque, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, o IPO da companhia teve o pior desempenho entre as aberturas de capital de empresas que levantaram mais de US$ 1 bilhão desde 2007. Apenas para se ter uma ideia, no primeiro de dia de negociação os papéis da empresa fecharam 29% abaixo do preço de oferta, que ficou em US$ 23. As ações da Uber, por exemplo, caíram quase 8% no primeiro dia.
E não é só isso. Diante das perspectivas mais negativas, os analistas da casa Hindenburg Research divulgaram um relatório bastante negativo sobre a empresa na última sexta-feira (4). Nele, os especialistas destacam que as ações - negociadas em torno de US$ 14,60 por ação - têm 85% de chance de queda. As informações são do site Business Insider.
Uma série de problemas
Um dos motivos para a preocupação dos analistas da casa está no fato de que "a empresa está descuidando em um campo da medicina especializada, e colocando em risco a segurança do cliente".
"A SmileDirectClub está adotando a estratégia de uma startup de crescer muito rápido e de quebrar coisas [...] Mas, nesse caso, infelizmente, ela parece que está quebrando vários dentes de seus clientes."
Leia Também
O relatório detalha que a companhia está arriscando bastante principalmente, por conta das várias histórias de horror narradas por pessoas que foram colocar os moldes em casa.
Outro problema grave é que a companhia entrou com ações contra clientes insatisfeitos e pediu para que todos que desejassem o reembolso assinassem um documento que os impediria de se pronunciar contra a empresa. Tal medida incluiria não poder reclamar nas redes sociais, ou junto a órgãos reguladores e pedia a retirada de reclamações feitas anteriormente.
Ao ser questionada pelo site, a SmileDirectClub disse que veem as ações legais, incluindo o relatório feito pelos analistas citados acima, como tentativas de impedir a concorrência.
"Recentemente, houve declarações na mídia de organizações do setor odontológico e alegações em uma ação coletiva movida no Tribunal Federal de Nashville que pretende questionar a segurança e legitimidade da plataforma pioneira da SmileDirectClub", disse a empresa.
A companhia ainda pontuou que "não há base em fatos nem justificativa científica ou médica nas alegações para substanciar as falsas alegações feitas sobre nosso modelo e os médicos licenciados pelo Estado em nossa rede afiliada.
E disse também que "apoiada em evidências, a SmileDirectClub nega as alegações feitas no processo de ação coletiva e defende vigorosamente nosso modelo de negócios contra qualquer entidade que trabalhe para limitar a escolha do consumidor".
Conheça um pouco da sua história
A empresa foi fundada em 2013, em Nashville, pelos empresários Alex Fenkell e Jordan Katzman. O grande diferencial da startup é a sua capacidade de unir o online ao offline para criar um modelo de negócios disruptivo. A companhia oferece, por exemplo, aos seus clientes a opção de tirar o molde de suas arcadas dentárias em casa e enviar um kit para a startup.
Para evitar problemas, dentistas que são credenciados pelos órgãos de saúde locais acompanham o trabalho de forma remota. O custo do processo é de US$ 1,9 mil, o que seria o equivalente a
Tudo isso por um preço “fechado” de US$ 1,9 mil. O preço, de acordo com a empresa, custa 60% menos que outros tratamentos de correção ortodôntica similares. Embora possa variar entre quatro e 14 meses de duração, a média do tempo do tratamento do SmileDirectClub é de seis meses.
Ao abrir capital na Nasdaq, a empresa destacou que o valor captado ajudaria a reinvestir em inovação em termos de produtos, processos, crescimento internacional e experiência do consumidor.
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
